sábado, 9 de maio de 2015

Psicologia do Desenvolvimento - 2ª Semana

Psicologia do Desenvolvimento - 2ª Semana


Déficit cognitivo e a realidade brasileira

Após discutir diferentes tipos de déficit cognitivo, como o real, o circunstancial, o estrutural e o funcional, esta aula mostra o papel da escolarização no enfrentamento desse processo e defende a ideia de que a diversidade deve ser a matéria-prima para uma educação de qualidade, e não um problema a ser enfrentado nas salas de aula.
Profº Drº Ulisses Araújo





Caracterização do déficit
  • Déficit Real - quando uma criança tem uma lesão cerebral que gera consequência no desenvolvimento cognitivo, afetivo,aquisição e desenvolvimento da linguagem. Tem um impedimento de natureza, por exemplo, biológica gerando um déficit real que dificulta o desenvolvimento no tempo considerado ideal.
  • Déficit circunstancial - quando uma criança começa ter problemas de aprendizagem, poe exemplo, quando os pais estão passando por um processo de separação ou algum transtorno momentâneo, gerando impacto no aprendizado.
  • Déficit estrutural - quando um aluno ainda não construiu determinadas estruturas lógicas.
  • Défict funcional - possuem as estruturas,mas ão conseguem utilizar de forma adequada, não conseguem fazer determinados raciocínios.
O meio sócio-cultural influencia no desenvolvimento, por exemplo, uma criança que convive em um meio sócio-cultural pobre, onde os pais não dominam a língua é uma criança limitada que pode ter um déficit circunstancial e funcional em relação a língua portuguesa.

Pesquisas no Brasil (Bárbara Freitag e o nosso professor Ulisses Araújo) revelam que crianças de classes populares tem, em média, 2 anos de déficit nas construções cognitivas.Isso ajuda a entender a ideia de ciclo das escolas públicas.(alfabetização com início aos 6,7 anos é um sujeito epistémico).

O papel da escolarização:

  • Educação infantil - obrigatoriedade de pré-escola. (A criança ingressando na escola aos 3, 4 anos de idade aumenta a probabilidade de quando chegar a fase de alfabetização, que é dos 6, 7 anos, esteja com as estruturas cognitivas adequadas).
  • A homogenização - tratar de 30 a 40 alunos como iguais, fica difícil identificar os casos de déficit cognitivos.
A diversidade deve ser a matéria prima para uma educação de qualidade, e não um problema a ser enfrentado nas salas de aula.


Diversidade cultural, desenvolvimento e aprendizagem

A aula tem o objetivo de situar, no âmbito dos estudos da Psicologia, três modos de se interpretar as diferenças individuais e culturais, e suas implicações para o processo educativo. Ao se aprofundar na abordagem sócio-histórica, é possível compreender as bases culturais da aprendizagem e do desenvolvimento humano, um referencial que amplia o entendimento sobre a realidade das escolas brasileiras. A esse respeito, vale perguntar: como a escola leva em consideração o universo cultural de seus alunos? Como as pessoas aprendem a partir de seu universo cultural?
Profª Drª Silvia Gasparian Colello






Como explicar os diferentes níveis de desempenho e aprendizagem?

1.Diferenças entre pessoas e os grupos culturais

Diferenças individuais (psicometria);

  • Inteligência como dotação inata;
  • Desenvolvimento de testes: predição do desempenho escolar ou profissional.

Diferença culturais:

  • Julgamento dos povos e civilizações (Selvegens X civilizados, cultos X incultos);
  • Pertencer a uma cultura define os limites do desenvolvimento.

Riscos do discurso etnocêntricos:

  • Determinismo;
  • Culpabilização dos alunos pelo fracasso escolar;
  • Educação compensatória (anos 60 e 70).
2.Padrões universais de funcionamento psíquico:
  • Compreender o que é comum no desenvolvimento psicológico e intelectual;
  • As diferenças são resultados dos processos básico do desenvolvimento (diferentes apelos do ambiente ou diferenças de experiências vividas);
  • Fracasso escolar:incapacidade da escola de ajustar o ensino ao aluno;
  • Não aproveitamento do seu conhecimento;
  • Não acompanha o seu processo;
  • Não faz a ponte entre os saberes ou as competências dos alunos e o saber formal.
3.Abordagem sócio-histórico: a construção psíquica no universo cultural
  • Desenvolvimento: articulação entre a estrutura biológica e os processos histórico-sociais;
  • Aprendizagem e desenvolvimento como processos integrados do interpessoal para o intrapessoal;
  • Diferença entre o produto das interações humanas em um dado contexto;
  • Mentor: Vygotsky.
Fundamento cultural de desenvolvimento cognitivo.

Luria (1902 - 1977) - Análise da formação sócio-histórica dos processos mentais:
  • Percepção;
  • Abstração e inferência;
  • resolução de problemas;
  • Imaginação;
  • Autoanálise e autoconsciência.



Estados emocionais e o funcionamento psíquico

Nesta aula, apresentamos um trabalho de pesquisa cujo objetivo principal foi identificar e analisar as possíveis influências do estado emocional na resolução de um conflito moral. Com isso, pretendeu-se dar visibilidade às intrínsecas relações entre cognição e afetividade no funcionamento psíquico, bem como defender a necessidade de se buscar modelos de intervenção educativa que integrem, igualmente e dialeticamente, essas duas dimensões.
Profª Drª Valéria Arantes



https://www.youtube.com/watch?v=VZUeqkM9gjo


Foi feito uma pesquisa com 90 professores da rede pública, dividida em 3 grupos:

  • Grupo positivo (situação alegre);
  • Grupo neutro;
  • Grupo negativo (situação triste).
Objetivo: saber o quanto o emocional influencia o cognitivo.

Passado a mesma situação-problema para os 3 grupos, chegaram a conclusão que o estado emocional influencia os pensamentos e ações tanto quanto a capacidade cognitiva.




A interação de fatores biológicos e psíquicos no desenvolvimento psicológico

Qual o peso e o papel dos fatores biológicos no desenvolvimento psicológico?
Nessa aula examinaremos a complexidade dessa interação, suas vicissitudes no campo do desenvolvimento psicológico que é um tempo de construção, de solidificação de uma estrutura de comportamento que persistirá ao longo da vida de um indivíduo.
Profº Drº Rinaldo Voltolini


https://www.youtube.com/watch?v=VbatI__STxg


Todos os orgãos se dão com a interação com o meio a partir de um programa genético pré-estabelecido. Com o cérebro é diferente, ele tem uma estrutura e a partir do nascimento vai se modificando com a convivência com o semelhante.

Animal - (organismo define o psiquismo) - instinto - objeto/imago - ação.

Humano - (psiquismo define organismo) - instinto - objeto/imago/simbólico - ação.

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