sábado, 13 de junho de 2015

Psicologia do desenvolvimento - 7ª Semana

Psicologia do desenvolvimento - 7ª Semana


Projetos de vida e moralidade

Nesta aula, discutimos as intrínsecas relações entre projetos de vida e moralidade humana. Partindo da antropologia e da filosofia, nossa referência é o trabalho de Damon (2009), da Stanford University, no campo da psicologia, para quem projeto de vida (purpose) é uma intenção estável e generalizada de alcançar algo que é ao mesmo tempo significativo para o self e que gera consequências para o mundo além do self. Com o intuito de sinalizar possíveis caminhos para a intervenção educativa, apresentamos as principais características de um projeto de vida.
Profª. Drª. Valéria Arantes


https://www.youtube.com/watch?v=Vhng7RDsrUo




Projetos de vida: (Antropologia/filosofia)

Modo privilegiado de conduta antecipatória usada para gerir a incerteza. Comporta as dimensões: abertura para o novo, busca de sentido, pessoalidade, valores, criação, planejamento, campo de possibilidades, realização e transformação no real. (Machado,2002, 2006; Boutinet, 2002; Velho, 2003; Marina 2000).

“A ideia de projeto a gente tem que assumir que é. Não pelo que é possível de imaginar e não apenas pelo que é possível de imaginar como possível.” (Nílson Machado)

Projeto de vida (purpose) /projeto vital (Psicologia Moral)


Projetos de vida envolvem a mobilização de valores e sentimentos, que podem ser vislumbrados na relação entre eventos passados, ações presentes e projeções futuras, em um constructo que integra a constituição identitária e as possibilidades de interação como meio. (Damom, 2009; Damon, Menon e Bronk, 2003; Bundick, 2009).

Projeto Vital (purpose)

  • Projeto de vida é uma intenção estável e generalizada de alcançar algo que é ao mesmo tempo significativo para o self e que gera conseqüências para o mundo além self (Damon,2009).
  • Um objetivo estável e generalizado altamente centrado que organiza e motiva as ações, decisões e aspirações cotidianas. Pode ser de qualquer conteúdo, centrado no self ou ter objetivos que extrapolam o self (Bundick, 2009).

Principais características do projeto vital:


  • Estabilidade (não ser efêmero);
  • Objetivos de longo prazo;
  • Operar pela vida do sujeito;
  • Organizador e motivador da vida do sujeito;
  • Trata-se de uma preocupação central;
  • Podem ser complexos e ambiciosos ou modestos e familiares.

Moralidade:

  • A decisão de como queremos viver no mundo com os outros é a origem da forma moral;
  • Compreensão da moralidade de modo integrado ao self, nos filiando a teorias que contemplam tanto aspectos cognitivos quanto afetivos, morais quanto não morais, compreendendo a moral não apenas referenciada no outro (other-regarding), mas também em si mesmo (self-regarding);
  • Compreensão do sujeito real, com seus sentimentos, pensamentos, desejos e valores. (Biasi, 1992; Colby e Damon, 1992; Damon, 1995; Puig, 1998).

Elementos que configuram a elaboração de um projeto de vida:

  • Momentos de inspiração;
  • Pessoas de referência;
  • Esforços e comprometimento(Quem só vislumbra é sonhador);
  • Desenvolvimento de habilidades e força de caráter;

Projeto Vital Nobre X Projeto Vida Antissocial

  • Projetos vitais positivos fornecem inspiração, motivação e resiliência duradoras;
  • Projeto de vida destrutiva ou antissociais podem ter efeitos motivadores por certo tempo, mas no final se extinguem;
  • Projetos vitais nobres promovem o bem -estar aos outros, são perseguidos por meio que obedecem a padrões morais e são alcançados num espírito de razoável humildade;
  • projetos de vida antissociais prejudicam os outros, são perseguidos com trapaça, desrespeito e refletem motivos egomaníacos e magalomaníacos.

Finalizando

Possíveis indicações de  caminhos para a busca de intervenções que podem levar os jovens a construírem valores morais que almejem a realização de projetos de vida significativos para o self e para o mundo além self.


Projetos de vida da juventude brasileira

Nesta aula, apresentamos um trabalho de pesquisa cujo principal objetivo foi identificar e analisar os projetos de vida de 200 jovens brasileiros, estudantes de Ensino Médio, entre 15 e 19 anos, advindos de escolas públicas das cinco regiões geopolíticas brasileiras. Com isso, pretende-se dar visibilidade à complexidade dos referidos projetos, com suas dimensões afetivas, cognitivas, sociais e culturais.
Profª. Drª. Valéria Arantes

https://www.youtube.com/watch?v=NqgaSJYpHVM


Tese de Doutorado


Pinheiro, V.P. Integração e regulação de valores e sentimentos nos projetos de vida dos jovens: Um estudo na perspectiva dos Modelos Organizadores do Pensamento. São Paulo. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2013.
Orientação: Professora Valéria Arantes


Objetivo geral da pesquisa:


  • identificar e analisar os modelos organizadores do pensamento - com suas dimensões afetivas e cognitivas - subjacentes aos projetos de vida (purposes) dos jovens brasileiros;
  • Identificar possíveis relações entre valores e projetos (purposes) dos jovens e seus sentimentos e emoções.

Participantes:

  • Participaram deste estudo 200 estudantes de Ensino Médio, entre 15 e 19 anos, advindo de escolas públicas das cinco regiões geopolíticas brasileiras;
  • Para cada região, coletemos dados em uma metrópole (mais de 100 mil habitantes) e uma capital regional C (até 250 mil habitantes).

