sexta-feira, 1 de maio de 2015

Psicologia do Desenvolvimento

Psicologia do Desenvolvimento

Modelos Epistemológicos e Modelos Psicológicos

Esta aula discute as bases epistemológicas do conhecimento e suas relações com os campos da Psicologia e da Educação, bem como o impacto que os modelos epistemológicos e psicológicos subjacentes às práticas docentes têm na relação entre professores, alunos e conhecimento

Profº Drº Ulisses Araùjo

https://www.youtube.com/watch?v=I__1zse1d8Q



A origem da palavra Epistemologia é grega e significa:

Epistemo - conhecimento

logia - estudo

É a ciência do estudo do conhecimento.

$\bigtriangleup $ - na psicologia significa pessoa,indivíduo.

O - significa objeto (objeto de conhecimento).

Modelos Epistemológicos:

1º O conhecimento vem de fora para dentro .

O$\longrightarrow \bigtriangleup $

2º Parte de que o individuo é capaz de aprender por si próprio.

$\bigtriangleup \longrightarrow $O

3º Interacionista - o conhecimento está na relação e  o sujeito e o objeto (na interação).

$\bigtriangleup \longleftrightarrow $O


Introdução à Psicologia do Desenvolvimento

O programa explica qual a pergunta e o que estuda a Psicologia do Desenvolvimento, dando ênfase ao trabalho de Jean Piaget. Outros autores, como Vygotsky e Wallon, são citados, mas é na teoria de Piaget que o programa se concentra.

Vídeo do curso de pedagogia Unesp/Univesp

https://www.youtube.com/watch?v=VARaLKQiTsw

Psicologia do desenvolvimento se pergunta qual o processo de conhecimento, sociabilização, progresso, como a criança vai adquirindo ao longo do tempo a capacidade, no sentido de somar e de se transformar.

Jean Piaget diz que existe uma embriologia mental, que o movimento é o mesmo desde de que a vida se manisfesta.

Há fases e estruturas no organismo como na mente, o desenvolvimento se da por etapas não podendo pular nenhuma.

O cognitiva se da através do meio, construído na troca do organismo com o meio..

Citam 3 teorias interacionista e construtivista:

1ª - Piaget - ação - resulta na troca de experiência como meio. "cada nova conduta vai se restabelecer o equilíbrio e construir um equilíbrio ainda mais estável do que o anterior ".

2ª - Vygotsky - mediação da cultura - interação com o meio ambiente e companheiros.

3ª Wallon - emoções estruturais até as primeiras cognições.



Compreendendo o Sujeito Psicológico

O paradigma de simplificação fragmenta a compreensão do ser humano, complexo por natureza, e compartimentaliza suas dimensões constituintes. Nesta aula, busca-se demonstrar como a fragmentação das dimensões cognitiva, sociocultural, afetiva e biofisiológica precisam ser compreendidas à luz de teorias de complexidade, para se conhecer o sujeito psicológico, o sujeito de "carne e osso", que está em nossa sala de aula.Profº Drº Ulisses Araújo
https://www.youtube.com/watch?v=t7qYh3CoAHE

Sujeito epistêmico é o sujeito ideal, aqueles descritos nos livros de Piaget, o que representa a universalidade, o que é comum em todos os seres humanos.

Pensamento simples ou simplificador

  • O pensamento simples desintegra a complexidade do real, mutila, reduz, cega e trata de maneira unidimensional a realidade (pega o todo e reduz para uma parte).
Os princípios do pensamento simples são:
  • Disjunção: separação do todo em partes, separa em sala de aula a parte cognitiva, afetiva, biológica e a parte sócio-cultural das crianças.
  • Redução: reduz a parte do todo em uma parte (ex. achar que uma criança é menos inteligente por não entender determinada matéria).
  • Abstração: modelos abstratos para estabelecer coisas concretas no sujeito.
Os princípios do pensamento complexo são:
  • A complexidade é um fenômeno quantitativa, pressupõe uma quantidade extrema de interações e interferências entre um número muito grande de unidades.
  • A complexidade é o tecido de eventos, ações, interações, retroações, determinações,acasos, que constituem nosso mundo fenomênico.
O sujeito psicológico possui simultaneamente, uma dimensão biológica, cognitiva, sócio-cultural e afetiva que interage com o meio (físico, inter pessoal e sócio-cultural).



