Ao final da Aula 7, esperamos que você consiga: a. rever as anotações que fez nas sessões de comunicação e nas palestras e transformá-las em um resumo; b. organizar uma pequena apresentação em PowerPoint sobre a conferência para seus colegas e pares; c. escrever um primeiro email de contato para as pessoas que você conheceu na conferência.
Portfólio
AFTER CONFERENCE
Review your notes and transform them into a written summary;
Organize a short power point presentation about the conference and present it to your colleagues and peers in Brazil;
Write a firt contact email to speakers you met at the conference.
Part 1: Review your notes
Conferences are overloaded with information and get most out of it, so:
organize your notes;
gather information you think it is relevant (link to on line presentations, keynote speakers, etc);
register your opinions and conclusions about the event;
The paper session I attended was ...
Part 2: Conference presentation
What parts did you see in our presentation?
Greetings;
Introduction;
overview;
main points;
conclusion;
thanks;
inviting for questions.
Part 3: Keeping contact
A great opportunity for future partherships reseach, exchanging knowledge and ideas.
Faremos a complementação do Cálculo de Integrais definidas, resolvendo mais alguns exemplos e aplicações.
26. Aplicações
Faremos algumas aplicações do conceito de Integral definida e do Teorema Fundamental do Cálculo.
27. Cálculo e Ciências Naturais (parte 1)
Faremos um fecho do curso de Cálculo revendo os principais conceitos estudados e sua importância para a formação de um profissional na área de Ciências.
28. Cálculo e Ciências Naturais (parte 2)
Faremos um fecho do curso de Cálculo revendo os principais conceitos estudados e sua importância para a formação de um profissional na área de Ciências.
Portfólio
A partir das videoaulas da semana e da leitura do material base, destaque os pontos que foram mais significativos para você.
Em cálculo tudo é significativo, limite (tendência, convergência), Derivada é a taxa de variação (população em Biologia, inflação em economia), Integral, somatória, área (áreas de uma grande quantidade de figuras).
Acho que é de censo comum que só pensar em Calculo I deixa todos amedrontados, mas não é bem assim. Com bastante esforço, dedicação e muito exercício, a compreensão e assimilação acaba ficando mais fácil.
25. Organismos, fatores limitantes e nicho ecológico
Nesta aula, introduzimos a Ciência Ecologia e focamos no nível de organização organismo. Tratamos dos conceitos de fator limitante e nicho ecológico, relacionado a tal nível de organização.
Profª. Drª. Ana Lúcia Brandimarte
ECOLOGIA
Ernest Haeckel (1869) = oikos (casa) + logos (estudo)
Estudo das interações entre os organismos e o ambiente (“casa”) onde vivem ciência que estuda a distribuição e abundância dos organismos e as interações que as determinam.
ECOLOGIA
Ecologia(ciência) diferente de Ecologismo(uma ideologia política (esgotamento dos recursos naturais e a continuidade da vida na Terra)
Um ecólogo pode ser um ecologista ou “verde”, mas nem todo ecologista é um ecólogo
Escopo da Ecologia:
Molécula - organela - célula - tecido - órgão - sistema de órgãos - organismo - população - comunidade - ecossistema - biosfera
FATORES LIMITANTES
Tudo o que afeta o desempenho biológico do organismo:
condições(fatores abióticos como temperatura);
recursos(alimentos, espaço);
interações intra e interespecíficas.
Lei do Mínimo (Justus von Liebig, 1843)
Sob condições de estado constante, o nutriente presente em menor quantidade
(concentração próxima à mínima necessária) tende a ter efeito limitante sobre a planta.
Lei da Tolerância (Victor Ernest Shelford)
Cada espécie apresenta amplitudes de tolerância aos fatores ecológicos, com um valor mínimo e um máximo, dentro das quais consegue existir.
NICHO ECOLÓGICO
Conjunto de relações que cada espécie mantém com o ambiente.
Conjunto de limites de tolerância da espécie.