Procedimentos:

  • Questionário virtual (www.surveymonkey.com) com 13 questões referentes a rotina dos jovens,o que considerava importante, quais suas  dificuldades e o que projetavam para o futuro próximo (5 anos) e distante (quando estivessem com 40 anos).
  • Questões abertas, comportando pensamentos e sentimentos dos jovens.
  • Os jovens responderam individualmente, por escrito, acessando o site;
  • Para a aplicação, a pesquisadora e colaboradores estiveram presentes para minimizar eventuais dúvidas dos participantes;

Teoria dos Modelos Organizadores do Pensamento (Moreno, Sastre, Bovet, Leal, 1998)

  • "O conjunto de representações que um sujeito realiza a partir de uma determinada situação, constituído pelos elementos da mesma que abstrai como significativos entre todos os possíveis, aqueles que imagina ou infere como necessários, os significados e as implicações que lhes atribuiu, e as relações que estabelecem entre eles".
  • "Os modelos organizadores constituem aquilo que é dito por cada sujeito como a "realidade", a partir da qual elabora pautas de conduta, explicações ou teorias."

Modelo 1 - Projeções frágeis

  • Mobilização dos elementos centrais trabalho e família, de forma frágil e carente de significados;
  • O futuro é projetado como "normal";
  • Sentimentos: bem-estar ou "normal".

Modelo 2 - consumo e estabilidade financeira

  • Mobilização do elemento central trabalho,significado como possibilidade de consumo e estabilidade financeira.
  • Os elementos família e estudo comparecem fragilmente: a família significada como meio para a conquista deste trabalho; o estudo como forma de se atingir o mercado de trabalho;
  • Sentimentos: ora de bem-estar, realização e felicidade, ora de cansaço.

Modelo 3 - relações interpessoais/vínculos

  • Mobilização dos elementos centrais trabalho e família, significados de forma idealizada;
  • Esse elementos são fortemente indicadas pelos sujeitos, mas não contam com suas ações e envolvimento, tampouco com uma projeção mais elaborada do futuro;
  • Sentimento: realização,bem-estar e felicidade.

Modelo 4 - Idealização do trabalho e da família

  • Mobilização dos elementos centrais trabalho e família, significados de forma idealizada;
  • Esse elementos são fortemente indicados pelos sujeitos, mas não contam com suas ações e envolvimento, tampouco com uma projeção mais elaborada do futuro;
  • Sentimento: realização,bem-estar e felicidade.

Modelo 5 - Trabalho e família

  • Mobilização dos elementos centrais trabalho e família, com carga maior de significados;
  • O trabalho é significado como meta real para os sujeitos com vista a sustentar a família (valor de responsabilidade);
  • Sentimentos: bem-estar, realização, satisfação,orgulho,gratidão e felicidade.

Modelo 6 - Trabalho

  • mobilização do elemento central trabalho, significado como algo que depende do esforço pessoal dos jovens e que lhes traz realização pessoal;
  • A família e o estudo são elementos indicados como meios para se atingir tal projeto de vida.
  • Sentimentos; realização, bem-estar, felicidade e cansaço.

Modelo 7 - Intenção de atingir o outro 

  • Mobilização central vontade de atingir o outro, integrado com o elemento central trabalho, com casta gama de significados atribuídos;
  • Outros significados atribuídos ao trabalho são a realização pessoal e o reconhecimento social; 
  • A família é outro elemento que comparece significada por meio da gratidão pela educação recebida e pela vontade de constituir família e se ter responsabilidade sobre ela;
  • Sentimentos: realização e felicidade.

Considerações finais:

  • Regularidade/singularidade nos projetos de vida;
  • Valores socialmente construídos (trabalho, estudo, família, Deus, religião, etc) Mostram-se integrados (complexos de valores e complexos de sentimentos);
  • A educação parece-nos uma via importante para a reflexão e a construção de significados sobre si mesmo e sobre o futuro.





Projetos de vida, resolução de conflitos e juventude

Nesta aula, apresentamos um trabalho de pesquisa cujo principal objetivo foi identificar e analisar os valores e sentimentos subjacentes à resolução de um conflito moral envolvendo a temática dos projetos de vida. Participaram deste estudo 200 jovens brasileiros, estudantes de Ensino Médio, entre 15 e 19 anos, advindos de escolas públicas das cinco regiões geopolíticas brasileiras. Com isso, pretende-se dar visibilidade aos "complexos de valores" e "complexos de sentimentos" presentes nas diferentes formas propostas para resolver o conflito analisado. A partir disso, apostamos na resolução de conflitos como um meio eficaz para ampliar o espectro dos jovens a respeito de seus projetos de vida, sonhos e busca da própria felicidade.
Profª. Drª. Valéria Arantes




Tese de Doutorado


Pinheiro, V.P. Integração e regulação de valores e sentimentos nos projetos de vida dos jovens: Um estudo na perspectiva dos Modelos Organizadores do Pensamento. São Paulo. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2013.
Orientação: Professora Valéria Arantes

Objetivo geral da pesquisa:


  • identificar e analisar os modelos organizadores do pensamento - com suas dimensões afetivas e cognitivas - subjacentes a resolução de um conflido moral envolvendo projeto de vida

Participantes:

  • Participaram deste estudo 200 estudantes de Ensino Médio, entre 15 e 19 anos, advindo de escolas públicas das cinco regiões geopolíticas brasileiras;
  • Para cada região, coletemos dados em uma metrópole (mais de 100 mil habitantes) e uma capital regional C (até 250 mil habitantes).

Procedimento:


  • Um conflito moral em que os participantes tinham que responder 3 questões relacionadas aos pensamentos e sentimentos sobre um projeto de vida de um personagem. O personagem  tinha a chance de aceitar um estágio em  uma empresa na área que queria seguir, mas sua mãe solicitava que não o fizesse para tomar conta do dos irmãos;
  • Questões abertas,comportando pensamentos, sentimentos e ações dos jovens ;
  • Os jovens responderam individualmente e por escrito;
  • Para a aplicação, a pesquisadora e colaboradores estiveram presentes para minimizar eventuais dúvidas dos participantes;

Teoria dos Modelos Organizadores do Pensamento (Moreno, Sastre, Bovet, Leal, 1998)

