sábado, 30 de julho de 2016

Métodos para a Produção de Conhecimento

Métodos para a Produção de Conhecimento

AULA  01 – Introdução

Objetivos da Disciplina

1) Compreender o papel da ciência, sua constituição histórica e o processo de produção do conhecimento diante dos novos paradigmas científicos, dos desafios metodológicos e dos contextos da contemporaneidade.
2) Desenvolver um conjunto de conhecimentos abrangendo os elementos de Metodologia da Pesquisa de maneira a permitir a elaboração de projeto de pesquisa, bem como trabalhos científicos e tecnológicos.

Estrutura da Disciplina

Bloco 1: Ciência e a produção de conhecimento

• constituição histórica e os processos de conhecer

• papel da ciência e do pesquisador

• novos paradigmas e desafios metodológicos na contemporaneidade

• pensamento inter e transdisciplinar

Bloco 2: Elementos para a realização da pesquisa científica

• projeto de pesquisa

• tipos de pesquisa, estrutura lógica

• procedimentos para coleta e produção de dados

• disseminação dos resultados e redação científica

Métodos para a produção do conhecimento - Senso comum (interações cotidiano, crenças, outras gerações), Filosófico (ideias, conceitos, questões universais), Religioso (a verdade, dogmas), Científico(Sistemático, busca a generalização, verificável, falível, busca por novas perguntas e hipóteses), etc
Métodos – caminhos, estratégia...

Ciência e Modernidade

Modernidade: Séc XVI ... Séc XVIII ...

• Superioridade do ser humano – razão, raciocínio

• Prever, compreender as leis e dominar a natureza

• Real é comprovável e matematizável (método)

• Conhecimento objetivo e neutro - verdade

• Ciência – Progresso

Desenvolvimento da ciência e redefinição de tempos e espaço. Porém com isso há o esgotamento dos recursos naturais, intensificação das desigualdades sociais, fragmentação e hiperespecialização do conhecimento


Modernidade: Questionamentos - crise paradigmática - novos paradigmas

• provisoriedade e parcialidade do conhecimento

• erro e incertezas

• subjetividade do pesquisador

• visão sistêmica X fragmentação e especialização

O/A pesquisador/a no cenário contemporâneo

Uma agenda para jovens pesquisadores...

• Não existe neutralidade na pesquisa

• Resultados da pesquisa são parciais e provisórios

• Pesquisar é um processo de criação, e sua originalidade está na originalidade do olhar
• Pesquisa e ética são indissociáveis: não se pode fazer qualquer coisa em nome da pesquisa

• Não cristalize seu pensamento: dialogue, pergunte,critique, argumente

• Nem toda atividade intelectual é científica
Uma verdadeira viagem de descoberta consiste não em buscar novas paisagens, mas em ter novos olhos.
Marcel Proust(1871 – 1922)

AULA  02 - Ciência: Como é? A construção dos fatos, pensar, perguntar, testar

Objetivos da Aula

•Saber o valor de interpor perguntas aos contextos como condição para construir conhecimentos;

• Conhecer aspectos da racionalidade científica moderna dominante e de suas vinculações metodológicas;

•Perceber alguns desafios relativos aos processos de conhecer.

Como conhecemos?

Todo pensamento começa com uma pergunta.

Por que a gente pergunta? (Curiosidade? Angústia? Sofrimento? Confiança no destino... dificuldades).

Você já viu uma prova ou um exame em que lhe pedissem para formular perguntas?

**** Na ciência para que serve perguntar?

Perguntas e conceitos servem para:

•Sistematizar o conhecimento existente;

•Demonstrar o que serve e o que não serve para um assunto, um tema, um acontecimento;

•Perceber quais aspectos, perguntas ou problemas metodológicos precisam de produção de novos.

Como são elaborados os conceitos?

De acordo com:

a) Contextos;

b) Convenções que nem sempre correspondem ao que acontece no contexto da pesquisa a ser realizada (senso comum, crenças, ...);

c) Referenciais analíticos conhecidos.

Cuidados metodológicos necessários

a) Saber o que se pode utilizar

b) O que é preciso rever e como rever?

c) O que é preciso refazer ou confiar com restrições ?

d) Entender a quais tradições se filiam a escolha que fazemos e por que fazemos um tipo de escolha e não outra.
A ciência pode transformar a si mesma e a sua epistemologia, bem como os sujeitos que a produzem, quando não é mera repetição sistemática de parâmetros para acumular saberes.

Ela pode e deve interpor novos paradigmas... e interpor-se...

Contam muito porém,

A) O tipo de construção necessária para dar respostas às perguntas;

B) A posição de quem pesquisa e os juízos de valor;

C) A classe, o sexo, a idade, a trajetória, a experiência de quem pesquisa;

D) As políticas de fomento e as suas condições, o tempo que dispõe quem faz pesquisa;
Contam muito

E) O lugar que o tema tem na linha ou na disciplina, na instituição, o dinheiro;

F) A necessidade de dar ou não respostas públicas, ou ao mercado (Ex: Dengue, Zika, Chikungunya);

G) A trajetória profissional do pesquisador .

Também existem conflitos entre as diferentes perspectivas quando

“a ação e o pensamento, a prática e a teoria,estão ligadas em um processo contínuo de reflexão crítica e de transformação”.
(SCHWANDT, 2006, p. 195).

Então temos um conflito com a perspectiva racionalista e suas características...