Papel funcional da espécie dentro de uma cadeia alimentar e seu impacto sobre o
ambiente (o que ela come?) (Charles Sutherland Elton, 1927)
George Evelyn Hutchinson (1957)
Representação espacial do nicho utilizando os fatores limitantes.
Definição de nicho ecológico para ensino fundamental: Requerimentos de uma espécie para viver em um dado ambiente e seus efeitos sobre o ambiente (Jonathan Chase e Mathew Leibold, 2003)
26. Populações e comunidades
População e comunidade são só dois níveis de organização abordados na presente aula. Quanto ao primeiro, estudamos seus atributos principais, bem como modelos de desenvolvimento populacional. Já quanto à comunidade, também focaremos seus principais atributos. Além disso, estudaremos diferentes tipos de relações ecológicas interespecíficas.
Profª. Drª. Ana Lúcia Brandimarte
POPULAÇÃO
Conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que vivem em uma dada área geográfica
Sujeitos aos mesmo conjunto de fatores ambientais;
Desempenho biológico dos indivíduos
ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO
Tamanho da população: número de indivíduos que compõem a população em um determinado momento;
Densidade populacional ou demográfica: número de indivíduos existentes / área (ou volume)
Natalidade ou taxa de nascimentos:
número de nascimentos em determinado período / número de indivíduos da população;
natalidade bruta – usa número total de indivíduos (numerador)
natalidade específica – usa número total de indivíduos de uma fração da população (ex.:sexo, faixa etária, região)(denominador)
Mortalidade ou taxa de mortes
número de mortes em determinado período /número de indivíduos da população;
mortalidade bruta – usa número total de indivíduos;
mortalidade específica – usa número total de indivíduos de uma fração da população (ex.:sexo, faixa etária, região)
Fecundidade:
número médio de descendentes por fêmea em um determinado período de tempo
fecundidade específica – uso de uma faixa etária determinada
Taxa de crescimento populacional: variação do número de indivíduos da população em um
determinado período
Estrutura etária: distribuição dos indivíduos nas diferentes faixas etárias.
Potencial biótico: capacidade reprodutiva máxima de uma população.
condição ideal - ambiente não oferece nenhuma limitação aos indivíduos - população atinge potencial biótico - cresce indefinidamente
COMUNIDADE
Conjunto de populações de diferentes espécies que vivem em um determinado local e que interagem entre si.
ATRIBUTOS DA COMUNIDADE
Riqueza de espécies ou biodiversidade (S): número de espécies presentes
Equitatividade de espécies: contribuição de cada espécie para o total de indivíduos da comunidade
pi = no. de indivíduos da espécie i / total de indivíduos
Diversidade de espécies: análise conjunta da riqueza e da equitatividade de espécies
diversidade ≠ biodiversidade
Amensalismo - Uma espécie não é afetada e a outra é prejudicada.(aumento populacional de algas vermelhas);
Competição - Ambas as espécies são afetadas (escassez de recursos, espaço, alimentação,etc);
Predação - A espécie que preda é beneficiada.
Parasitismo - Uma espécie é beneficiada é a outra não. A diferença é que na predação o indivíduo morre é que o parasitismo o hospedeiro é prejudicado.
Comensalismo - Uma espécie é favorecida e a outra nem ganha e nem perde nada.(Plantas epífitas que somente se apoiam);
Mutualismo - Ambas as espécies são beneficiadas (peixe palhaço e anêmonas).
27. Ecossistemas
A presente aula é voltada ao estudo do nível de organização ecossistema. Estudamos sua definição e alguns atributos importante. Focamos na questão do fluxo de energia, bem como das cadeias e teias alimentares e níveis tróficos.