  • "O conjunto de representações que um sujeito realiza a partir de uma determinada situação, constituído pelos elementos da mesma que abstrai como significativos entre todos os possíveis, aqueles que imagina ou infere como necessários, os significados e as implicações que lhes atribuiu, e as relações que estabelecem entre eles".
  • "Os modelos organizadores constituem aquilo que é dito por cada sujeito como a "realidade", a partir da qual elabora pautas de conduta, explicações ou teorias."
Modelo A - Opção pelo estágio
  • Nenhuma ou pouca preocupação com mãe/família;
  • Sentimentos:positivo por aceitar o estágio (felicidade/bem-estar) e negativos (mal-estar) por não aceitá-lo.
Modelo B - Opção pelo estágio e a culpa em contrariar a mãe
  • Preocupação pela mãe/família;
  • Sentimentos: leve bem-estar pela opção de estágio, culpa, tristeza e mal-estar por contrariar a mãe.
Modelo C - Opção pelo estágio para ajudar a família
  • Opção pelo estágio para a realização pessoal e para ajudar a família;
  • Sentimentos: bem-estar e felicidade com a escolha, culpa e infelicidade caso desistam dessa opção.
Modelo D - Opção pelo curso
  • Opção pelo curso e consequentemente ajuda a mãe (pelo tempo que terão para cuidar dos irmãos);
  • bem-estar e felicidade por optar pelo curso, male-estar por contrariar sua escolha.
Modelo E - dever de ajudar a mãe
  • Opção por ajudar a mãe, sentida como dever;
  • Sentimento:mal-estar e tristeza por não aceitar o estágio; bem estar por ajudar a mãe.
Modelo F - Ajudar a mãe e a família
  • Desejo de atender a mãe com o objetivo de ajudar a família pela qual se sente responsável;
  • Sentimentos:felicidade e realização por ajudar a mãe, mal-estar brando por não aceitar o estágio.
Modelo G - Conciliação de interesses
  • Busca de soluções para aceitar o estágio e ajudar a família, de forma a conciliar os interesses do sujeito e da mãe;
  • sentimentos: felicidade, bem-estar e tranquilidade por encontrarem uma solução;culpa e mal-estar ao se imaginar contrariando a resolução.


Considerações finais:

  • Grande parte dos modelos apresenta a perspectiva do self, de seus planos e sonhos, sem desconsiderar a perspectiva do outro;
  • Presença de sentimentos positivos e negativos, perfazendo complexos de sentimentos;
  • Apostamos na resolução de conflitos com um meio eficaz para ampliar o espectro dos jovens a respeito de seus projetos de vida, sonhos e buscas da própria felicidade.

Projetos de vida e educação moral

Nesta aula, apontamos novas perspectivas e possibilidades para uma educação que promova a ética e a cidadania, e que leve os jovens a construírem projetos de vida significativos para eles e para a sociedade na qual vivem. Para tanto, tratamos de temas como: autoconhecimento, autoestima, democracia, respeito mútuo, entre outros.
Profª. Drª. Valéria Arantes

https://www.youtube.com/watch?v=KIkAI4cmcms


Projetos de vida

"Um objetivo estável e generalizado altamente centralizado, que organiza e motiva as ações, decisões e aspirações cotidianas". (Bundick, 2009, tradução nossa).

Moralidade

A decisão de como queremos viver no mundo com os outros´é a origem da moral.
De que modo eu quero viver?

Educação Moral

Ajudar os alunos a dotar um modo de vida mais coerente como desejam para si e para os iguais (Puig e Martim, 2010)
Como?

Educação Moral e Projeto de Vida

  • A construção e um projeto vital exige que o sujeito conheça a si próprio e ao mundo que o cerca, para que saiba identificar as necessidades, os problemas e os conflitos presentes no meio, e ao mesmo tempo que analisa sua características e suas possibilidades realistas de ação para assim formular objetivos a longo prazo que possam, de alguma forma, fazer a diferença no mundo;
  • É necessário que o sujeito compreenda de que forma suas crenças, valores e aspirações pessoais podem servir de base para a realização de algo que contribua com a sociedade e com o mundo.

O autoconhecimento

  • Objetiva-se a construção de processos de auto-regulação que permitam ao sujeito dirigir a própria conduta, e a aquisição da sensibilidade necessária para perceber os próprios sentimentos e emoções morais para que possa usá-lo como componentes da consciência moral.

A autoestima

  • A autoestima refere-se a autoimagem que cada pessoa tem de si mesma. Dentre outros aspectos, esta autoimagem relaciona-se com o que cada um sente sobre si mesmo, elaborada a partir dos sentimentos que cada um projeta e atribui a si mesmo.

O tipo e as relações interpessoais

  • É preciso construir relações que se assentem sobre as bases da democracia e do respeito mútuo.

A dimensão afetiva

  • Trabalhar os sentimentos e emoções por meio da resolução de conflitos;
  • Tratar as emoções, os afetos e os sentimentos como objetos de conhecimento.

Etapas que configuram a elaboração de um projeto de vida:

  • Momentos de inspiração;
  • Pessoas de referência;
  • Esforços e comprometimento;
  • Desenvolvimento de habilidades e de força de caráter.

Finalizando:

Defendemos a necessidade de incorporarmos ao trabalho educativo e ao cotidiano escolar, conteúdos relacionados a vida pessoal e a dimensão afetiva, visando a construção de projetos de vida com uma estrutura que lhe garanta viabilidade e que se oriente por um sentimento moral.

domingo, 7 de junho de 2015

Inglês IIB - 6ª Semana

Inglês IIB - 6ª Semana



Produção Escrita: Elaborando um Abstract Descritivo

Nesta videoaula, os alunos irão reconhecer e analisar a estrutura do gênero abstract descritivo em língua inglesa para a produção e publicação de futuros abstracts de pesquisa acadêmica.
Profª. Drª. Maria Aparecida Caltabiano






Atividade 1


Complete a tabela abaixo, conforme as informações dadas pela Profª. Drª. Maria Aparecida Caltabiano na videoaula 6 características tamanho função estrutura.


Características:  resumo usado em: relatórios, artigos, ensaios.

Tamanho: Geralmente curtos de 50 a 100 palavras.

Função: descrevem o projeto, ou trabalho, podendo conter ou não, julgamento ou avaliação.

Estrutura: Objetivo com foco no tema; argumentos com informações e ideias sobre o assunto; e possíveis soluções.

Atividade 2


Escolha a alternativa correta para cada trecho do abstract abaixo.