Cognição e Afetividade

Pensar e sentir são ações indissociáveis. Este é o princípio que defendemos ao longo desta aula, que discute as intrínsecas relações entre cognição e afetividade no funcionamento psíquico. Para tanto, são apresentados alguns pressupostos do iluminismo e suas influências no campo psicológico para, na sequência, apresentar teorias psicológicas que buscam, de diferentes maneiras, integrar esses dois aspectos.

Profª Drª Valéria Arantes


Voltando na história o iluminismo as emoções deveriam ser evitadas.

  • O programa iluminista concebia o ser humano como o sujeito autor de si mesmo, e capaz de determinar, livre e racionalmente, sua conduta.
  • O sonho inusitado da autodeterminação  implicava em conceber o sujeito sob um modelo de razão, em sua natureza, alheia às afeições emocionais, entendidas como transtorno e alteração da necessária serenidade de espírito.
Autores buscavam a integrar a cognição e afetividade:
  • Jean Piaget (1896-1980) - Suíço 
Não existem estados afetivos sem elementos cognitivos, assim como não existem comportamentos puramente cognitivos.

"...é o interesse e, assim, a afetividade que fazem com que uma criança decida seriar objetos e quais objetos seriar."
  • Vygotsky (1896-1934) - Russo
As emoções integram-se ao funcionamento mental geral, tendo uma participação ativa em sua configuração.

"A forma de pensar, que junto com o sistema de conceito nos foi imposta pelo meio que nos rodeia, inclui também nossos sentimentos".
  • Wallon (1879-1962) - Francês
A evolução da afetividade depende das construções realizadas no plano da inteligência, assim como a evolução da inteligência depende das construções afetivas.

"As emoções podem ser consideradas, sem dúvidas, como a origem da consciência".

No campo da neurologia surge uma obra de Antonio R. Damásio - (O erro de Descartes) -1996  que é um marco na psicologia. Ele critica a ideia de Descartes, a mente separada do corpo. Com a premissa "Penso, logo existo". por "Existo e sinto, logo penso".

"...emoções bem direcionadas e bem situadas parecem construir um sistema de apoio sem o qual o edifício da razão não pode operar a contento."

Estudos recentes no campo da psicologia:
  • Les Greenberg (1993)
Enquanto a emoção nos sinaliza a respeito do que está nos afetando e estabelece a meta para que possamos alcançá-la, a cognição nos ajuda a dar sentido a nossa experiência, assim como a razão nos ajuda a imaginar o melhor modo de alcançar a meta.

"...os esquemas afetivos não se baseiam unicamente na emoção, implicam uma síntese complexa de afeto, cognição, motivação e ação..."

  • Howard Gardner (1993)
Postula que a inteligência é uma atitude que se expressa por meio de sistemas simbólicos diferentes, e isso supõe uma clara ruptura com a ideia de  inteligência como entidade única e abstrata.
  • Nico Fridja (2000)
Enquanto o pensamento racional não é suficiente para a razão, as emoções induzem as pessoas a aturarem de uma determinada maneira.

Teoria dos modelos Organizadores do Pensamento (Moreno,Sastre, Bovet, Leal) 1998
  • Os modelos organizadores do pensamento são conjuntos de representações que as pessoas realizam em situações específicas e que as levam a compreender a realidade e a elaborar seus juízos e ações.
  • Construídos não somente a partir da lógica subjacente as estruturas de pensamento, os modelos organizadores comportam os desejos, sentimentos, afetos, representações sociais e valores de quem os constroem.








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