ECOSSISTEMA
Sistema aberto cujos componentes abióticos(não vivos) e bióticos(vivos) interagem por meio de fluxo de energia e ciclagem de materiais
Sir Arthur George Tansley, 1935
FLUXO DE ENERGIA
Obtenção de energia organismos autótrofos x heterótrofos
Autótrofos
Fotossíntese oxigênica: síntese de glicose na presença de luz, CO2 e água (doadora de elétrons) e liberação de oxigênio como subproduto das reações envolvidas no processo; produtores primários;
Fotossíntese anoxigênica: bactérias fixam o carbono presente no CO2 em matéria orgânica, na presença de luz, mas os doadores de elétrons são compostos como o H2ou o H2S e, portanto, não há produção de oxigênio;
Quimiossíntese: bactérias obtêm a energia necessária para a fixação de CO2 na matéria orgânica a partir da oxidação de compostos inorgânicos reduzidos, como NH4+(amônio), CH4(metano), H2S (gás sulfídrico)e Fe2+(íon ferroso).
Heterótrofos
Eles não produzem seu próprio alimento, são consumidores.
Detritívoros - se alimentam de matéria orgânica morta, detritos; Decompositores - utilizam detritos mas provem a decomposição do material morto transformando em sais minerais(fungos e bactérias).
Cadeia alimentar de DETRITOS OU DETRÍTICA - detritos em pântanos - camarão - lontra.
Cadeia alimentar MICROBIANA OU ALÇA MICROBIANA -
Ecossistema - importação e exportação de energia e matérias
Limites do ecossistema escala X delimitação
28. Causas e mitigação de impactos ecológicos
Na última aula de nossa disciplina, estudamos um dos temas mais atuais e que merece profundas reflexões, os impactos ecológicos antrópicos, suas causa e formas de mitigação. Abordamos: aquecimento global, diminuição na camada de ozônio e degradação da qualidade da água.
HUMANIDADE X ENERGIA
Primeiros Homo sapiens
Impactos comparáveis aos das demais espécies
MAS: uso do fogo (herança dos ancestrais) - fogo - energia extrassomática (tecnologia)
IMPACTOS ANTROPOGÊNICOS
Uso do fogo - primeira forma deliberada de alteração da natureza - impacto
Impactos antropogênicos - capacidade de carga - população humana - impactos antropogênicos que podem ser locais, regionais, globais
Aquecimento global - aumento de temperatura - precipitação (cheia e seca) - nível do mar - efeito na saúde, agricultura, florestas, recursos hídricos, áreas costeiras, áreas naturais, biodiversidade.
Aquecimento global é relacionada a atividades humanas como:suprimento de energia,Indústria, silvicultura e outras alterações do solo, agricultura, transporte, imóveis residenciais e comerciais, resíduos sólidos e esgotos.
Efeito estufa - parte da radiação solar ao atingir a superfície terrestre é refletida de volta para a atmosfera, mas parte dessa radiação é absorvida pela superfície da Terra que se aquece produzindo radiação infra vermelha que é refletida de volta para a atmosfera.
Gazes de efeito estufa: Dióxido de carbono, metano, ozônio, CFCs, óxido nitroso.
Mitigação - diminuição emissão antropogênica dos gases de efeito estufa, do uso de combustíveis fósseis alteração de processos industriais, do desmatamento e queimadas.
Redução da camada de ozônio
Estratosfera - raios UVB quebram:
Moléculas de O2 resultando em formação de O3;
Moléculas de CFCs resultando em liberação de CL que reage com O3
Mudança no ciclo da água
Eutrofização
Mitigação - controle do uso de fertilizantes e pesticidas, controle de emissão de efluentes - efeitos sobre água superficiais e subterrâneas.
Diminuir o desmatamento - erosão do solo e carregamento de material particulado, assoreamento de ambiente aquáticos.
Desertificação
Mitigação - melhoria das práticas da agricultura e pecuária diminuição das taxas de desmatamento e controle do aquecimento global.
Portfólio
Aquecimento global é o processo de aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra causado pelas emissões humanas de gases do efeito estufa (Dióxido de carbono, metano, ozônio, CFCs, óxido nitroso e vapor de água.
