segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Educação e Inclusão Social - 7ª Semana

Educação e Inclusão Social - 7ª Semana


25. O papel das entidades da sociedade civil na implementação de políticas de educação inclusiva

A professora discute sobre o papel das entidades da sociedade civil no contexto das políticas públicas de educação inclusiva, desde o momento da formulação da agenda, implementação das políticas, monitoramento e avaliação das ações.
Profª Drª Carla Mauch




Premissas da articulação com a sociedade civil:

  • Não é substitutiva ao estado;
  • Comprometimento com o fortalecimento dos processos democráticos, equidade e igualdade;
  • O envolvimento e a participação da sociedade civil qualifica a garantia de direitos, em todas as fases do ciclo das políticas públicas;

Ciclo de vida das políticas públicas:


problema individual → problema social → problema público → estruturação do problema →
conjunto de possíveis soluções → análise de soluções → tomada de decisões → implementação de decisão → avaliação → problema público


Desafios da incidência em políticas públicas inclusivas:



  • Substituição de concepção assistencialista e segregada para uma perspectiva de direitos humanos e inclusiva;
  • Empoderamento dos sujeitos (pessoas com deficiências, famílias, profissionais);
  • Articulação de políticas, programas e projetos de forma transversal;
  • Consolidação e cumprimento dos marcos legais;

Implantação de uma política de educação inclusiva:


acesso → permanência → qualidade


  • Prefeitura municipal - diretrizes estratégicas de governo;
  • Secretarias municipais - oferta articulada de serviços;
  • Secretaria da educação - estratégia e operacionalização da política municipal de educação inclusiva;
  • Escolas - garantir acesso, permanência e aprendizagem para os alunos com deficiência

26. Educação e Inclusão nas escolas da rede pública

Nesta aula, serão apresentadas experiências de educação inclusiva nas escolas da rede pública. Uma delas é mostrada por meio de um vídeo do Ministério da Educação, que traz relatos de promoção da inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares da rede pública em todos os níveis de ensino.
Profº Drº. Luiz Henrique Proença Soares

https://www.youtube.com/watch?t=109&v=1kjoafFMOWk

Núcleo de apoio pedagógico especial - CAPE/SEE


Objetivo: proporcionar atendimento de qualidade aos alunos público-alvo da educação especial, sob três eixos:
  • Formação continuada dos profissionais que atuam nas escolas;
  • Produção de material em braile digitado e manual;
  • Divulgação de cultura de inclusão dentro das escolas;
  • Existem representantes do CAPE em todas as regiões de ensino do Estado de São Paulo;

Escola de formação e aperfeiçoamento de professores Paulo Renato Costa Souza - EFAP

Programa Redefor:
  • Parcerias com a USP, Unes, Unicamp;
  • Permanece curso com a Unesp: educação especial e inclusiva;
  • Cursos de especialização em educação especial na educação inclusiva para professores e gestores, em nível de pós-graduação, oferecidos na modalidade semi-presencial, com atividades a distância, encontros presenciais, provas e apresentação de trabalho de conclusão de cursos (TCC), além de horas de estágio.;
  • Público-alvo: professores e gestores da rede estadual paulista de ensino. Objetivo: fortalecer ainda mais o atendimento a alunos com algum tipo de necessidade especial nas escolas públicas paulistas. São sete cursos de especialização, em nível de pós-graduação, em parceria com a Universidade Estadual Paulista (unesp);

EFAP: Cursos Redefor

I- Educação especial na perspectiva da educação inclusiva:
  • Público-alvo: supervisores de ensino, professores coordenadores do núcleo pedagógico (PCNO), diretores de unidades escolares, vice-diretores de unidades escolares, professores coordenadores e PEB I e II em exercício nas unidades escolares;
  • 1000 vagas;
  • de 02/2014 a 03/2015;
  • 444 horas (web e presencial)

