Meio Ambiente e Sustentabilidade - 6ª Semana
11. Gestão de recursos hídricos
Breve histórico e contexto legal; Política Nacional de Recursos Hídricos; gestão integrada; planos de recursos hídricos; panorama atual do Brasil; SINGREH; comitês de bacia e participação social.
Qual o papel da água?
- Garantir a vida, suprir as necessidades humanas e dos animais;
- Ecossistêmico, vidas, como por exemplo dentro de um rio;
- Técnico, navegação, transportes, industria, irrigação e dentro de casa como a limpeza;
- Simbolico, como rituais.
Como são geridos os recursos hídrico no Brasil?
Histórico da Gestão
Déc. de 1930: boom da industrialização, o que precisou de muito mais água;
1934: Código das Águas - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (gestão centralizada);
Déc. de 1970: enaltecimento da questão ambiental;
Déc. de 1980 e 1990:
- Reconhecimento da necessidade de trabalho o desenvolvimento de forma sustentável;
- Aumento na escassez da água;
- Passa-se a pensar a gestão integrada dos recursos hídricos;
Ano
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Evolução
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1988
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CF: obrigatoriedade de formar o SINGREH
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1995
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Criação da Secretaria de Recursos Hídricos
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1997
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PNRH e regulamento do SINGREH
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2000
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Criação da Agência Nacional de Águas
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2006
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Lançamento do Plano Nacional de RH
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Política Nacional
Política Nacional de Recursos Hídricos, Léi n. 9.433/97
- Define padrões e critérios para regular, planejar e controlar a utilização da água;
- Cria o SINGREH, responsável por implementar a política.
- Os Planos de Recursos Hídricos;
- A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
- A cobrança pelo uso de recursos hídricos.
Plano Nacional de RH
- Aprovado em 2006;
- Objetivos específicos:
- A melhoria da disponibilidade hídrica em qualidade e quantidade;
- A redução dos conflitos reais e potenciais;
- A percepção da conservação da água como valor socioambiental;
- Revisado e adequado regularmente (participação).
Outorga e cobrança
São instrumentos complementares entre si:
- A outorga serve para garantir a qualidade e a quantidade de água, além de solucionar conflitos;
- A cobrança pelo uso da água auxilia no uso racional deste recurso.
O SINGREH
Objetivos:
- Coordenar a gestão integrada das águas;
- Arbitrar conflitos relacionados com os recursos hídricos;
- Implementar a Política Nacional de RH;
- Planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos hídricos;
- Promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
Compõem o SINGREH
- Os Conselhos de Recursos Hídricos - Nacional, dos Estados e do Distrito Federal;
- A ANA (Agência Nacional de Águas);
- Os comitês de bacias hidrográficas e as agências de água;
- Outros órgãos das esferal Federal, Estadual e Municipal, relacionados à gestão de recursos hídricos (ex: DAEE).
Comitê de Bacia
Composto por representantes:
- da União
- dos Estados e do Distrito Federal cujos territórios se situem em suas respectivas áreas de atuação;
- dos Municipios situados em sua área de atuação;
- das entidades civis de recursos hídricos com atuação na bacia.
Papéis do comitê de bacia
- promover o debate sobre os recursos hídricos;
- arbitrar conflitos;
- aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia e acompanhar a sua execução;
- estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados;
- deliberações e moções.
Qual o papel da sociedade na gestão dos recursos hídricos?
- Na elaboração e revisão dos Planos;
- No acompanhamento da tomada de decisão.
Em que a educação ambiental pode ajudar?
- transferir informação sobre: usos e usuários da água, conflitos e impactos associados aos usos, qualidade da água, os papéis dos diferentes atores sociais e os instrumentos da PNRH;
- desenvolvimento de capacidade de interpretação e análise.
12. Gestão de resíduos sólidos
Gestão de resíduos sólidos: conceitos, origem, destinação, tratamento, coleta seletiva, compostagem e Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
É no começo das compras que começamos a geração de resíduos.
LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.
XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
Critérios para classificação dos resíduos sólidos.
- Origem;
- Grau de Degradabilidade;
- Periculosidade.
Origem dos resíduos sólidos:
- Rurais ou Agrossilvopastoris;
- Municipais e Urbanos;
- Especiais;
- Construção e demolição;
- Poda, capina e remoção;
- Serviços de saúde, de hospitais;
- Comercial e institucionais;
- Transporte de passageiros;
- Domiciliares;
- Sistema de tratamento;
- Limpeza Urbana.
- Mineração;
- Industriais e Agrôindustriais.
Destinação dos resíduos
- Reuso;
- Para a mesma finalidade;
- Reciclagem;
- Voltar para o ciclo dos materiais;
- Tratamento;
- Compostagem, microondas;
- Disposição;
- Adequada, 58%;
- Aterro sanitário;
- Aterro industrial;
- Aterro de inertes
- Inadequada, 41%;
- Terrenos baldios;
- Rios e nascentes;
- Mares;
- Lixões;
- Erosões;
- Etc.
Reciclagem e coleta seletiva
Coleta seletiva é o sistema de recolhimento de materiais recicláveis e orgânicos, previamente separados na forte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados.
Reciclagem é o processo de transformação de um material em outro produto, que pode ter uma utilidade totalmente diferente do inicial.
Tipos de coleta seletiva
- Remoção porta a porta;
- Vantagem é a comodidade para a população, que pode resultar em uma maior adesão da comunidade.