Kneller (1980, p. 54),

"A ciência evolui através de atos de homens e mulheres – atos como inventar hipóteses,realizar experimentos, ponderar provas e publicar resultados. A finalidade desses atos é produzir um conhecimento verificado – conhecimento que mereça aceitação pela comunidade científica...”
Definição bem racionalista deixa de fora vários elementos dos sentidos...

Na racionalidade moderna

“A ciência deve ser racional, pois, se as alegações do conhecimento não forem racionalmente baseadas, faltarão argumentos para que elas sejam preferidas à pretensão de gurus e adivinhos, e a investigação científica não terá qualquer significado. Portanto, se quisermos entender o empreendimento científico devemos apurar não só como a ciência evolui, mas também até que ponto o faz racionalmente". (KNELLER, 1980, p. 54).

Segundo Boaventura de Sousa Santos(1995, p.18),

A racionalidade moderna é, por sua vez, fundada na "consciência filosófica da ciência moderna" que teve no racionalismo cartesiano e no empirismo baconiano as suas primeiras formulações, que se condensam no positivismo oitocentista que concebe somente a existência de duas formas de conhecimento científico,ou seja, as disciplinas formais da lógica e da matemática e as ciências empíricas segundo o modelo mecanicista das ciências naturais.
Esta tradição é antiga?

Na antiguidade, Aristóteles distribuía as ciências em dois ramos:

• Ciências teóricas: as que tinham por objetivo o conhecimento puro e racional do mundo. Ex: física,matemática, biologia...

• Ciências práticas: tem por objetivo o conhecimento de princípios instrumentais a serem aplicados no comportamento social e intelectual do homem. Ex:moral, política, lógica...

Como podemos conhecer?

Correntes em tensão

O racionalismo acredita que

•O conhecimento vem da dedução racional lógica. As ideias são inatas são fontes seguras do conhecimento (inatismos)

•São considerados racionalistas: Platão (427-347); Descartes (1596-1650); Spinoza (1632-

1677); Leibniz (1646-1716).
Empirismo

•Todo conhecimento provém da experiência. Não existem ideias inatas, a mente é uma tábula rasa.

• Corrente de pensamento ligada ao empirismo,com ênfase no método empírico: investigação da natureza por meio da observação, experiência,experimentos).

•São considerados empiristas: Aristóteles (384-322aC); Locke (1632-1704); Berkeley (1685-1753);

Hume (1711-1776).
•Mecanismos

•Máquinas

•Corpo = máquina

•A mente possui as regras e é como se funcionasse igual a um relógio. O mundo funciona sem Deus. A Razão é o centro do mundo.

Para as relações com a sociedade

O século XVIII vislumbrou um reino social com suas próprias leis, como outros reinos da natureza... no século XIX, com Saint Simon, em primeiro lugar, e sobretudo com seu discípulo August Comte, se revelou uma nova concepção de ciência.

• Era possível estudar a sociedade com um método.

O Reino Social tem suas leis

• O princípio era bem determinista – na síntese que faz em sua obra Curso de filosofia positiva, Comte verificou que todas as ciências se baseavam no axioma de que os fatos tratados por elas estão ligados segundo relações necessárias.

•Daí conclui...
... que tal princípio que havia sido verificado em todos os reinos da natureza, desde o reino das grandezas matemáticas até ao da vida, deveria ser igualmente verdadeiro em relação ao reino social.
Tradição positivista da ciência

1) A sociedade é regida por leis naturais,isto é, leis invariáveis, independentes da vontade e da ação humana; na vida social reina uma harmonia natural;

***Separam-se fatos de valores

2) A sociedade pode ser epistemologicamente assimilada pela natureza (ser estudada pelos mesmos métodos e processos empregados pelas ciências da natureza). (Durkheim).

***A sociedade independe dos indivíduos,existe antes e depois de nós. Exerce coerção, é exterior;
3) As ciências da sociedade, assim como as da natureza, devem limitar-se à observação e a explicação causal dos fenômenos, de forma objetiva, neutra, livre de julgamentos de valor ou de ideologias, descartando previamente todas as noções e preconceitos.
Fundamentos da pesquisa – princípios positivistas clássicos

1. O mundo social opera de acordo com leis causais;

2. O alicerce da ciência é a observação dos fatos;

3. A realidade consiste em estruturas e instituições identificáveis enquanto dados brutos por um lado,crenças e valores por outro;

4. O que é real - são os dados brutos considerados dados objetivos; valores e crenças são realidades subjetivas que só podem ser compreendidas através dos dados brutos;
5. As ciências sociais e as ciências naturais compartilham de um mesmo fundamento lógico e metodológico – elas se distinguem apenas no objeto de estudo;

6. Existe uma distinção fundamental entre fato e valor: a ciência se ocupa do fato e deve buscar se livrar do valor.
7. A sociedade humana é regulada por leis naturais que atingem o funcionamento da vida social,econômica, política e cultural de seus membros.
(Portanto, para analisar determinado grupo ou comunidade, as ciências tem que descobrir as leis invariáveis e independentes de seu funcionamento).

8 . Proposta de conhecimento: neutro, objetivo, livre de juízos de valor e de implicações políticas.
Atores - são determinados pelo sistema social

• A socialização ocorre a partir dos valores sociais.

É baseada nas normas adequadas aos papéis que irão desempenhar na divisão do trabalho. Esses papéis lhe dão identidade e seu lugar para atingir e atender às necessidades funcionais do sistema.