O efeito estufa potencializado pela queima de combustíveis fósseis tem colaborado com o aumento da temperatura no globo terrestre nas últimas décadas. Pesquisas recentes indicaram que o século XX foi o mais quente dos últimos 500 anos. Pesquisadores do clima afirmam que, num futuro próximo, o aumento da temperatura provocado pelo efeito estufa poderá ocasionar o derretimento das calotas polares e o aumento do nível dos mares. Como conseqüência, muitas cidades litorâneas poderão desaparecer do mapa.
Pesquisadores do meio ambiente já estão prevendo os problemas futuros que poderão atingir nosso planeta caso esta situação persista. Muitos ecossistemas poderão ser atingidos e espécies vegetais e animais poderão ser extintos. Derretimento de geleiras e alagamento de ilhas e regiões litorâneas. Tufões, furacões, maremotos e enchentes poderão ocorrer com mais intensidade. Estas alterações climáticas poderão influenciar negativamente na produção agrícola de vários países, reduzindo a quantidade de alimentos em nosso planeta. A elevação da temperatura nos mares poderia ocasionar o desvio de curso de correntes marítimas, ocasionando a extinção de vários animais marinhos e diminuir a quantidade de peixes nos mares.
Curiosidades:
Atualmente, são despejados no ar cerca de 5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (um dos principais gases causadores do efeito estufa) por ano. Só para termos uma base de comparação, há 100 anos atrás eram lançados cerca de 60 milhões de toneladas deste gás anualmente.
Estudos climáticos recentes demonstraram que a temperatura do planeta Terra aumentou cerca de 0,5°C nos últimos 170 anos. Este aquecimento está diretamente relacionado com o efeito estufa.
Um aumento de 4ºC na temperatura global, causado pelo efeito estufa e aquecimento global, poderá provocar a extinção de milhares de espécies animais no planeta. Os animais mais afetados serão aqueles que vivem nas regiões polares, pois este aumento de temperatura provocará derretimento de gelo em grandes proporções, afetando diretamente o habitat destas espécies. Os recifes de corais também serão muito afetados com o aumento da temperatura das águas oceânicas.(sua pesquisa)
Mitigar é intervir de alguma forma para remediar ou reduzir algum impacto ambiental detectado. A mitigação dos gases do Efeito Estufa está relacionada à redução dos impactos gerados pela emissão de gases na atmosfera. Segundo o Ministério do Meio Ambiente “mitigação é definida como a intervenção humana para reduzir as emissões por fontes de gases de efeito estufa e fortalecer as remoções por sumidouros de carbono, tais como florestas e oceanos.”
Uma método eficaz para mitigação dos gases do Efeito Estufa é o sequestro de carbono da atmosfera por meio do plantio de árvores (conheça oprojeto da Bio Jr. USP nas Olimpíadas USP do Conhecimento) que utilizam o CO2 e água para obtenção de energia enquanto liberam O2 para a atmosfera. Entenda este processo no esquema abaixo:
Sendo o CO2 o principal GEE, sua diminuição na atmosfera gera uma mudança significativa no impacto ambiental. Portanto, projetos que quantifiquem a emissão de gases nas atividades humanas, como queima de combustíveis para transporte, e converta este valor, por exemplo, em número de mudas necessárias para mitigar este impacto, serão de grande ajuda para manutenção do clima do planeta e de sua biodiversidade.
Iniciamos a aula com aspectos sobre a importância de classificar a Biodiversidade. São apresentadas, de forma introdutória, algumas pinceladas históricas sobre o desenvolvimento dos sistemas de classificação, passando pelas ideias e principais contribuições de grandes estudiosos da área: Aristóteles, Lineu, Haeckel, Whittaker, Woese e Baldauf. Profª. Drª. Sônia Lopes
Primeiras classificações
Dicotomia planta e animal:
Aristóteles, IV a.C. (384-322 a.C.) - usava uma escala em forma de escada, para entender a evolução, começa com as plantas inferiores e o Homem estava no topo como se fosse a última evolução. Com um aumento crescente de complexidade.