II- Educação especial nas áreas específicas: 6 cursos nas áreas de deficiência auditiva/surdez, deficiência visual, deficiência intelectual, deficiência física, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação

  • Público-alvo: PCNP, PEB I e II, quaisquer categorias, com exceção dos OFA - categoria O, em exercício no EF doas anos iniciais e nas disciplinas do currículo do EF dos anos finais , em EJA, inclusive os que atuam na sala de leitura e nas atividades curriculares desportivas.
  •  600 vagas em cada curso;
  • de 02/2014 a 11/2015;
  • carga horária: 686 horas (atividades web e presencial)


EFAP: todos aprendem EAD 2015: 2ª edição


  • Objetivo: formar professores capazes de identificar alunos com risco para transtornos funcionais de aprendizagem, aplicar estratégias pedagógicas individualizadas para os alunos identificados registrar e acompanhar o desempenho do aluno frente as intervenções recomendadas.
  • Público-alvo: professores dos anos iniciais, PCNP dos anos iniciais, professores coordenadores dos anos iniciais e profissionais do CEFAI/CGEB;
  • Modalidade: distância;
  • 600 vagas
  • de 20/07/15 a 28/03/16 carga horária: 90 horas

27. Participação e mobilização social

Nesta aula sobre participação e mobilização social, vamos discutir como a escola necessita ampliar os espaços educativos, incorporando os recursos da cidade e prioritariamente do entorno da escola no desenvolvimento de projetos que contemplem a comunidade como espaço de aprendizagem. Para ajudar os professores nessa empreitada, vamos apresentar as bases de um programa do MEC: Ética e Cidadania - construindo valores na escola e na sociedade.
Profº. Drº. Ulisses Araújo




A escola e as relações com a comunidade


  • A escola necessita ampliar os espaços educativos, incorporando os recursos da cidade e prioritariamente do entorno da escola no desenvolvimento de projetos que contemplem a comunidade como espaço de aprendizagem.
  • Todas as ações, no entanto, devem considerar a escola, e seu currículo, como o centro das ações.
  • Pretende-se que a dimensão comunitária e o diálogo com a realidade cotidiana e as normas sócio-morais vigentes auxiliem no trabalho com a diversidade humana e na abordagem e desenvolvimento de ações que enfrentem as exclusões, os preconceitos e as discriminações advindas das distintas formas de deficiência, e pelas diferenças sociais, econômicas, psíquicas, físicas, culturais, religiosas raciais, ideológicas e de gênero.


Articulação entre escola e comunidade:


  • Para "fora" da escola;(projetos);
  • Para "dentro" da escola;
  • O protagonismo dos estudantes;
  • Gestão por meio de Fórum



Programa ética e cidadania: construindo valores na escola e na sociedade


Fórum escolar de ética e de cidadania → possíveis atribuições do Fórum:

  • Definição de sua política geral de funcionamento, organização e mobilização dos diversos segmentos da comunidade escolar;
  • Proposição dos temas dos projetos interdisciplinares e transversais;
  • Preparação dos recursos materiais para o desenvolvimento dos projetos;
  • Formulação de cronograma local de desenvolvimento das ações;
  • Avaliação permanente das ações em desenvolvimento
Formas de atuação:

  • Junto à direção da escola e aos membros da comunidade para garantir os espaços e tempos necessários ao desenvolvimento dos projetos;
  • Buscando garantir recursos que permitam aquisição de materiais necessários ao desenvolvimento dos projetos;
  • Interagindo com especialistas em educação/pesquisadores, que possam contribuir com o melhor desenvolvimento das ações planejadas;
  • Articulando parcerias com outros órgãos e instituições governamentais e não governamentais( ONGs) que possam apoiar as ações do projeto e a criação de propostas que promovam seu enriquecimento.