• O seu contrário é a abordagem sobre os sentidos e significados e sobre a ação coletiva ou individual dos sujeitos, atores e/ou indivíduos.
• A linguagem do significado subjetivo – os atores definem sua vida, propósitos e situações – (é claro que sempre existe a influência da tradição,dos interesses racionais e da emotividade).
•Evidentemente estas concepções mantêm muitos aspectos separados uns dos outros...questões a serem superadas. Ciências

Humanas e sociais; Ciências naturais e sociais;

•Ciências sociais e cognitivas;

•Ciências da saúde e humanas;

•Matemáticas e humanas, outras...

Algumas consequências

Separação entre empiristas X racionalistas;

Fatos e Valores;

Objetividade e subjetividade;

Estrutura e sentido/valor;

Conhecimento X Natureza;

Civilizado X Primitivo;

Público X Privado;

CIENTÍFICO                    NÃO-CIENTÍFICO

Objetividade                      Senso Comum      

Racionalidade                   Sensibilidade

Neutralidade                       Emoção

Dominação                        Passividade

Cérebro                                Coração


A ciência moderna se inscreve tendo a racionalidade como elemento definido
Adepta do positivismo

Defensora de método cientifico impessoal

Separação entre ciência da natureza e ciências humanas

AULA  03 - O “papel” das metáforas e analogias:as lentes das desigualdades na ciência moderna

Objetivos

•Perceber como o discurso científico seutilizou de metáforas e analogias para se consolidar
•Entender como o uso de certos discursos e de certas comparações produziram desigualdades entre as pessoas;
•Perceber de que maneira a ciência não é neutra;
As palavras são as coisas? (FOUCAULT,1993).
•A linguagem não é apenas descritiva;
•Ela é performativa , faz ações;
•Tem consequências para a pesquisa e para as práticas políticas e do fazer cientifico;
•Toda linguagem deve ser submetida ao critério de sua eficácia.
Quando dizer é fazer... palavras fazem realidades?
1. Os votos no casamento não são só palavras,eles selam um ritual que significa também um reconhecimento formal e jurídico;
2. O grito de guerra é a guerra; sofrer bullying por meio de palavras desencadeia um sentimento profundo de solidão, produz de fato isolamento espacial e social;
Por que o uso das metáforas?
•Comparar é parte do processo de fazer ciência;
•Também utilizou-se e se utiliza analogias e metáforas na ciência para fundamentar preconceitos.
Na ciência, metáforas e analogias não são arbitrárias nem são pessoais.
A escolha de analogias e metáforas são de fontes diversas: natureza dos objetos,estrutura social, tipo de comunidade científica,história do método ou do campo de estudo.
Estes aspectos colaboram para a emergência de analogias seus sucessos e seus fracassos.
No caso do estudo científico da diferença humana, as analogias foram usadas
•Pelos cientistas no final do século XVIII, segundo Stepan, quando a mutação humana começou a ser estudada.
•Foi um sistema metafórico que estruturou a percepção da diferença, criando “objetos” e pessoas diferenciados.
O sistema metafórico fez surgir as lentes através das quais as pessoas experimentaram e viram as diferenças entre classes, raça, sexo, entre homem civilizado e selvagem.
•Associação entre mulheres = raças inferiores = negros = símios
Os estudos sobre raças se consolidaram
•Em parte porque as diferenças pareciam óbvias, em parte porque o movimento abolicionista deu importância política ao surgimento da diferença racial e da desigualdade social.
• Do estudo da raça veio a associação entre a inferioridade e o símio.
LOMBROSO (1835-1909, psiquiatra, cirurgião,higienista, criminologista, antropólogo e cientista italiano).
“À vista do crânio, pareceu-me que, de repente,iluminado como uma vasta planície sob o céu resplandescente, podia ver todo o problema da natureza do criminoso: um ser atávico cuja pessoa reproduz os instintos ferozes da humanidade primitiva e dos animais inferiores.”
Assim se explicavam anatomicamente as enormes mandíbulas, os pronunciados ossos do rosto, os arcos superciliares proeminentes, as linhas separadas das palmas das mãos, o inusitado tamanho das órbitas, as orelhas em forma de asa que se observam nos criminosos,nos selvagens e nos macacos, a insensibilidade à dor, a extrema agudeza da visão, o gosto pelas tatuagens, pela ociosidade excessiva e pelas orgias, a ânsia irresponsável pela maldade por si mesma, o desejo de não apenas extinguir a vida da vítima mas também de mutilar o cadáver,de rasgar sua carne e beber seu sangue" .
A biologia

• Podia justificar o estatuto diferente das pessoas frente a igualdade natural – raça.
• A história geral das categorias biológicas é excludente em relação com a cultura(negros, mulheres);
Século XIX