- Desvantagem: custo relativamente alto e possibilidade de ação dos catadores (materiais de maior valor comercial)
- Postos de entrega voluntária - PEVs
- Vantagem: economia na coleta e também na triagem dos materiais;
- Desvantagem: possibilidade de depredação nas instalações;
- necessidade de empenho da população em levar até o posto de coleta.
- Ecopontos.
Compostagem
Processo aeróbio e controlado da transformação de resíduos orgânicos em resíduos estabilizados, com propriedades e características completamente diferentes do material que lhe deu origem.
- Compostagem convencional por revolvimento;
- Compostagem doméstica em galão;
- Composteira de folhas;
- Vermicompostagem doméstica;
- Compostagem doméstica;
Legislação
- Lei n. 12.305, de 02/08/2010
- Institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS);
- Decreto n. 7.404, de 23/12/2010;
- Regulamento a PNRS;
Art. 9o Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Aula 12 - Gestão de resíduos sólidos
É no começo das compras que começamos a geração de resíduos.
LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.
XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
Critérios para classificação dos resíduos sólidos.
- Origem;
- Grau de Degradabilidade;
- Periculosidade.
Origem dos resíduos sólidos:
- Rurais ou Agrossilvopastoris;
- Municipais e Urbanos;
- Especiais;
- Construção e demolição;
- Poda, capina e remoção;
- Serviços de saúde, de hospitais;
- Comercial e institucionais;
- Transporte de passageiros;
- Domiciliares;
- Sistema de tratamento;
- Limpeza Urbana.
- Mineração;
- Industriais e Agrôindustriais.
Destinação dos resíduos
- Reuso;
- Para a mesma finalidade;
- Reciclagem;
- Voltar para o ciclo dos materiais;
- Tratamento;
- Compostagem, microondas;
- Disposição;
- Adequada, 58%;
- Aterro sanitário;
- Aterro industrial;
- Aterro de inertes
- Inadequada, 41%;
- Terrenos baldios;
- Rios e nascentes;
- Mares;
- Lixões;
- Erosões;
- Etc.
Reciclagem e coleta seletiva
Coleta seletiva é o sistema de recolhimento de materiais recicláveis e orgânicos, previamente separados na forte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados.
Reciclagem é o processo de transformação de um material em outro produto, que pode ter uma utilidade totalmente diferente do inicial.
Tipos de coleta seletiva
- Remoção porta a porta;
- Vantagem é a comodidade para a população, que pode resultar em uma maior adesão da comunidade.
- Desvantagem: custo relativamente alto e possibilidade de ação dos catadores (materiais de maior valor comercial)
- Postos de entrega voluntária - PEVs
- Vantagem: economia na coleta e também na triagem dos materiais;
- Desvantagem: possibilidade de depredação nas instalações;
- necessidade de empenho da população em levar até o posto de coleta.
- Ecopontos.
Compostagem
Processo aeróbio e controlado da transformação de resíduos orgânicos em resíduos estabilizados, com propriedades e características completamente diferentes do material que lhe deu origem.
- Compostagem convencional por revolvimento;
- Compostagem doméstica em galão;
- Composteira de folhas;
- Vermicompostagem doméstica;
- Compostagem doméstica;
Legislação
- Lei n. 12.305, de 02/08/2010
- Institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS);
- Decreto n. 7.404, de 23/12/2010;
- Regulamento a PNRS;
Art. 9o Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Atividade de portfólio
Considerando o que é apresentado no texto de Gomes e Barbieri, de 2004, e a crise hídrica atualmente vivenciada no país, em especial, no estado de São Paulo, discorra sobre a importância e o papel da gestão compartilhada dos recursos hídricos, o papel dos cidadãos neste contexto e dê sua opinião sobre as ações que, neste últimos anos, vêm sendo tomadas (ou não). Considere que o que vivenciamos hoje é a falta de recursos em paralelo à falta de planejamento e a um grande consumo por parte das atividades industriais e agropecuárias, ao mesmo tempo em que vivenciamos alagamentos nas cidades e grande degradação dos corpos d’água, especialmente naqueles próximos aos centros urbanos.
Segundo Rebouças(2002) o termo "água" é o elemento desvinculado de qualquer utilização e "recurso hídrico"é a parte da água passível de utilização, portanto, dotada de valor econômico.
É de responsabilidade dos governantes, empresários, ativistas de entidades civis e de instituições supranacionais e da comunidade. A participação de todos é fundamental, participando dos comitês e não trabalhando como questão isolada.
O Brasil possui 12% das reservas de água doce do planeta. Por essa abundância, criou a cultura do desperdício. Com o aquecimento global, as mudanças climáticas, o aumento da população, e o desperdício, tanto da população quanto dos orgãos públicos e principalmente os responsáveis pelo abastecimento em São Paulo (Sabesp - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo).Não houve planejamento hídrico para explosão populacional.
Em 2004 a Agência Nacional de Águas (ANA) já apontava necessidade de obras para diminuir a dependência do Cantareira, a Sabesp já estava retirando mais água do que foi projetada. Então, não foi só a escassez de chuva que causa a crise hídrica.
Há também o fato da falta de investimento, da falta de saneamento, esgoto de domicílios e de industrias jogado no rio sem tratamento. Áreas de preservação próximas a nascentes degradadas provocando sua extinção.
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