Poverty and environment: priorities for research and policy

T. Forsyth; M. Leach; I. Scoones

Fonte: http://agris.fao.org/agris-search/search.do?recordID=GB2013203519


Abstract:

Trecho 1


Objectives of this study are: (a) to provide an analytical overview of existing research and approaches adopted to address interlinkages between poverty and environment; (b) to identify gaps in understanding and potential conflicts between adopted approaches and priorities identified by research; and (c) to highlight policy and research priorities for future action by donors, development agencies, and policymakers in general.

Escolha a alternativa correta para o trecho 1:


a.  Arguments

b.  Possible solutions

c.  Objectives

d.  Contextualization


Trecho 2


The key argument of the report is to challenge the existing orthodox view that poverty and environmental degradation are inextricably linked, and are self enforcing. This orthodox view suggests that: a) poverty and environmental damage occur: in a ‘downward spiral’, in which it is assumed that the only way to avoid environmental degradation is to alleviate poverty; b) poor people are forced to degrade landscapes in response to population growth, economic
marginalization and existing environmental degradation; c) many poor people are able to adopt protective mechanisms through collective action which reduce the impacts of demographic, economic and environmental change; d) many current conceptions of environmental degradation are based on misinformed linkages of human activity on landscape change, andalso avoid many current pressing environmental problems which currently affect poor people.


Escolha a alternativa correta para o trecho 2:


a. Contextualization

b. Objectives

c. Possible solutions

d. Arguments

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Sociologia da Educação - 6ª Semana

Sociologia da Educação - 6ª Semana



Valores democráticos, participação social e política cultural

A aula aborda a questão dos valores democráticos, participação social e política cultural.
Profª. Drª. Ana Maria Klein



https://www.youtube.com/watch?v=qKyX-s5-0yg


Democratização das instituições


Bobbio cientista político (2002) entende que com o sufrágio universal, a questão democrática central deixou de ser quem vota e passou a centrar-se na democratização das instituições sociais.

A democracia é um processo, temos que entender que a democracia é um modo de vida.

Democracia como modo de vida


A democracia compreendida como um processo implica na convivência cotidiana em instituições democráticas, trata-se de um modo de vida.

Exemplo as escolas tem que ter um modo de vida orientado pela democracia, os estudantes tem direito de se reunir e opinar nos assunto de interesse dos alunos e discutir nos assuntos da escola.

Modos de vida são orientados por valores e a democracia moderna se ergueu a partir dos três ideais defendidos pela Revolução Francesa: liberdade, igualdade e solidariedade (fraternidade). São valores imprescindíveis que sustentam a democracia moderna.

  • Liberdade: não é algo inato e sim algo a ser conseguido e está condicionado ao meio institucional em que vive o individuo. Com isso, o Estado passa a ter responsabilidade na criação de instituições e políticas pelas quais os indivíduos possam desenvolver suas potencialidades;
  • Igualdade: a liberdade implica na igualdade. A democracia ao sustentar-se sobre a igualdade, não nega as diferenças naturais ou culturais que existem entre os indivíduos. A igualdade só se realiza mediante o respeito às diferenças e enfrentamento às desigualdades sociais. Importante que para um não existe sem o outro, será que é livre aquele que tem que vender seu voto por uma cesta básica?

Direito à diferença e desigualdade


A democracia depende do reconhecimento e do respeito às diferenças e do repúdio à desigualdade.

A desigualdade tem origem social, originando se na relação com o outro e com base em juízo de superioridade ou inferioridade entre grupos ou classes.

Exemplo são os indicadores que mostram os diferenciais das populações brancas e negras. Os negros tem menos escolaridade, desenvolvimento social entre outras desigualdades. Onde a cor da pele mostra a desigualdade.

  • Solidariedade: nasce do reconhecimento da humanidade que faz com que cada ser humano perceba o outro enquanto tal e exige uma ação positiva para o enfrentamento das injustas desigualdades entre os cidadãos. Trata-se de aderir à causa ou ao empreendimento de outros, depende da relação entre pessoas ou grupos sociais que participam de um empreendimento comum. Temos que reconhecer que alguém é tão gente quanto eu, e quando reconhecemos isso temos que repudiar as desigualdades imposta no Brasil, temos que enfrentar estas desigualdades


Desigualdade na sociedade brasileira


A sociedade brasileira tem na desigualdade um dos seus principais problemas.

Sergio Buarque de Holanda (1997), raízes do Brasil, entende que nossa herança colonial faz com que cada brasileiro se sinta “um”, diferente dos demais, não podendo, portanto, ser comparado e nem igualado. A desigualdade esteve e está expressa nas formas de se conceber as relações.

São atitudes que como exemplo a frase: “Sabe com quem esta falando?”, que demonstra como se as leis são diferentes para todos e não uma lei única.


Direito de expressão e discussão de ideias


A convivência democrática transcende a crença de que as decisões devem contemplar os interesses de uma maioria, antes de tudo, a democracia vincula-se ao direito de todos se expressarem, ao respeito às diferenças e aos direitos das minorias.

Neste sentido, o debate, a discussão dos problemas é imprescindível.

Temos que prestar a atenção e respeitar também a democracia da minoria e não só da maioria, se assim for estaremos vivendo numa ditadura de maioria, temos que prestar atenção nos cadeirantes, cegos, ou seja, os necessitados.


Direito à cultura


Numa sociedade heterogênea, multicultural e marcada pela desigualdade, a cultura é direito de todos, tanto como forma de expressão quanto fruição. Trata-se do reconhecimento do sujeito social, politico e cultural. A cultura é uma forma de apresentação de uma sociedade e ter direito a ir ao teatro, cinema.