28. Encerramento e principais aspectos abordados na disciplina

O professor retoma os principais pontos discutidos na disciplina, mostrando os avanços e os desafios da educação inclusiva no Brasil.
Profº Drº. Luiz Henrique Proença Soares



  1. Porque "Educação e Inclusão social".
  2. Evolução histórica da Educação Especial; Inclusão com direito
  • Estigmatização da diferença;
  • Ocultação;
  • Benemerência;
  • Estado assume;
  • Integração, vida produtiva ;
  • Direito social: inclusão, ensino regular;
  • "Sala de recursos especiais" como apoio ao processo de aprendizado, contraturno.
   3.  Característica estatística:
  •  Cesso demográfico 2010: 23,9% das pessoas assinalam possuir pelo menos um tipo de deficiência: visual, auditiva, motora,m intelectual.
  • Migração das matrículas das salas especiais para as classes comuns.
  • Evolução das escolas privadas para as públicas
    4.   Bases legais

  •  Constituição federal;
  • Constituição do estado de São Paulo;
  •  Lei de diretrizes e bases;
  • Estatuto da crianças e do adolescente;
  • Legislação específica voltada a pessoas com deficiência;
  • Normas, resoluções, portarias dos conselhos federal e estadual de educação

     5.   Papel da instituições públicas e privadas e articulação

  • Ausência do estado, apesar de iniciativas pontuais;
  • Benemerência e organização das famílias de pessoas com deficiência;
  • Movimentos por direitos de pessoas com deficiência;
  • Ampliação de direitos sociais e do papel do estado demanda redefinição de papéis, exige cooperação, articulação de esforços e competências, e não competição.

   6.  Recursos e programas disponíveis

  • Ministério da educação: Secadi - secretaria de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão;
  • Ministérios do desenvolvimento social: PAIF, CRAS, benefícios de prestação continuada;
  • Secretaria estadual dos direitos da pessoa com deficiência;
  • Secretaria estadual da educação: conselho estadual de educação, coordenadoria de gestão da educação básica, escola de formação e aperfeiçoamento de professores - Efap;
  • Prefeituras municipais

    7.    Definição das deficiências e metodologias de trabalho:

 AEE especializado em:

  • Deficiência auditiva;
  • Visual;
  • Intelectual;
  • Motora;
  • Transtornos globais do desenvolvimento TGD;
  • Altas habilidades/superdotação
     8.   Experiências concretas

  • Instituto mais diferenças;
  • Guaianases: CEFAI/escola;
  • Secretaria estadual de educação
     9.   Participação social

  • Importância da articulação entre a escola e a comunidade;
  • Fórum escolar de ética e cidadania, convivência democrática, direitos humanos e inclusão social

    10.   Algumas conclusões:

  • Diversidade;
  • Conhecimento, formação continuada;
  • Na teoria e na prática;
  • Luta política pela valorização do magistério e pelo direito da população a um ensino de qualidade.





domingo, 27 de setembro de 2015

Inglês III A - 7ª Semana

Inglês III A - 7ª Semana



7. Getting to know Cleveland

Ao final da aula 7, esperamos que você possa revisar os conceitos discutidos em todas as nossas aulas, incluindo: responder às perguntas da customs border agent, pedir informações para chegar a um local e usar vocabulário sobre transporte, fazer o check-in no hotel, compreender instruções para se chegar a um local, iniciar e manter uma small talk, identificar as estratégias de asking for repetition, asking for clarification, checking understanding e circumlocution.






Atividade 1

A partir das videoaulas da semana e da leitura do material-base, destaque os pontos que foram mais significativos para você.

Activity 1


  • Questions and responses regarding your travel plans;
  • Using transpotation vocabulary and polite ways of asking for someone to repeat;
  • Expressions about directions and some information about Cleveland;
  • Practicing small talk.

Part 2 - Circumlocution Game


Goal:Guess what is being described. This game was very funny!!!!


Part 3 - Things to do in Cleveland and preposition practice
Asking for directions;
Asking for help:

  • Excuse me …
  • We are lost …
  • Can you help me …

Take aways: Game to fill the blank was very cool!!!