• As interações metafóricas envolviam um complexo sistema de implicações sobre semelhanças e diferenças.
•Linguagem técnica (medidas do corpo), cabeça,cérebros...
•os sistemas de representações incluíam questões de saúde e doenças comparadas). Acreditava-se que mulheres e negros apresentavam graus mais altos de insanidades e neurastenias do que o homem branco. (STEPAN, 1994).
Exemplos:
1. O leve peso do cérebro feminino e as estruturas cerebrais deficientes, eram análogos as raças inferiores;
2. A mulher se igualava aos negros pelo crânio estreito, infantil e delicado;
3. A mulher mantinha traços encontrados nas raças mais inferiores e em termos evolutivos era o elemento mais conservador para o homem;
4. O crânio feminino se assemelhava a criança.
• As raças inferiores representavam o tipo “feminino” das espécies humanas, e as mulheres representavam a inferior de gênero.
• Porém as analogias referem-se mais do que a raça e gênero. São entrelaçadas e sobrepostas envolvem questões psíquicas, físicas, de classe, nacionalidade
• a mulher, o desviante, o criminoso, os pobres da cidade, os insanos que eram considerados raças à parte.
Ex: Venus Negra
• Paris, 1817, na escola real de medicina. "eu nunca vi a cabeça de um ser humano tão parecida com a de um macaco.".
• Parado ao lado do modelo feito a partir do corpo de Saartjie Baartman, o médico Georges Cuvier é categórico em sua afirmação.
• Saartjie Baartman era uma mulher pertencente ao grupo étnico dos khoisan
•Viviam no sudoeste da África e tinham um biótipo físico e idioma próprios.
•Os pais dela foram assassinados durante uma guerra local e ela foi vendida para um comerciante.
•Em 1808, enquanto trabalhava na casa da família na África do Sul, Saartjie foi convidada pelo irmão do seu patrão para apresentar-se na Inglaterra e conseguir muito dinheiro. Com dificuldades financeiras, a família viu na mulher uma possível fonte de renda devido a curiosidade que o mundo tinha em relação ao continente africano seus habitantes.
O tipo físico da moça chamava muita atenção.
Saartjie tinha enormes nádegas, por conta de uma hipertrofia (esteatopigia), o que era considerado incrivelmente bizarro para os padrões europeus.
Além disso, ela também tinha um traço muito característico dos khoisans: a cortina da vergonha.
Os pequenos lábios da vagina de Saartije eram maiores do que o normal, podendo chegar até 10 cm a partir da vulva; por isso lembrava uma cortina de pele – a cortina da vergonha.
Grandes mudanças iluministas

• Apenas a partir do Iluminismo a biologia, o corpo estável e a-histórico, passa a ser considerado a base epistêmica para prescrições sobre a ordem social. Dimorfismo e divergência biológica
•Outras mudanças
Essas estratégias também produziram, ao longo do século XVIII e XIX, quatro figuras submetidas à observação e ao controle social, inventadas no interior de discursos reguladores:
• a mulher histérica;
• a criança masturbadora;
• o casal que utiliza formas artificiais de controle de natalidade;
• e o "pervertido", especialmente assim chamou-se para o homossexual.
Desaparecem as velhas metáforas que
• Vinculavam a reprodução com outras funções corporais e com o mundo natural na grande cadeia dos seres.
• O pênis como arado e o útero como matriz, como campo, não convencem mais.
• Os velhos quadros da agricultura desapareceram como por exemplo: a vagina como órgão rugoso no interior, semelhante a pele da mandíbula de uma vaca. (LAQUEUR, 2001).
Quando no século XIX os cientistas postularam uma analogia entre diferenças raciais e sexuais,ou entre diferenças de raça e classe, começaram a produzir novas informações e novas posições.

Suas interpretações das diferenças e similitudes foram amplamente aceitas...
Na ciência moderna as metáforas criam novos conhecimentos
• É a metáfora que nos ajuda a perceber as similaridades;
• Ela permite a descoberta e pode fornecer novas informações. Mulher e raça= informações sobre a pélvis, formato do crânio, peso ou estrutura do cérebro;
• Sem estas analogias relacionando diferenças e semelhanças boa parte da ciência não teria existido;
Também estas analogias ajudaram a constituir os objetos de investigação.
Metáforas também são mutantes...

• A própria ciência analógica da variação humana mudou
•Porém, existe tensões entre a mudança e a dogmatização
• Consequências sociais e políticas.
• A concepção Iluminista negava que as mulheres possuíssem a racionalidade e a capacidade de observação desapaixonada e objetiva exigidas pelo pensamento científico.
• As mulheres podiam ser objetos da razão e daobservação masculinas, nunca seus sujeitos...
• Somente os homens eram vistos como formuladores ideais de conhecimento; e, entre eles, apenas os que pertenciam à classe, raça e cultura corretas, eram vistos como detentores de capacidade inata para o raciocínio e a observação socialmente transcendentes (HARDING,1993, p. 17).
As metáforas criam novos conhecimentos
•Similaridades são estabelecidas.
•Ela permite a descoberta e pode fornecer novas informações. Mulher e raça = informações sobre a pélvis, formato do crânio, peso ou estrutura do cérebro. Sem estas analogias relacionando diferenças e semelhanças boa parte da ciência não teria existido. Também estas analogias ajudaram a constituir os objetos de investigação.
Mas o que aconteceu historicamente e na difusão das metáforas?
•Papel da metáfora e da analogia é discutível porque elas desfrutam de uma posição ambígua.
•Século XVII – associou a metáfora à imaginação, à fantasia poética, às figuras subjetivas e até mesmo a falsidade; X Contraste com a objetividade e a neutralidade da ciência
Século XIX - os positivistas

Diferenciavam a linguagem científica da metáfora
Consequências: a dicotomia estabelecida entre a ciência e a metáfora considerou que a ciência metafórica ou analógica era uma pseudociência.
Confusão
• A metáfora foi tomada como a própria realidade e não como uma representação da mesma.
• Ex: A natureza considerada mecânica foi tomada com se a natureza assim o fosse...
• Recentemente o papel das analogias passou a ser reconhecido (KHUN, Richard Boyd).
• Alguns filósofos da ciência afirmam que metáforas e analogias não são somente auxílios – são constitutivas da própria teoria.