Cidadania Cultural


Chaui (1995) pensa a cultura como direito dos cidadãos e a política cultural como cidadania cultural. A autora busca cultura política nova, afirmando os seguintes direitos:

  • Acesso e fruição: direito de acesso e fruição dos bens culturais por meio dos serviços públicos de cultura (bibliotecas, arquivos históricos, escolas de arte, cursos, gratuidade dos espetáculos e exposições, publicações de livros e revistas etc), enfatizando o direito à informação, sem a qual não há vida democrática.
  • Criação cultural: entendendo a cultura como trabalho da sensibilidade e da imaginação por meio da qual grupos e classes sociais possam reconhecer-se como sujeitos de sua própria história e, portanto, como sujeitos culturais.
  • Sujeito cultural: Direito a reconhecer-se como sujeito cultural, criando espaços informais de encontro para discussões, troca de experiências, apropriação de conhecimentos artísticos e técnicos para assegurar a autonomia dos sujeitos culturais, exposição de trabalhos ligados aos movimentos sociais e populares. Onde o ser cultural pode se expressar, expor os seus talentos individuais.
  • Participação: Direito à participação nas decisões públicas sobre a cultura, por meio de conselhos e fóruns deliberativos. Uma participação mais politica, como vemos as questões culturais. Um sujeito que tem direito a produzir, opinar e não somente assistir o que lhe é imposto.



Direitos Humanos na América Latina e no Brasil

A aula trata dos direitos humanos na América Latina e no Brasil.
Profª. Drª. Ana Maria Klein




Entrevista com o Professor Solon Viola

Direitos Humanos na sociedade brasileira, surgiu contra a ditadura militar, por meio da grande mídia, que trabalhou da escravidão com as diferenças dos negros, diferenças das mulheres e homens. Quando os diretos humanos surge no Brasil vem com um desejo enorme de liberdade.

A visão pré conceituosa dos direitos humanos no Brasil, foi com o tempo que o conceito foi alterado, e o Brasil nos tempos atuais que conseguiu reconstruir sua história, constituindo uma assembléia nacional produtora de uma constituinte cidadã e a melhora na vida dos brasileiros, uma condição de que podem ser respeitados e a educação é um fator importante nesta visão. O brasileiros tem que saber sobre seus direitos.

O papel da escola na formação de cidadão de direito ativo, a cidadania sempre foi restrita a pequenas fatia, ou seja, as elites e a cidadania ativa é dada a reunião de orçamento ativo onde os povos reunião e definiam onde seriam os gastos ou onde as verbas seriam gastas.

Os direitos humanos faz uma ponte entre os povos ou países.

A escola lida com os diretos humanos tratando os alunos com seres humanos, e que existem conteúdos específicos de direitos humanos, a sala de aula é um lugar do saber onde se troca ideias, o espaço de diálogo entre os alunos e professores é bom para desenvolver os direitos humanos.

Não basta conhecer os direitos, exemplo é que se você conhece o mínimo de dignidade humana, você não passa fome e não permite que outro passe, você tentara morar num lugar digno com um mínimo de conforto como água, luz, roupa, comida, etc

O papel da escola é lidar com o saber humano, que tem que ser sempre atualizado. E problematizar os direitos humanos para assim conscientizar. Os meios de comunicação tem que saber passar de maneira correta o que passar para as crianças, pois atualmente as crianças assistem mais televisão do que ficam na escola.

A mensagem do professor entrevistado foi que os direitos humanos é a dimensão de desejo de construção da sociedade, o reconhecimento do outro, o reconhecimento de que somos iguais sendo diferente, sonhar a além do cotidiano, cada um precisa entender as coisas ruins que experimentamos no passado e que não voltem a repetir, um pais mais justo.




Atividade de Portfólio



As aulas desta semana trouxeram conceitos e ideias relativos aos Direitos Humanos. Represente por meio de imagens ou frases ou poemas ou outros elementos textuais e/ou gráficos as associações que fez entre as ideias discutidas nas aulas e suas experiências pessoais/profissionais. Justifique brevemente a associação que fez. 

Esta atividade deve ser desenvolvida por meio de 3 itens: 

a. Ponto/conceito/ideia escolhido; 

b. Representação/associação (imagem, texto escolhido para representar o ponto escolhido); 

c. Justificativa da escolha. 

A avaliação levará em conta a pertinência do tema/conceito escolhido para ser representado e a justificativa do mesmo.

(imagem retirada da internet)


Todos nós nascemos livres. Os Direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todas as pessoas. A idéia que normalmente nos é passada sobre Direitos Humanos, é o livre direito de pensar e expressar nossos pensamentos, e a igualdade perante a lei. Mas comprovadamente na prática constatamos que somente somo livres no que tange aos pensamentos, ou seja, podemos pensar livremente, mas expressar nossos pensamentos através de atos, atitudes, já não é assim tão possível. Não possuímos a liberdade plena no que tange a atitudes, ações e manifestações.


Políticas Públicas para Educação - 6ª Semana

Políticas Públicas para Educação - 6ª Semana



Educação superior (parte 2)

Apresentação de dados relativos ao ensino superior brasileiro e as iniciativas envolvendo produção e disseminação do conhecimento.
Profº. Drº. Angelo Luiz Cortelazzo

https://www.youtube.com/watch?v=U2e9YSszjXE





Programas de financiamento do MEC




Fundo de financiamento estudantil (FIES): programa do ministério da educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas.

Em 2012,  441.558 estudantes foram beneficiados no país.

Programa universidade para todos (PROUNI): concede bolsas de estudo integrais e parciais em instituições de ensino superior privadas. Criado em 2004, é dirigido aos estudantes com renda familiar per capita máxima de três salários mínimos.

Em 2012, 107.681 estudantes foram beneficiados no país.

Algumas considerações:

  • Modelos de financiamento e estruturação de cursos tradicionais, dão sinais de saturação; 
  • Uso de tecnologias de informação e comunicação se impõem, mesmo em cursos tradicionais; 
  • Alunos do século XXI apresentam características diferentes, decorrentes do avanço tecnológico do mundo. 

É necessário desenvolver um método de ensino em que os professores lecionem menos, para que os alunos possam aprender mais.(Jean Amous Comenius, 1592 - 1670)
 Educação a distância (EAD): Concepçãp de educação ultrapassa os limites geográficos, de tempo e/ou de espaço consagrados na educação escolar presencial.No Brasil regulamentado a partir de 2005.