  • Know how to ask for and understand directions
  • Be aware of your surroundings!

Small talk and The video about it was very good!!!
  • Greetings
  • Question
  • Follow-up question

Meio Ambiente e Sustentabilidade - 7ª Semana

Meio Ambiente e Sustentabilidade - 7ª Semana





13. Gestão de Resíduos Eletroeletrônicos e TI Verde

Definições e princípios da TI Verde; ciclo de vida e obsolescência de componentes eletrônicos; resíduos eletroeletrônicos, aspectos legais, tratamento e gestão.
Profº. Drº. Dennis Brandão






Conceito

É o estudo e prática de projetar, fabricar, usar e descartar equipamentos de informática
eficientemente com o mínimo impacto ambiental.
Metas TI verde

  • Melhoria na eficiência energética de computadores e servidores e redução de emissão de gases de efeito estufa;
  • Diminuição do uso de materiais nocivos;
  • Encorajamento de reúso e reciclagem.



Tecnologia da Informação (TI) que antes considerada uma obrigação agora considerada
uma estratégia para desenvolvimento. Esta mesma Tecnologia de Informação um fusão
com a Tecnologia de Comunicação acarretou uma das mais transparentes mudanças no
que diz respeito aos processos administrativos, a virtualização da informação. Com isto as
empresas, instituições públicas e de pesquisa economizam em todos os recursos que antes
eram utilizados para execução dos seus processos através de e­mail eletrônico,Certificação Digital, Mídias de Informação, Internet e etc. O que antes era necessário de
horas de trabalho, papéis e pessoas, agora pode ser executado por uma única pessoa, em
pouco tempo e consumo de recursos.

Tendo em vista a realidade das desvantagens dos recursos de TI é que surge a TI Verde. TI Verde, também conhecido como Green IT, tem por objetivo erradicar ou diminuir os danos causados pelos recursos de TI ao meio ambiente mantendo as suas vantagens. Tendo sua aplicabilidade tanto no nível de produção destes recursos, quais recursos tem uma melhor adaptação ao contexto que esta sendo informatizado e como melhor gerenciar estes recursos.

Desenvolvimento Sustentável


O desenvolvimento sustentável consiste em manter o desenvolvimento econômico e social reduzindo por completo ou em parte danos causados ao meio ambiente consequente do
desenvolvimento, mantendo uma cultura sustentável no ambiente e por último a promoção
do crescimento econômico.


Visão ampla da TI Verde

  • “Uso verde” de sistemas de informática, os computadores que tem modos de stand by por exemplo, que consomem menos energia;
  • “Fabricação verde” de equipamentos de informática;
  • “Projeto verde” de sistemas de informática;
  • “Descarte verde” de equipamentos de informática



Os resíduos eletroeletrônicos



Definição

Equipamentos eletroeletrônicos, partes e peças que chegaram ao final da sua vida útil ou uso foi descontinuado pois perdeu a funcionalidade para o qual foi construído ou se tornou obsoleto ou antiquado.

Ciclo de Produção de Eletroeletrônicos

  1. Início da produção;
  2. Crescimento da produção;
  3. Maturidade do produto;
  4. Declínio da produção;
  5. Fim da produção;
  6. Obsolescência.

Características:

  1. Importante alternativa de obtenção de matéria­-prima reciclada com potencial para reduzir drasticamente a necessidade de fontes naturais.
  2. Potencial tóxico associado: Chumbo, Cádmio, Mercúrio e plásticos com aditivos compostos bromados.


Legislação


WEEE (Legislação Européia)

  • Responsabilidade estendida do produtor: da concepção à reciclagem;
  • Medidas administrativas, econômicas e informativas.
Política Nacional de Resíduos Sólidos
  • Responsabilidade compartilhada: geradores, poder público, fabricantes e importadores;
  • Objetos obrigatórios da logística reversa.