AULA 04 - Colonialidade do poder e do saber.Teorias pós-coloniais: teorias feministas,dentre outras.

Objetivos

• Analisar aspectos da colonialidade do saber e do poder;
•Identificar a exclusão dos sujeitos e das comunidades na ciência moderna;
•Perceber quais são os novos desafios metodológicos e as relações com o compromisso ético e político da ciência.
Teorias pós-coloniais: do que estamos falando?
Santos diz:
Entendo por pós-colonialismo um conjunto de correntes teóricas e analíticas, com forte implantação nos estudos culturais, mas hoje presentes em todas as ciências sociais, que tem em comum darem primazia teórica e política às relações desiguais entre o Norte e o Sul na explicação ou na compreensão do mundo contemporâneo. (SANTOS, 2004, p. 28).
•Para Santos, o caráter constitutivo do colonialismo na modernidade ocidental faz com que ele seja importante para compreender, não só as sociedades não ocidentais que foram vítimas do colonialismo, mas também as próprias sociedades ocidentais, sobretudo os padrões de discriminação social que nelas vigoram.(SANTOS, 2004).
• Propõe-se uma ciência dos discursos marginais;
• Crítica radical ao paradigma dominante –hermenêutica de suspeição;
• Escavar o lixo cultural, resíduos e ruínas – reinventar a emancipação social
Daí o interesse desta perspectiva pela geopolítica do conhecimento, ou seja, por problematizar quem produz o conhecimento, em que contexto o produz e para quem o produz.
• Dimensão dialógica, não batalha do conhecimento (teoria da tradução) - Auto-
reflexividade ;
•Sobrepor a emancipação sobre a regulação;
• Campo de experimentação social.
• Dupla ruptura: para um senso comum esclarecido e uma ciência prudente;
• Fim do agente histórico único, dualizante (estrutura x ação);
•Existem múltiplas formas de dominação;
•Fim das ideias sobre uma grande e única teoria comum.
Ruptura com o paradigma da modernidade (regulatório) para dar voz ao paradigma emancipatório;
Equilíbrio entre adaptação e criatividade - Reencantamento intelectual;
Sociologia das ausências.
Reconstruir o conhecimento emancipação – princípio da responsabilidade
Critica aos dualismos
•É preciso historicizar conceitos como: natureza,cultura, corpo, sexo, família, identidade;

•Estes não são fixos, nem determinados pela matéria nem são biológicos;
•Os dualismos separam sujeitos e objetos ++resultam em apropriação e domínio, por meio do processo de naturalização...
Em comum com esta perspectiva encontra-se
• A crítica ao universalismo e à unilinearidade da história, das totalidades hierárquicas;
• A ênfase na pluralidade, na heterogeneidade, nas margens ou periferias; uma epistemologia construtivista; novos sujeitos.
Enfrentar o problema dos binários
• A ignorância colonialista consiste na recusa do reconhecimento do outro como igual e na sua conversão em objeto que assumiu historicamente três formas distintas: o selvagem, a natureza e o Oriente. (SANTOS, 2016).
Necessário superar muitos binários = separações