Idade Moderna (1453-1789)
Revolução industrial e científica com valorização das experimentações, o que motivou a construção e o aperfeiçoamento de vários instrumentos de laboratório,entre os quais o microscópio de luz.
Tem início o estudo do mundo invisível a olho nu: células e microrganismos começam a ser estudados.
Pensamento que fundamenta a classificação dos animais e plantas é tipológico e fixista, (não são aceitos as classificações, as espécies são criada por uma divindade);
Taxonomista mais conhecido do período: Carolus Linnaeus (1707-1778).
Classificação era uma forma de compreender a grandeza da criação divina.
Sua obra mais famosa, Systema Naturae, foi publicada pela primeira vez em 1735.
Manteve dicotomia entre os Reinos Animal e Vegetal.
Inovações introduzidas por Lineu
Propôs um sistema de classificação segundo níveis hierárquicos:
Reino - Classe - Ordem - Gênero - Espécie
Abandonou o uso de longos nomes descritivos para designar classes e ordens;
Criou o método binomial para formular o nome científico das espécies. Por exemplo Homo sapiens.
Idade Contemporânea (a partir de 1789)
Tornam-se conhecidas as teorias da evolução de Lamarck (1809), de Darwin e de Wallace (1858), mudando os paradigmas vigentes:
O mundo não é constante e estático sendo produto de uma mudança contínua (evolução);
Darwin: todos os organismos vivos descendem de um ancestral comum;
O pensamento “tipológico” é substituído pelo pensamento populacional.
Origem única da vida e relações de parentesco evolutivo: Darwin
Em 1837, Darwin esboçou em seu caderno de anotações, sua metáfora predileta: uma árvore da vida. Onde todos estão ligados a um ancestral comum.
Dicotomia: sistema de dois reinos
Plantas, onde até está época bactérias e fungos (pois faziam fotossíntese ou tinham parede celular) era considerado como plantas;
Animais, como amebas celulares;
O que fazer com organismos unicelulares como as euglenas?
Que são organismos que tem flagelos se locomovem e fazem fotossíntese.
Richard Owen (1858) é o primeiro a propor o Reino Protozoa. (3º reino)Grande opositor de Darwin.
But the two divisions of organisms called "plants" and "animals" are specialised members of the great natural groups of living things;and there are numerous organisms, mostly of minute size and retaining the form ofnucleated cells, ....Such organisms are called "Protozoa," and include the sponges or Amorphozoa, the Foraminifera or Rhizopods, ...
Três Reinos de Haeckel
1866 – Reino Protista (inclui as bactérias e esponjas)
1894 e 1904: restringe o termo PROTISTA apenas aos organismos unicelulares, incluindo moneras.
Os 5 Reinos de Whittaker (1969)
Surgimento dos microscópios eletrônico, surge o termo como célula eucarióticas e procarióticas, e ele mantem um reino monera, etc e cria um quinto reino o reino dos fungos.
A era da Biologia Molecular
A partir de 1970 tem início o uso de moléculas no estudo das relações evolutivas entre os seres vivos: surge a filogenia molecular.
Os seres vivos possuem DNA, RNA e proteínas. Organismos muito próximos apresentam similaridade maior entre essas moléculas.
Várias propostas de classificações começam a surgir.
Os 5 Reinos de Margulis (1938-2011)
Lynn Margulis (1970), usa dados moleculares e ultra-estruturais, e se apóia na Teoria da Endossimbiose, para propor algumas mudanças no sistema de 5 reinos.
Endossimbiose Os 5 Reinos de Margulis
Os 3 domínios de Woese (1928-2012)
Carl Woese (1977) foi um dos pioneiros nos estudos de filogenia molecular, usando inicialmente a comparação entre as moléculas de RNA que formam o ribossomo.