Experiências internacionais:

  • Universidades virtuais resultantes de ação consorciada;
Universidade virtual de Pays de La Loire (França) - 1999 - 64 mil alunos.
  • Universidades Virtuais Isoladas;
Universidade de Catalunha (Espanha) - 1994 - 61 mil alunos.
Open University (Inglaterra)- 1969 -260 mil alunos
  • Universidades virtuais como parte de instituições existentes; 
Universidade Virtual do Instituto tecnológico de Monterrey (México) - 1943/1989 - 125 mil alunos
Télé Université Quebec (Canadá) - 1968/1972 - 20 mil alunos


Experiência Brasileira:
  • Consórcio Cederj/Cecierrj - 2000 
  • Sistema universidade aberta do Brasil (UAB) - 2005 
  • Universidade virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP) 

 Programa UNIVESP: 

  • Criado em 2008 - Decreto 53.536/2008;
  •  Mais de 15.000 vagas oferecidas:
  •  Pedagogia; 
  • Licenciatura em ciências; 
  • Tecnologia em processos gerenciais;
  • Especialização em Ética, valores e cidadania na escola, especialização em Ética, valores e saúde na escola;
  • Inglês e espanhol;

Breve histórico:

  1. Criação da UNIVESP - lei 14.836, de 20/06/2012;
  2. Credenciamento - portaria CEE/GP nº 120/2013; 
  3. Inserção no sistema e-MEC para credenciamento a partir de março de 2013;
  4. Inserção no sistema UAB-CAPES - portaria CAPES de 06/12/2013.


O que é a UNIVESP: 

  • Universidade pública estadual paulista;
  • Uso intensivo de tecnologias na educação superior de qualidade.


Que universidade é esta:
  • Estrutura corporativa e administrativa enxuta; 
  • Amplo alcance social e geográfico; 
  • A universidade vai até o aluno e o aluno vai até a universidade.

Parcerias: USP, UNESP, UNICAMP, Centro Paula Souza, Fundação Padre Anchieta e Universidade Aberta.



Desafios: Cumprir metas estabelecidas no Plano Estadual de Educação que for aprovado (contendo pelo menos as metas do PNE): 50 mil vagas na graduação até 2024.





Financiamento (parte 1)

Apresentação da estrutura de financiamento das políticas públicas brasileira, destacando os recursos voltados para a educação.
Profº. Drº Geraldo Di Geovanni


https://www.youtube.com/watch?v=chWq1vFo4iQ





Quem paga a conta?

O que é receita pública?

Receitas públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas. 


Quais são os impostos?

Federais:
  • IR -  Imposto sobre a renda de qualquer natureza. No caso de salários, este imposto é descontado direto da fonte. 
  • IPI - imposto sobre produtos industrializados. 
  • IOF- imposto sobre operações financeiras (crédito, operações de câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários. 
  • ITR - imposto territorial rural (aplicado em propriedades rurais). 
Estaduais:
  • ICMS -  imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. 
  • IPVA -  imposto sobre propriedade de veículos automotores (carros, motos, caminhões). 
Municipais:
  • IPTU -  imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (sobre terrenos, apartamentos, casas, prédios comerciais). 
  • ITBI -  imposto sobre transmissão inter vivos de bens e imóveis e de direitos reais a eles relativos. 
  • ISS -  impostos sobre serviços. 

De onde vem o dinheiro para a educação:


  • Recursos vinculados pelo artigo 212 da CF de 1988: união 18%, estados e DF 25% e municípios 25%. 

Problemas de distribuição e arrecadação: a questão da arrecadação dos Estados e Municípios:

  1. Diferença dos níveis de atividades econômicas regionais e locais - pauperismo municipal;
  2. Problemas de arrecadação;
  3. Como fazer diante das obrigações e normas constitucionais e da Lei de diretrizes e bases da educação nacional?
  4. Como resolver a questão da autonomia dos estados e municípios no contexto de federalismo brasileiro?


Financiamento (parte 2)

Apresentação da estrutura de financiamento das políticas públicas brasileira, destacando os recursos voltados para a educação.
Profº. Drº Geraldo Di Geovanni


https://www.youtube.com/watch?v=op_67id4SRo






FUNDEF/FUNDEB

1- FUNDEF, fundo de desenvolvimento do ensino fundamental e valorização do magistério. EC 14 de 1996 (início 1988);

2- A situação do ensino fundamental nos anos 1990

a) Imensa quantidades de crianças e jovens fora da escola;


  • Faixa de 5 a 6 anos - 47%
  • Faixa de 7 a 14 anos - 12%
  • Faixa de 15 a 17 anos -38%

b) Professores


  • 24% dos professores (262,5 mil) da educação infantil e no ciclo I eram leigos;
  • Salários baixíssimos e desestimulantes.

c) Outras deficiências e problemas


  •  Disparidade regional muito acentuadas;
  • Contradição com a legislação, municípios e regiões muito pobres com encargos constitucionais fora de seu alcance;
  • Péssimos indicadores educacionais.

PROPOSTA

  • Criação de um fundo dedicado à educação fundamental em termos de:
  •  10 anos de vigência;
  •  Obrigação dos municípios de aplicarem 15% de seus recursos decorrentes de arrecadação própria ou transferências constitucionais no ensino fundamental;
  • Os estados e o DF passam a ter a mesma obrigação num nível de 10%;
  • As transferências da união para estados e municípios passa a ser feita por um valor fixo, mas reajustável, multiplicado pelo número de alunos matriculados nas redes públicas. 

RESULTADOS
  • Em vista do montante de recursos depender do número de alunos, os municípios ampliaram a oferta de vagas, o que levou a uma grande ampliação de matrículas;
  • O mesmo ocorreu com os recursos para os estados;
  • Inversão da lógica, a educação fundamental passa a ser vistas como fonte de recursos e não dispêndio;
  • Ocorreu até 2007 uma forte municipalizarão do ensino fundamental, particularmente no ciclo I, pois passou a existir a possibilidade de construção de escolas, aquisição de materiais e manutenção das redes;
  • Melhorias do salário docentes, pois pela normas, 60% dos recursos do FUNDEF foram destinadas a salários docentes.

FUNDEB

Fim da vigência do FUNDEF, o governo federal (Luis Inácio Lula da Silva) propôs uma ampliação do modelo para todo o ensino básico, alterando e denominação do fundo para FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Profissionais da Educação.