14. Consumo e impactos ambientais

Consumo e sua relação com a degradação ambiental; comércio justo e consumo ético; o princípio dos 3 Rs.
Profª. Drª.Patricia Silva Leme






  • No Brasil, pelo menos 42% tem destinação inadequada;
  • A Importância ao incentivo de sacolas reutilizáveis e retornáveis;
Comércio justo e consumo ético;
  1. Promover o desenvolvimento integral (econômico, organizativo e social);
  2. Contribuir para que as práticas comerciais evoluam em direção à sustentabilidade;
  3. Contribuir para a sensibilização e informação dos consumidores;
  4. Favorecer a expressão das culturas e valores locais e regionais;
  5. Promover a equidade nas relações de gênero;
Inserção do conceito justo e consumo ético no cotidiano, os três Rs 
  • Repensar o consumo e escolhas;
  • Reciclar, coleta seletiva é fundamental e a compostagem;
  • Recusar descartáveis;
  • Reduzir;
  • Reutilizar, uma ideia é a feira de trocas.

Psicologia da Aprendizagem - 7ª Semana

Psicologia da Aprendizagem - 7ª Semana


25. Resolução de conflitos e o cotidiano escolar

A análise das situações de conflito constitui-se como uma perspectiva privilegiada para pensarmos a complexa trama tecida pela diversidade e pela subjetividade de fatores que se entrelaçam nas relações interpessoais. É nessa mesma perspectiva que reside, também, a possibilidade de ampliarmos as formas de compreensão do cotidiano escolar, escapando de explicações simplistas e reducionistas. Nessa videoaula, defenderemos tal visão, bem como apontaremos caminhos para a construção do processo de aprendizagem da resolução de conflitos.
Profª Drª. Valéria Arantes






“Não fomos preparados para compartilhar nem para resolver com agilidade e de forma não-violenta os problemas que vão surgindo em nossas relações pessoais. Não desenvolvemos a sensibilidade necessária para saber interpretar a linguagem de nossos sentimentos. Nossa razão não foi exercitada na resolução de conflitos e tampouco dispomos de um repertório de atitudes e comportamentos práticos que nos permite sair dignamente de uma situação. Nossa formação nos tornou mais hábeis para lidar com o mundo exterior que de nossa própria intimidade, conhecemos mais os objetos que as pessoas do nosso convívio”.
Citação de uma Autora Espanhola - Monserra Moreno


Os conflitos na vida humana


  • A maioria das teorias interacionistas em filosofia, psicologia e educação estão alicerçadas no pressuposto de que nos constituímos e somos constituídos a partir da relação direta ou mediada com o outro, seja ela de natureza subjetiva ou objetiva. O conflito é inerente do ser humano.
  • Nessa relação, nos deparamos com as diferenças e semelhanças que nos obrigam a comparar, descobrir, ressignificar, compreender, agir, buscar alternativas e refletir sobre nós mesmos e sobre os demais. Varias teorias na psicologia reflete sobre o funcionamento de resoluções de conflitos e não deve ser evitado e sim estudado.
  • O conflito torna-se, portanto, a matéria prima para nossa constituição psíquica, cognitiva, afetiva, ideológica e social. A escola deveria intender que os conflitos são a maior riqueza no processo de formação ético e moral do ser humano.

Conflito sim! Violência, não!



  • Os conflitos podem ser um fator positivo para a mudança e crescimento pessoal e interpessoal ou um fator negativo de destruição;
  • Conflito e violência baseiam-se em lógicas contrárias: no conflito, as pessoas ou grupos que se opõem buscam reforçar suas ideias e posições na relação; a violência, em contrapartida, aponta para a ruptura da relação, para a destruição do outro. Um ponto fundamental é você ter um ponto de vista e aceitar ou somar com as ideias do outro;
  • Se tratados construtivamente, os conflitos podem fazer resultados positivos, melhorando o desempenho, o raciocinio e a resolução de problemas. Mais ainda, favorecendo o respeito as diferenças, a estruturação de acordos e a construção de práticas democráticas. 