Propriedades Bacteria Archaea Eukarya
Propriedades Bactéria Archaea Eukarya
Parede celular peptidoglicano Diversos componentes, sem (Se presente) l celulose,
peptidoglicano outros
RNA polimerase Uma enzima pequena;
4 subunidades Uma enzima grande;
várias subunidades Três enzimas grandes;
várias subunidades
Primeiro aminoácido
na síntese protéica formilmetionina metionina metionina
10. Principios de sistemática filogenética
A aula foca a sistemática filogenética. Destacam-se os processos evolutivos de anagênese e cladogênese. Discutimos ainda a determinação de condições ancestrais (plesiomosfia) e devivadas (apomorfia), bem como validação de grupos. A aula é finalizada com um exemplo detalhado de construção de cladograma simples.
Profª. Drª. Sônia Lopes
Evolução e Sistemática
A sistemática é a área da Biologia que se preocupa em compreender a filogenia: história evolutiva das espécies de seres vivos.
Sistemática evolutiva a mais antiga X sistemática filogenética ou cladística:
Diferem nos critérios para se definir os táxons: a filogenética usa apenas as novidades evolutivas para formar grupos e há um método para se testar hipóteses de parentesco.
A cladística foi introduzida a partir da divulgação dos trabalhos de Willi Hennig em 1966.
Sistemática Filogenética ou Cladística
Na forma de representação filogenética, como exemplo usamos o tipo de Whitaker e a forma de representação Cladística que é a forma mais atual é por diagrama de ramos que tenta contar a história da evolução.
Entende-se que a diversidade de seres vivos é resultante de processos evolutivos e que esses processos ocorrem por anagênese e por cladogênese.
Anagênese: processo pelo qual um caráter surge ou se modifica numa população ao longo do tempo, sendo responsável pelas novidades evolutivas.
Cladogênese: processo responsável pela ruptura da coesão inicial numa população, gerando duas ou mais populações que não mais se comunicam.
Cladogramas
Para cada caráter é destacada qual a condição ancestral ou primitiva e qual a condição derivada, que surgiu a partir dessa condição primitiva.
Somente as apomorfias são usadas para definir os agrupamentos.
Os grupos são formados apenas por organismos que compartilham a mesma condição derivada de um ou mais caracteres e que descendem de um ancestral comum exclusivo. Grupos assim formados são chamados monofiléticos.
Partes que compõem um cladograma: raíz, ramos, nós e terminais.
Os grupos de seres vivos compõem os terminais nos cladogramas.
Os ramos são as linhas do cladograma;
Nó: ponto de onde partem as ramificações; representa o ancestral comum hipotético para todos os grupos acima dele. Os grupos acima de cada nó são monofiléticos. Cada nó simboliza um evento cladogenético. E também tem diversas representações.
Princípio da parcimônia
Marcar o menor número possível de passos no cladograma: características que ocorrem em um número maior de organismos são as primeiras a serem colocadas no cladograma a partir da raiz e assim sucessivamente.
O princípio da parcimônia sugere que uma determinada característica derivada deve ter surgido uma única vez na evolução. Por isso deve ser apontada no cladograma uma única vez.
Conceitos de espécie
Conceito biológico: organismos capazes de se reproduzir e dar origem a descendentes férteis.
Conceito filogenético: população ou grupo de populações definidas por uma ou mais condições derivadas.
11. Evolução dos eucariontes amebozoa e rhizaria
A aula aborda a evolução das células procariontes e eucariontes, abordando a hipótese da endossinbiose. Passa-se a uma introdução à diversidade dos eucariontes, abordando os grupos Amebozoa e Rhizaria.
Profª. Drª. Sônia Lopes
Endossimbiose primária: origem de mitocôndrias e cloroplastos
Principal implicação: os eucariontes são quimeras produzidas pela junção de diferentes genomas.
Eventos de transferência lateral de genes (= transferência horizontal)
Alberts e col. 1999
Eventos de transferência lateral são mais comuns do que se pensava
A origem das mitocôndrias
• Foi um evento único?