• Ocidente X Oriente (HALL, Stuart);
• A "desconstrução" da polaridade Norte e resto do mundo;
• Senso comum e ciência (SANTOS) e
• Sexo Gênero (BUTLER)
• Natureza Cultura (LATOUR, MORIN, FAUSTO-STERLING),
• Estrutura e ação; Identidade (indivíduo, coletivo, EU).
Sujeito e suas posições
Esforços são diversos ...
•Epistemologia feminista veio colocar em causa a produção do conhecimento.
•Os sujeitos ignorados, os métodos universalistas.
Os novos paradigmas feministas anos 70
•Passaram então as(os) pesquisadoras(es)feministas a questionar o retrato da realidade querefletia a dominação masculina e negligenciava a mulher apresentando, desta forma, resultados não representativos bem como contribuindo para a invisibilidade da mulher como sujeito/objeto do conhecimento.
• A invisibilidade do sujeito mulher estava dada em muitos campos
• Na ciência que se fazia
•Obstetrícia e ginecologia (RODHEN, 2001) =ÚTERO = MÃE
• No espaço social e moral
Dois corpos, dois lugares: Público e privado LAQUEUR, (2001), MARTINS (2004), RAGO (1999)
•O Trabalho feminino fora de casa é transformado em problema no século XIX (SCOTT, 1994):mulher que trabalha perderia sua feminilidade.
•O Homem tem que ganhar para ser provedor e à mulher cabe a educação (Moral e cívica positivista)
• Controle moral, tecnológico e clínico da maternidade (TUBERT, 1996, TAMANINI, 2009;2010; SCAVONE, 2001).
As diferenças foram marcadas pelo microscópio, mas também ...
• Não somente mulheres e homens são sexos diferentes como são considerados opostos no corpo e na alma, nos aspectos físicos e morais.
• A vida política, cultural, econômica de homens e mulheres estava determinada pela biologia =
FUNDAMENTO NORMATIVO DA ORDEM SOCIAL.
Antes os sexos se misturavam (LAQUEUR, 1994).
•O fato de que em um dado momento o discurso dominante interprete os corpos femininos e masculinos de forma hierárquica, verticalmente,como versões ordenadas de um sexo e de que em outro momento o faça como opostos ordenados horizontalmente sem possibilidade de medida coloca outras questões.
•Estes aspectos são produzidos por separações, hierarquias, valores negativos e positivos e confiança na razão.
• A modernidade se define como humanismo = confiança na razão
•Esquece-se portanto dos: animais, das coisas,de Deus, dos objetos; da diversidade;
• A modernidade surge da criação conjunta das separações entre: Humanos, não humanos e deuses, da invisibilização deste conjunto e, na sequência, do tratamento destes aspectos em separado (LATOUR, 2004).
•O modelo positivista - empirista, levou os cientistas a busca de regras metodológicas ou de procedimentos que produzissem proposições objetivamente fundamentadas.
Estas regras exigem que um investigador especifique uma série de fenômenos observáveis para serem analisados, empregue procedimentos rigorosos de amostragem, desenvolva dispositivos padronizados de medição, controle as variáveis relevantes, coloque as hipóteses à prova através de testes dedutivos, forneça análises estatísticas e assim por diante.(GERGEN, 1993). Nem sempre... são
•Mas quais desafios hoje?
•Natureza?
•Cultura?
•Pessoas?
•Planeta?
Observar as mudanças práticas...
• “A era do ciborgue é aqui e agora, onde quer que haja um carro, um telefone ou um gravador de vídeo. Ser um ciborgue não tem a ver com quantos bits de silício temos sob nossa pele ou com quantas próteses nosso corpo contém. Tem a ver com o fato de Donna Haraway ir à academia de ginástica, observar uma prateleira de alimentos energéticos para bodybuilding, olhar as máquinas para malhação e dar-se conta de que ela está em um lugar que não existiria sem a ideia do corpo como uma máquina de alta performance. Tem a ver com calçados atléticos.” ( “Você é um ciborgue”- um encontro com Donna Haraway, P.23)
• “Pois uma das mais importantes questões de nosso tempo é justamente: onde termina o humano e onde começa a máquina?....Mais do que a metáfora, é a realidade do ciborgue, sua inegável presença em nosso meio (“nosso”?),que põe em xeque a ontologia do humano.
•Ironicamente, a existência do ciborgue não nos intima a perguntar sobre a natureza das máquinas, mas, muito mais perigosamente, sobre a natureza do humano: quem somos nós?(HARAWAY, 1995).
Por que os dualismos são problemas?
1. Porque eles encerram contradições
Dentre elas:
A) Separam humanos e não humanos;
B) Não reconhecem que existe uma construção da realidade por meio de escolhas de métodos;
C) Criam-se deuses e fetiches detentores da verdade;
D) A epistemologia clássica separa o mundo dos enunciados do mundo das coisas.
Nestas análises as dimensões sociais,culturais e históricas da compreensão eram consideradas extracientíficas e irrelevantes para qualquer relato válido do que constitui-se o conhecimento científico.
Problemas para as ciências naturais
• Os pensadores da modernidade interpretam a natureza como máquina determinada, a ponto de que o sujeito pensante não existe. Ele se torna um enigma;
• A própria modernidade nasce dentro da relação com a ciência natural;
• A própria ciência natural esta posta dentro do comportamento determinista ;
• Os pensadores não conseguem fazer o pensamento sobre a modernidade e olhar o ser humano;
• A ciência natural reduz o universo ao comportamento determinista.
Tal modelo de racionalidade que preside a ciência moderna constitui-se, segundo Santos(1995), o paradigma dominante, a partir do século XIX, quando além do domínio nas ciências naturais se estende, igualmente, a parcela das ciências sociais emergentes.
•Problemas também para as Ciências Sociais,humanas...
•Porque ...
Segundo Santos (2000) ocorre
1. A colonização gradual das diferentes racionalidades da emancipação, pela
racionalidade cognitivo instrumental da ciência levou à concentração das energias e das potencialidades emancipatórias da modernidade na ciência e na técnica.
2. A promessa da dominação da natureza, e do seu uso para o benefício comum da humanidade,conduziu a uma exploração excessiva e despreocupada dos recursos naturais, à catástrofe ecológica, à ameaça nuclear, à destruição da amada de ozônio, e à emergência da biotecnologia, da engenharia genética e da consequente conversão do ser humano em mercadoria.
Enclausura-se o processo de conhecimento em compartimentos. A ciência moderna rompe radicalmente com a tradição do pensamento clássico e enciclopedista dissociando saberes e práticas, indivíduo e sociedade, local e global, sujeito e objeto, objetivo e subjetivo;
Passa a trabalhar, sobretudo, por temas e problemas circunscritos e especializados; Caracterizar-se por uma fragmentação sempre crescente do saber em disciplinas. (ALVARENGA, A. T. de etal., 2005).
Desafios segundo Santos
1. Ruptura com o paradigma da modernidade(regulatório) para o paradigma emancipatório.
2. Equilíbrio entre adaptação e criatividade -Reencantamento intelectual; sociologia das ausências.
3. Reconstruir o conhecimento emancipação –principio da responsabilidade
Atitudes
1. Engajamento emancipatório
2. Vigilância epistemológica
3. Preocupação ética e política.
4. Tradução para o desnivelamento dos discursos;
5. Superação da dicotomia contemplação/ação;
6. Reinventar a participação social;
7. Recuperar o pilar da comunidade no pilar da emancipação e a racionalidade estético -expressiva.
Método
• Dimensão dialógica não batalha do conhecimento (teoria da tradução)
•Auto-reflexividade – Desequilíbrio dinâmico, assimetria que sobreponha à
emancipação à regulação.
•Campo de experimentação social.
•Uma ciência disciplinar não tem controle sobre a endotropia.
•Crítica = a ciência é um grande instrumento de redução de complexidade.
• A complexidade é parte do conhecimento ainda que produza turbulências nos conceitos iniciais;