Os conflitos interpessoais e sua dimensão afetiva


  • Como fenômenos complexos que são, a análise dos conflitos interpessoais requer o estudo da elaboração subjetiva de uma problemática social em que os afetos desempenham uma importante função.
  • A análise dos conflitos interpessoais trata-se de um processo interativo e dinâmico, que não pode ser baseado em partes isoladas;
  • Cada pessoa, em função de sua história pessoal, do conjunto de suas experiência, e dos valores de seu entorno cultural, constrói os papéis que julga pertinentes no estabelecimento de cada nova relação. (Noam e Fischer, 1996)


O processo de Aprendizagem da Resolução de Conflitos


  • Requer práticas sistemáticas de análise de suas causas, consequências, estados afetivos, mudanças de perspectivas e elaboração de encaminhamentos para a situação enfrentada (descentrar do próprio ponto de vista; elaborar fusões criativas entre diferentes pontos de vista);
  • Aprender a discernir as soluções adequadas daquelas que não o são:
  • Recorrem a violência, nunca dever ser usado; (não é esperado, é indesejado)
  • Não são autônomas;(não é esperado, é indesejado)
  • Não incidem sobre as causas;(não é esperado, é indesejado)
  • Aquelas que são “voluntariosas”;(não é esperado, é indesejado)
  • Promovendo o diálogo e a participação coletiva em decisões e acordos, a resolução de conflitos torna-se um instrumento para repensar a própria cultura, a transformação dos discursos institucionais. Uma oportunidade, pois, de crescimento e desenvolvimento. Espera-se fusões diferentes de diversas perspectivas, isso é um processo excelente na busca da autonomia e do desenvolvimento.(Schinitman e Littejoln,1999).
  • Nesse processo, o docente deve atuar como elemento regulador, dando visibilidade aquelas estratégias de resolução falhas e / ou inadequadas.

A resolução de conflitos e a formação ética


  • Uma formação que visa à construção de valores de democracia e de cidadania deve conceder um lugar relevante às relações interpessoais;
  • Concebendo os conflitos interpessoais como um conteúdo essencial para a formação psicológica e social dos seres humanos, acreditamos que o trabalho sistematizado com conflitos no cotidiano escolar seja um caminho profícuo para a construção de sociedades e culturas mais democráticas.
  • Para tanto, precisamos ter coragem de mudar a educação formal e transformar os conflitos pessoais e sociais em objetos de ensino e aprendizagem.

Resolvendo conflitos, Iniciando os trabalhos com os conflitos interpessoais...


  • Ao longo de nossas vidas enfrentamos a cada dia, situações que podem gerar conflitos. Tente lembrar de um conflito interpessoal que vivenciou ( direta ou indiretamente), em qualquer lugar, descreva o num papel com todos os detalhes.
Na sequência responda às seguintes perguntas:

  • Na sua opinião, por que aconteceu esse conflito?
  • O que você acha que cada uma das partes fez para que esse conflito acontecesse
  • Na sua opinião, qual seria a melhor forma de resolvê-lo? Por que?
  • Explique detalhadamente cada uma de suas respostas.


26. Resolução de conflitos e aprendizagem emocional

Partindo do princípio de que trabalhar a afetividade no ensino fundamental e médio, por meio da resolução de conflitos que solicitem a integração dos aspectos afetivos e cognitivos do raciocínio humano, é uma forma de promover o progresso no campo das relações interpessoais, nessa aula apontaremos caminhos e práticas escolares que transformem os sentimentos, as emoções e os afetos em objetos de ensino e aprendizagem.
Profª Drª. Valéria Arantes





A professora Valéria começa a vídeo lendo o diário de Maria e Antônio que conta um exemplo de conflito do casal, mostra os dois lados dos pensamentos.