• Todos os eucariontes possuem mitocôndrias?
• Há os chamados amitocondriados. Exemplos:
Giardia lamblia
Trichomonas vaginalis
• Amitocondriados : será que eles perderam a mitocôndria? Como sabemos se houve perda?
• Uma das evidências da perda: genes associados a mitocôndria nos genomas desses grupos.
Baldauf, 2008 Alguns grupos sem mitocôndria
AMEBOZOA Cavalier-Smith, 1998
Bases moleculares;
Pseudópode do tipolobópode
Flagelo: presente nos ameboflagelados e em alguns estágios do ciclo de vida
Representantes mais conhecidos: amebas e mixomicetos
Amebas: ambiente aquático e solos úmidos; há parasitas
Amebas nuas
Amebas com carapaça externa (tecadas):
Ameba nua
tecameba
Mixogastria ou Mixomicetos
Maioria vive em locais sombreados, úmidos, sobre o solo de florestas, troncos de árvores em decomposição.
Sem parede celular, multinucleados numa fase do ciclo de vida.
Parentes próximos das amebas.
Geralmente de cor laranja e amarela.
Rhizaria
Rhizaria é o mais recente supergrupo reconhecido, tendo sido identificado exclusivamente por filogenia molecular.
Não há característica estrutural que defina o grupo.
Foraminíferos
• Amebóides com reticulópodes.
• Ambiente marinho, alguns em água doce e terrestre.
• Maioria com carapaça: orgânica, aglutinada ou calcária, composta por uma ou múltiplas câmaras;
• Maioria é bentônica, alguns são planctônicos.
• Abundantes no registro fóssil; bioindicadores de petróleo.
Radiolaria
• Axópodes (fluxo bidirecional) e, em alguns, filópodes e reticulópodes; esqueleto interno.
• Endoesqueleto elaborado de sílica
• Todos marinhos
Exemplos de endoesqueleto de radiolários
“Heliozoários”
- organismos esféricos
- ambiente aquático
- planctônicos ou bentônicos (maioria)
- Axópodes
12. Alveolados
A hipótese da endossinbiose é abordada mais profundamente, explorando-se o evento primário e secundário. Aborda-se, assim, a origem das mitocôndrias e dos diferentes tipos de cloroplastos. Passa-se a uma introdução à diversidade de diferentes linhagens de Alveolados. Profª. Drª. Sônia Lopes
Endossimbiose primária: origem de mitocôndrias e cloroplastos
Principal implicação: os eucariontes são quimeras produzidas pela junção de diferentes genomas.
Origem do cloroplasto: foi um evento único?
Temos que considerar alguns aspectos: há cloroplastos simples delimitados por 2 membranas. Cloroplasto simples: evento único.
Mas.....como explicar a origem de cloroplastos com 3 ou 4 membranas?
Bellorin & Oliveira, 2006
Alveolados
Característica marcante: presença de vesículas alveolares abaixo da membrana celular e alvéolos com placas de celulose.
Parasitas obrigatórios de vertebrados e invertebrados.
O mais importante apicomplexa parasita humano pertence ao gênero Plasmodium, que causa malária, responsável por mais de 1 milhão de mortes por ano.
Características principais: complexo apical, apicoplasto, ausência de estruturas locomotoras (exceto em gametas flagelados) e ciclos de vida complexos.
APICOMPLEXA: Visão Geral
Morfologia geral de Toxoplasma gondii. (A) Representação esquemática. O esquema foi construído a partir de microscopia eletrônica de transmissão. (B)
MET - Corte longitudinal onde várias das estruturas representadas em (A) estão assinaladas: N - núcleo, C - conóide, R - róptrias, A - apicoplasto, CG - Complexo golgiense, g - grânulo denso, Acidocalcissoma = reserva de cálcio e fósforo; Grânulo de amilopectina (paraglicogênio) = reserva – polímero de glicose.