Diferenças


  • Coeficiente de transferência passa de 15 para 20%, incluindo novas fontes de tributos com IPVA, ITR e ITCMD, pois houve uma ampliação do escopo da política, incluindo no modelo o ensino médio, a educação infantil e o ensino fundamental;
  • Tem vigência até 2020;
  • Mantém os princípios básicos da forma de financiamento;
  •  FUNDEF e FUNDEB formaram uma política que do ponto de vista do financiamento, significou um importante aporte de recursos para o processo educacional.

Resultados


  • Apenas 5 anos de vigência, tempo curto para avaliação de uma política de tal monta;
  • De 2007 para 2012, a porcentagem de crianças atendidas por creches: 0 a 3 anos, passou de 18,95% para 20%;
  • A complementação da união para o FUNBEB, passou de 4,5% no seu primeiro ano para 9,72% em 2012.




Princípios normativos e governança democrática

Apresentação dos princípios normativos e as dimensões da governança para implementação de políticas públicas de qualidade.
Profº. Drº Geraldo Di Geovanni


https://www.youtube.com/watch?v=flVlroa9SVE



Princípios normativos:


  1. Legitimidade atributo do estado, existência de consenso na população que por si assegure adesão e obediência, sem coerção.
  2. Justiça: razoabilidade diante dos padrões sociais e culturais vigentes.
  3. Governabilidade: capacidade ou estoque de recursos legais ou políticos (por vezes inclui coerção) que permitam governar.
  4. Governança (democrática): capacidade ou estoque de recursos (legais/políticos/culturais/gestão) que permitam, com legitimidade, justiça e participação e controle sociais, a obtenção de resultados efetivos nas intervenções governamentais.


Dimensões da governança


Qualidade da implementação: 

  • Existência de população alvo definida ou clareza sobre o princípio de universidade;
  • Definição da população coberta com benefício recebido em pontos do tempo (metas);
  • Existência de critérios de elegibilidade da população alvo, grau de transparência da sua utilização (baixa, média e baixa), 
  • Escala de focalização na população alvo (baixa, média, alta);
  • Existência de mecanismos de articulação das instâncias governamentais envolvidas.

Voz e responsabilização:

  • Existência de mecanismos de controle externo do programa;
  • Existência de estudos de avaliação de qualidade com população alvo;
  • Existência de auditoria do programa, existência de ouvidoria ou mecanismo assemelhado circulada ao programa ou à instância implementadora;
  • Mecanismos de responsabilização dos gestores;
  • Mecanismos de participação social no programa.


Qualidade regulatória: 

  • Existência de mecanismos de monitoramento e avaliação; 
  • Existência informações públicas sobre o programa;
  • Existência estrutura de custos;
  • Existência do perfil padronizado de despesas.


Regras legais: 

  • Existência de vinculação a fontes de financiamento no orçamento público do país;
  • Existência regularidade dos fluxos financeiros do programa;
  • Existência de fundamentos legais ou normativos que sustentem a intervenção;
  • Escala de adequação dos fundamentos legais ou normativos;
  • Escala de regularidade dos fluxos financeiros do programa.


Sustentabilidade: 

  • Tempo de existência do programa;
  • Qualificação da burocracia que implementa e do pessoal técnico envolvido;
  • Existência de incentivos profissionais e financeiros para a obtenção de resultados;
  • Existência de comunidade técnica associada à implementação do programa.

Situações desejáveis: 
  1. Economicamente possível;
  2. Politicamente viável;
  3. Socialmente justa;
  4. Temporalmente sustentável

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Psicologia do Desenvolvimento - 6ª Semana

Psicologia do Desenvolvimento - 6ª Semana



Educação em valores

O programa mostra dois exemplos de projetos elaborados por escolas para trabalhar a educação moral. O primeiro, da escola Esmeralda Sanches da Rocha, em Votuporanga, interior de São Paulo, promove a convivência inter-racial questionando e entendendo o racismo em atividades de três disciplinas: Educação Artística, Língua Portuguesa e História. Já a escola Giulio David Leone exercita a reflexão política, desenvolvendo partidos e candidatos à presidência, que são os próprios alunos, e uma simulação de eleição. O programa ainda consulta os professores da Faculdade da Educação da USP, José Sérgio de Carvalho e Nilson Machado, além de Pedro Goergen, da Unicamp, para saber qual é o papel da escola na educação moral de seus alunos.


https://www.youtube.com/watch?v=nPh9ohtxi3g


Vídeo mostrando a ética moral e seus valores. Os professores José Sergio Carvalho e Nílson Machado, da faculdade de Educação da USP e o professor Pedro Goergem da Unicamp, falam que o tema da igualdade de todos, o direito de viver dignamente e serem tratados com justiça.

A moral se consolida como costumes, valores sociais e a Ética como reflexão sobre valores.



Exemplo de uma Escola Estadual de Votuporanga que trabalha o preconceito, multidisciplinar, em Educação Artística, Língua Portuguesa e História. Fazendo reflexões com músicas (Gabriel, o pensador, Jorge Aragão). Debates como por exemplo o sistemas de cotas para negros.


No livro "Educação:projetos e valores", Nílson Machado cita vários valores a serem trabalhados na escola, como: igualdade, tolerância, integridade, pessoalidade e cidadania.
Cidadania como valor significa articular bem o interesse pessoal com o coletivo. Por exemplo, nas eleições se exercita a cidadania, pensando o que quer para si próprio e par o coletivo, estado, país.

Na E.E.E.F. Giulio David Leone organizam um projeto, simulando eleições com os alunos, para que possam estudar a ética. Cada classe cria um partido e um candidato  a presidência e cada disciplina compõe um ministério que existe realmente, servindo para estudos e os alunos criam seu projetos.

Na aula de língua Portuguesa os alunos viram publicitários, na aula de Geografia é estudado a Reforma Agrária e assim por diante. No fim das eleições o eleito é o presidente do Grêmio estudantil.

A tarefa da escola é despertar a consciência ou criar condições para que as pessoas se tronem conscientes, sujeitos capazes de refletir, de pensar autonomamente.