•Questionamentos por via da complexidade, da criatividade, da natureza, outras relações interdisciplinares, transdisciplinares...
• Não basta juntar disciplinas.
•Inércia.
• Critica da razão indolente
Novas ciências? Diálogo e reconstrução
• Ciências sistêmicas;
• Ciências da complexidade;
• Ciências do Caos;
• Ciências da autorregulação;
• Ciências da cibernética; (homem e máquina).
Comunicação, informação que afetam corpo,sociedade.

 AULA 5 - A Emergência dos Pensamentos Inter e Transdisciplinar

Objetivos da aula:

• Conhecer algumas das preocupações epistemológicas/metodológicas contemporâneas e dos desafios advindos das novas posições;
•Sensibilizar para a necessidade de novos saberes na construção de relações entre ciências naturais e humanas;
•Perceber algumas das consequências da postura interdisciplinar para a formação do pensamento,das pesquisas e para as instituições.

Conhecimento

•Quantas lentes existem para definir e produzir conhecimento?
• Múltiplas visões epistêmicas...

Como é? Seu propósito

• Conhecimento é conteúdo ou processo efetivado por agentes humanos ou artificiais em atividades de geração de valor científico, econômico, social ou cultural? (PACHECO, 2015).
• É produzido tanto na mente humana quanto em artefatos?

Do que estamos falando?

•Segundo Arlindo Philippi JR (SIIEPE/UFSC , 2013). Multidisciplinaridade é o estudo que agrega diferentes áreas do conhecimento em torno de um ou mais temas, no qual cada área ainda preserva sua metodologia e independência.
• Neste modo não é obrigatória a cooperação entre disciplinas, porém exige-se coordenação.

Entende-se por interdisciplinar

• Convergência de duas ou mais áreas do conhecimento, que contribua para o avanço das fronteiras da ciência e da tecnologia,transferência de métodos de uma área para outra, gerando novos conhecimentos ou disciplinas. (PHILIPPI JR, 2013).

Conhecimento transdisciplinar

•É conhecimento resultante da coprodução de múltiplos atores que ultrapassam os muros da academia, nos setores público e privado.(FRODEMAN, Robert, 2013).

Exigência da interdisciplinaridade

• Novo profissional com perfil distinto dos existentes, com formação básica sólida e integradora. Esse modo exige cooperação e coordenação entre as disciplinas. (PHILIPPI JR, 2013).
Condições para a Prática Interdisciplinar

• Aspectos teóricos;
• Aspectos metodológicos;
• Aspectos organizacionais:
a) fator tempo;
b) constituição de equipe;
c) tamanho da equipe;
d) trabalho de coordenação e liderança de equipe;
e) busca de linguagem própria;
f) escrita interdisciplinar. (PHILIPPI JR, 2013).

Ex:
A construção das grandes catedrais só foi possível graças à colaboração de pedreiros, carpinteiros,ferreiros e vidreiros guiados pelos primeiros engenheiros que desenvolveram os instrumentos conceituais matemáticos para calcular a interação certa das forças que iam permitir ao edifício permanecer erguido durante séculos. (RAYNAUT,2014) .

• A “descoberta” do Brasil por Cabral, em 1500, foi possibilitada pelo projeto lançado, um século antes, por Dom Henrique, o Navegante, para dotar Portugal dos conhecimentos necessários para atingir o subcontinente Índio pelo mar. Ele atraiu sábios, cartógrafos e astrônomos, oriundos de toda a bacia mediterrânea, fundando, assim, o que foi chamado depois a “Escola de Sagres”.(RAYNAUT, 2014).
• Novas realidades...
Contextos exigentes: novas perguntas e novas respostas
•Emergência de novas profissões;
• Novos problemas que requerem domínio de diversos conhecimentos;
• Compromisso social e cooperação com o setor industrial;
• Cooperação Nacional e Internacional;
• Modelagem matemática e computacional;
• Novas abordagens genéticas e moleculares...
Desafios

• Reconstrução radical dos quadros de pensamento;
• Novos modos de produção e transmissão do conhecimento;
• Opera-se hoje uma interação circular entre ciência e técnica; novas materialidades;
• Interação entre material e imaterial, com projetos e desejos humanos. Ex: Nanotecnologias, reprodução em laboratório, tecnologia contra poluição, para alimentos.

Uma realidade complexa e híbrida exige:

1. Uma reconstrução teórica e metodológica permanente (física nuclear, genética, astrofísica);
2. Considerar a “antropização” do mundo material e vice versa;
3. A oposição clássica entre indivíduo e sociedade,natureza e cultura se dilui;
4. Olhar questões conceituais, desafios metodológicos para a relação com os “objetos” e suas conseqüências à formação do pensamento e da pesquisa;

“A fronteira é permeável entre a ferramenta e o mito, instrumento e conceito, sistemas históricos de relações sociais e anatomias históricas de corpos possíveis, inclusive objetos de conhecimento”. (HARAWAY,1991).