APICOMPLEXA: Complexo Apical
• O que é: conjunto de estruturas encontradas na extremidade anterior da célula e presente em certas fases do ciclo de vida, em especial nos estágios infectivos.
• Função: penetração na célula hospedeira.
APICOMPLEXA: Complexo Apical
• Componentes estruturais: Derivados do citoesqueleto (no grupo do Plasmodium o conóide é perdido) e organelassecretoras
Apicomplexa: Apicoplasto
Primeira observação ao MET em 1965: organela com função desconhecida. Pensou-se que fosse mitocôndria.
Contém seu próprio genoma que codifica cerca de 30 proteínas, RNAt e RNAr.
Tem sido alvo de interesse no desenvolvimento de remédios para tratamento da malária.
APICOMPLEXA
Apesar de não possuírem cílios ou flagelos (exceto flagelos em gametas masculinos), muitos podem apresentam deslocamentos tais como deslizamento, movimentação por peristaltismo ou dobrando a célula.
Possuem ciclos de vida complexos.
Ciclo do Plasmodium
Acineta tuberosa Ciliados
Cílios em algum estágio do ciclo de vida.
Película: alvéolos + sistema infraciliar.
Principais características
Podem apresentar diversos formatos, dependendo da espécie.
Os cílios podem revestir todo o corpo do microrganismo ou apenas parte dele.
Possuem dois tipos de núcleos: micronúcleo ou macronúcleo. O micronúcleo atua no processo de reprodução (assexuada e sexuada). Já o macronúcleo, além de participar do processo de reprodução assexuada, atua também no metabolismo das células.
São microrganismos que só podem ser visualizados com uso de microscópio. A maioria dos ciliados mede entre 50 e 900 micrômetros.
Ingerem o alimento através do processo de fagocitose.
Possuem em seu interior organelas especializadas (vacúolos digestivos, micronúcleo, macronúcleo), que ficam no citoplasma.
A alimentação dos ciliados consiste, principalmente de: algas, bactérias e leveduras.
Exercício 1
Construção de Cladograma
Analise os organismos hipotéticos apresentados abaixo e faça o que
é pedido nas questões. O animal A pertence ao grupo externo.
CARACTERES
ESTADOS
POLARIZAÇÃO
COR
ROSA
PLESIOMORFIA
ORELHAS
LONGAS OU CURTAS
PLESIOMORFIA E APOMORFIA
NARIZ
FINO OU TRIANGULAR
PLESIOMORFIA E APOMORFIA
PRESAS
SEM PRESAS OU COM
PRESAS
APOMORFIA
BIGODES
SEM BIGODES OU COM
BIGODES
APOMORFIA
CARACTERES
GRUPO
EXTERNO A
B
C
D
E
COR
ROSA
ROSA
ROSA
ROSA
ROSA
ORELHAS
LONGAS
CURTA
CURTA
CURTA
CURTA
NARIZ
FINO
TRIANGULAR
TRIANGULAR
TRIANGULAR
FINO
PRESAS
SEM PRESAS
SEM PRESA
COM PRESA
COM PRESA
SEM PRESA
BIGODES
SEM BIGODES
SEM BIGODES
BIGODES
SEM BIGODES
SEM BIGODES
Cladograma
Exercício 2
Discorra brevemente sobre o tema “Importância do uso da
sistemática filogenética no Ensino Básico”.
Asistemática filogenética é uma metodologia usada para
classificação dos organismos que buscando a história evolutiva dos grupos e
reuni-los com base no grau de parentescofilogenético. Essa metodologia não é
muito divulgada no ensino básico por ser relativamente uma novidade científica
e ainda não está no material didático, há também argumentos que afirmam que a
maioria dos alunos não vão cursar ciências biológicas, então adotam um sistema
superficial de classificação.
A sistemática filogenética
é muito dinâmica, trazendo para os alunos a história evolutiva, despertando muito mais interessante do que o método tradicional e superficial que é ensinado hoje.