O juízo moral na criança

Nesta aula, discutimos as relações entre o ambiente escolar democrático e sua influência nos processos de desenvolvimento da cooperação e do juízo moral infantil. O ponto de referência é a teoria de Jean Piaget e seu livro de 1932: O juízo moral na criança.
Profº. Drº. Ulisses Ferreira Araújo



https://www.youtube.com/watch?v=yMj849Lus-8


A referência desta aula é a teoria de Jean Piaget, a abordagem do "Juízo Moral na Criança" que foi publicado em 1932.É uma obra bem antiga,mas se converteu em um clássico no estudo da moralidade humana.

A essência de toda moralidade está no respeito as regras. Criança moral ou sujeito moral  é a criança que cumpre as regras da sociedade.

Observando que Piaget não fala em obediência e sim em respeito, um sentimento, dimensão afetiva do ser humano.


  • Anomia- estado em que as crianças se encontram no momento do nascimento e dura mais ou menos 2 anos (NOMIA - relação com a palavra grega" Nomus"que significa regras).
  • Heteronomia - fonte variada de regras.
  • Autonomia - próprio, as regras estão dentro do sujeito.
Relações heteronomia:
  • Coação - Deus vai te castigar, mamãe vai deixar de gostar de você, tapinha nas mãos. As crianças vão entendendo as regras através da coação.
  • Respeito unilateral - Sentimento construído através do amor e do medo. Unilateral, de mão única. Criança tem que respeitar os adultos (pais, professores) e esse podem brigar, humilhar as crianças.
Para que todo processo (estado) se construa é necessário ter o mínimo de vínculo afetivo, mesmo que seja uma relação autoritária.

Relações autonomia:
  • Cooperação - experiência em cooperação, igualdade.
  • Respeito mútuo - diálogo, democracia. Entender que as regras do mundo são justas.




Cuidado para não confundir autonomia com anomia:

  1. Anomia - aquele sujeito que faz tudo que dá na cabeça,que só faz o que quer, sem considerar a sociedade, os colegas, é um sujeito egocêntrico, a anomia = sem regras.
  2. Autonomia - é aquele que reduziu o egocentrismo, não pensa apenas nele próprio, pensa no coletivo, considera o outro, as coisas ao redor, a natureza.





A construção psicológica dos valores

O que são valores, numa perspetiva psicológica? Como são construídos e quais valores deve a sociedade priorizar nos processos educativos? Estas são algumas das questões abordadas nesta videoaula.
Profº. Drº. Ulisses Ferreira Araújo

https://www.youtube.com/watch?v=V2CVq_jdfFk


Como são construídos os valores?

Os valores referem-se as trocas afetivas que o sujeito realiza com o exterior.

Surgem da projeção de sentimentos sobre objetos e pessoas.(Jean Piaget, As relações entre  a inteligência e a afetividade, 1954).

A construção psicológica dos valores

Surgem das projeções de sentimentos positivos sobre objetos e/ou pessoas, e/ou relações, e/ou sobre si mesmo.

Construção psíquica

As escalas e sistemas normativas de valores se constitui a partir de sua integração ao self do sujeito.

Sistema de valores e conduta humana

As condutas de valores são motivadas pelo sistema de valores próprios da cada um.

Identidade e sentimentos

Dependendo dos valores com os quais os sujeito construiu sua identidade, e de seu "posicionamento"central ou periférico, aparecerão os sentimentos morais.

Sentimentos morais, como a vergonha e a culpa, exercem o papel de regular as relações intra e interpessoais e são experienciados quando o sujeito age contra os valores que são centrais em sua identidade.



A escola e a construção de valores

Pensar na construção de escolas democráticas que almejem a construção de personalidades morais nos leva a compreender alguns dos diversos fatores que interferem neste processo dentro do cotidiano escolar. Sua identificação auxilia na compreensão da complexidade das relações presentes no cotidiano escolar e na busca por formas mais realistas de intervenção na educação para a cidadania. Os aspectos identificados, que serão abordados nesta videoaula, são: os conteúdos escolares; a metodologia das aulas; o tipo e a natureza das relações interpessoais; os valores; a autoestima e o autoconhecimento dos membros da comunidade escolar; e os processos de gestão da escola.
Profº. Drº. Ulisses Ferreira Araújo

https://www.youtube.com/watch?v=iYT1rySPJHY


Como promover a construção social e psicológica dos valores morais?

Repensando os conteúdos, tempo, espaço e relações nas Instituições de ensino comprometidas com a construção da paz, dos direitos humanos e de valores de ética de democracia e de cidadania.

Ações a serem implementadas

  • Impregnando o currículo com temas de cidadania;
  • Rompendo os muros das Instituições educativas;
  • Promovendo o protagonismo do sujeito que aprende;
  • Construindo relações sociais e interpessoais democráticas;
  • Instituindo fóruns Públicos de ética e cidadania;

Promovendo o protagonismo do sujeito que aprende

A educação deve promover o acesso aos bens culturais exigidos pela sociedade contemporânea e garantir uma formação política que aos jovens participar da vida social de uma forma mais crítica, dinâmica e autônoma.

Metodologia Ativas de Aprendizagem

  • A aprendizagem baseada em problemas é uma metodologia ativa de aprendizagem;
  • "Estratégia pedagógica que apresenta aos estudantes situações significativas e contextualizadas no meio real";

Construindo relações sociais e interpessoais democráticas

  • Assembleias escolares;
  • Grêmios estudantis;
  • Estratégia de resolução e de mediação de conflitos;
  • Estratégia de aproximação entre escola, família e comunidade;
  • Instituição de fóruns públicos de éticas e cidadania.
Um fórum articula os diversos segmentos da comunidade escolar e não-escolar, em torno das temáticas de ética, convivências democráticas, direitos humanos e inclusão social.

 Foi desenvolvido pelo ministério da Educação em 2003 a 2009 o "Programa ética e cidadania", implementado nos 27 estados brasileiros. A ideia central é a construção de fóruns, chamando a comunidade, igreja, ONGs,para debater e implementar projetos do bairro.