A escola e a dimensão afetiva


  • Para incorporar a afetividade no cotidiano de nossas escolas, assumimos a perspectiva do trabalho sistematizado com os sentimentos e os afetos, rompendo com aquelas concepções educacionais que fragmentam os campos científicos e cotidiano do conhecimento, as esferas pública e privada da vida, e as vertentes racional e emocional do pensamento.
  • Tratar as emoções, os afetos e os sentimentos como objetos de conhecimentos pressupõe dar-lhes os mesmos status que os demais conteúdos acadêmicos que devem ser trabalhados na educação formal da mesma maneira que a matemática, a língua e as ciências, por exemplo.
  • Tomar consciência dos próprios sentimentos e emoções, de forma reflexiva e dialógica, é um caminho para desenvolver, simultaneamente, a sensibilidade, o juízo e a conduta de idéias e valores, um maior conhecimento de si e dos demais com quem convivemos. Temos que criar meios onde devemos ser criativos para sair de conflitos e acima de tudo resolvê-los, e tentar pensar como o outro pensa.

O trabalho com a Resolução de Conflitos


  • Os trabalhos com resolução de conflitos devem basear-se na comunicação e em práticas discursivas e simbólicas que promovam diálogos transformativos.
  • Devem permitir aumentar a compreensão, o respeito e construir ações coordenadas que considerem as diferenças, que incrementam o diálogo e a participação coletiva em decisões e acordos participativos.
  • Devem acreditar na importância do protagonismo das pessoas ao enfrentar os conflitos em suas vidas e entender que tal processo deve enfocar não apenas as emoções, atenções e crenças dos participantes, mas também os domínios simbólicos, narrativos e dialógicos.



27. Resolução de conflitos de gênero na escola

Nesta aula, apresentaremos uma pesquisa realizada por nós e que teve como objetivo principal desenvolver projetos e ações que privilegiassem a construção de estratégias e de valores ancorados em fundamentos de ética e direitos humanos e na igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres em situações de conflitos de gênero.
Profª Drª. Valéria Arantes




Uma experiência de Educação Moral:
  • Intervenção no cotidiano da escola e de suas relações com os conteúdos educativos e com a comunidade, visando promover a compreensão das situações e dos conflitos interpessoais e de gênero cotidianos e os valores morais subjacentes às causas e às e estratégias de resolução dos mesmos;
  • Busca de dados qualitativos e quantitativos que permitissem sistematizar cientificamente os resultados da investigação.
Participantes e Instrumento
  • Os dados foram coletados antes e depois da intervenção pré-teste e pós-tese, com o objetivo de identificar possíveis diferenças nas estratégias utilizadas pelos estudantes para resolver os conflitos e também nos valores morais a elas subjacentes;
  •  A amostra foi composta por 59 estudantes (38 mulheres e 21 homens, entre 13 e 15 anos);
  • Solicitamos aos estudantes que descrevessem um conflito vivido entre um homem e uma mulher;
  • A partir destes conflitos os estudantes analisaram suas possíveis causas e propuseram estratégias para resolvê-los.

Um dos instrumentos utilizados nas pesquisa, visando identificar as representações dos estudantes sobre os valores subjacentes aos conflitos de gênero foi o que se segue:
  1. Conte um conflito vivido entre um homem e uma mulher. Pode ser um conflito que aconteceu com você ou com alguém que você conhece;
  2. Na sua opinião, por que esse conflito aconteceu?
  3. qual seria a melhor forma de resolver esse conflito? Por quê? Explique detalhadamente.
Categorias de análises 1: Os conflitos relatados
  1. Conflitos amorosos;
  2. Traição;
  3. Separação;
  4. Violência contra um homem;
  5. Violência entre casal;
  6. Violência contra mulher.



Categorias de análises 2: Em sua opinião por que esse conflito aconteceu?

  1. Externas ao conflito;
  2. Reducionistas;
  3. Internas ao conflito.

Categorias de análises 3: Qual seria a melhor forma de resolver esse conflito? Por quê? Explique detalhadamente.
  1. Não-moral;
  2. Mágica;
  3. Moral.

Algumas considerações...
  • Os resultados encontrados nos permitem constatar a riqueza e a diversidade das representações subjetivas com que cada indivíduo posiciona-se diante da violência de gênero.
  • Tais resultados (e outros que não trouxemos nessa aula) dão-nos indícios de que a violência de gênero tornou-se "visível" para aqueles estudantes. Acreditamos que, para além e sua visibilidade, ocorreu um processo de aprendizagem no campo de resolução de conflitos e projetos desenvolvidos pelos docentes favorecem a compreensão dos fundamentos da ética, dos direitos humanos e, em especial, da igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres.


28. Fundamentos e práticas da educação moral

Nesta aula, apresentaremos caminhos para a busca da compreensão dos processos psicológicos que podem levar os jovens a construírem valores morais que almejem a realização de projetos significativos para o self e para o mundo além do self.
Profª. Drª. Valéria Arantes 
Profª. Drª Hanna Danza





Educação Moral na Escola Básica

Puig e Martin (1988): a origem da moral se situa na decisão de como queremos viver no mundo com os outros.

Portanto, a moralidade é uma escolha, uma decisão pela construção de decisão marcadas pela justiça, felicidade, dignidade, integridade.

Fundamento da Educação Moral: contribuir para que essa decisão seja o mais plenamente ativa, inconsciente e livre possível.

Perspectiva da moralidade:
  • Other-regarding: referenciada na relação com o "outro". Exemplos: justiça, cuidado e solidariedade. 
  • Self-regarding: referenciada na relação com o "si-mesmo". Exemplos: autoconhecimento, autoestima e felicidade.




Conhecimentos sobre fatos e guias morais:

Fatos morais: conhecer os conflitos e problemas morais do presente e do passado.

Guias morais: Referências morais construídas ao longo da história, como tradições, ideologias, regras, leis, costumes sociais, personalidades de conduta exemplar, algum princípio ou comprometimento ético(ou seu contraste). Filmes, narrativas e biografias que apresentam condutas, atitudes ou formas de vida que, além de propor valores, manifestam como colocá-los em prática.


Exemplo de uma atividade que pode ser feita com alunos. Essa atividade se denomina clareificação de valores.
Narrativa sobre a biografia de Viktor Frankl, presente no livro Em busca de sentido

Leitura do capítulo: "Ir para o fio?"

Discissão sobre a atribuição de sentido à vida.

Elaboração de diagrama com elementos que sustentam o sentido de vida pessoal.

Ações Sociomorais

É, principalmente, por meio da ação que o indivíduo exercita valores, reforça valores e os reconhece como parte da sua identidade.

A construção da moralidade ocorre menos em decorrência de "lições de moral' do que de experiências morais concretas, nas quais o indivíduo vivencia consequências positivas de ações morais e as consequências negativas daquelas que contrapõem princípios éticos elementares.

Competências Psicomorais

Procedimentos psicológicos que o sujeito constrói e mobiliza diante dos conflitos morais a fim de alçar uma meta. É como um "saber fazer" moral.
  • Autoconfiança;
  • Empatia;
  • Juízo moral;
  • Compreensão crítica;
  • Habilidade dialógicas;
  • Capacidades emocionais e de sensibilidade.
Exemplo de atividade que trabalha as atividades psicomorais


Valores Morais


A moral, enquanto um sistema de regulação dos conflitos e contradições presentes nas relações humanas, pressupõe escolher entre o que se considera mais ou menos valioso moralmente (PUIG, 1995; Vazquez, 2012).

Tem a ver com o que é importante ou preferencial para alguém. Associados a princípios e normas de conduta desejáveis e as ideias de vida: justiça, generosidade, solidariedade, coerência, responsabilidade, amizade, cuidado, etc.