Novos conhecimentos

Características comuns às formas mais exitosas de interdisciplinaridade: associar disciplinas que tratam das dimensões materiais da realidade (físico, químicas, mecânicas, biológicas);
•Muitos progressos foram conseguidos nestes domínios de produção do conhecimento.(RAYNAUT, 2014).

Obstáculos

Os obstáculos crescem e os sucessos são mais raros quando as disciplinas humanas e sociais entram na colaboração;
O problema central: barreiras são mais sociais,históricas, políticas e psicológicas do que epistêmicas;
Existem muitos obstáculos institucionais,organizacionais, bem como rivalidades de prestígio e de poder.

• A questão da produção e da circulação do sentido é central para as ciências humanas
•O sentido é a “matéria imaterial” sobre a qual trabalham. (RAYNAUT, 2014).

Existem desafios intelectuais de ambos os lados ...

•Para pensar, emitir ideias, fazer projetos, o Ser humano depende do funcionamento de seu cérebro, enquanto sistema biofísico.
•Para permanecer, qualquer sociedade tem que manter as bases materiais de sua reprodução física e demográfica, mas também seus sentidos;

Como fazer?
Segundo RAYNAUT (2014).

É necessário respeito mútuo ;
Admitir as relações entre sentidos e dimensões materiais e imateriais;

•As ciências da materialidade devem aceitar a ideia que o domínio de realidade que estudam as ciências humanas, por intangível que seja, é tão objetivo (determinante na história) como os fatos materiais.

Do lado das ciências da matéria: Reconhecer que as ideias, as instituições sociais, os afetos possuem seu nível intrínseco de existência.
Interagem entre si, constituem objetos de estudo em si, sem que seja necessário chamar pela biologia ou a física para explicar e entender tais interações.
• Existe uma ordem de causalidade que não implica na intervenção de fatos materiais.

Como colocar a interdisciplinaridade em prática?

A prática interdisciplinar não é dada pela simples aproximação de especialistas diferentes. Ela se constrói metodicamente.
• A colaboração entre as tecnociências e as ciências humanas é mais do que nunca imprescindível.
• As diferenças, reconhecidas e respeitadas, são fonte de riqueza para um diálogo científico.

Tipos de interdisciplinaridade

• Uma interdisciplinaridade de proximidade (geografia, história, sociologia, antropologia,arqueologia, psicologia, letras, economia,estatística).
•Ou um esforço de aproximação de disciplinas distantes? Fator pungente de inovação (biologia,informática, ciências cognitivas, nanotecnologias).
Como colocar para conversar distâncias entre...

•Engenharias, construção, saneamento medicina
•Economia
•Psicologia ?

AULA 6 - A base de uma pesquisa científica

A Ciência Empírica

Se baseia em evidências empíricas, ou seja, em fatos (base factual) que existem no mundo. Essas evidências devem ser aceitas por outros cientistas,bem como as conclusões expressas a partir delas.

A base de uma pesquisa científica

Como a motivação é fundamental para a aprendizagem (Silva, 2005), o melhor desempenho dos alunos da classe A decorre dos estímulos motivacionais dados pelo professor antes da aula.

Quem usa o método científico?

Cientista
Mecânico
Eletricista
Produtor rural
Médico
Psicólogo
Dentista
Advogado
Etc.
Características do conhecimento científico

Base Empírica
Provisório
Explicativo
Lógico

AULA 7  - Como encontrar problemas pertinentes para pesquisa?

Pergunta -- Objetivo
Leituras diversas
Conversas diversas
Vasta leitura sobre o tema
Experiências com o tema
Pensamento ousado(pense fora da casinha)
(faça o que a média não faz)

O QUE ESTUDAMOS?

Variáveis: são os elementos do mundo e que podemos estudar pela abordagem empírica.
Exemplos: aprendizagem, atenção, desempenho,motivação, idade, gênero, classe social, nível econômico, agressividade, estresse, resistência,dureza, coerção, velocidade, etc.
Classificação das Variáveis

TEÓRICA              OPERACIONAL

Diabetes                O que registrar?

Diabetes                Glicose no sangue
Aprendizagem        Notas

Satisfação               Palavras (= prazer)

IMPORTÂNCIA DA PERGUNTA E DO OBJETIVO

Qual é a assiduidade dos brasileiros no ensino médio público?
Como aumentar a assiduidade dos brasileiros no ensino médio público?

IMPORTÂNCIA DA HIPÓTESE

Como aumentar a assiduidade dos brasileiros no ensino médio público?
HIPÓTESE é uma resposta provisória a uma pergunta e que ainda não foi testada.
EXEMPLO: aulas baseadas em jogos atraem mais os alunos.
Perguntas sobre as variáveis
Variáveis: A e B - perguntas possíveis
Descrever A e descrever B?
A indica B; ou vice-versa? (A ~ B)
A afeta B? (A - B)
B afeta A? (B - A)

Perguntas sobre as variáveis

Variável A (motivação em aulas de matemática)
Qual é o perfil dessa motivação?
Que variáveis afetam essa motivação?
O que essa motivação afeta?
Como essa motivação se desenvolve nos alunos?

Tipos Lógicos de Pesquisa

DESCRITIVA – Caracteriza (descreve) a variável
DE ASSOCIAÇÃO – Testa relação entre duas ou mais variáveis
A ~ B: associação sem interferência entre elas
A afeta B: associação com interferência entre A e B

AULA 8 – Como estabelecer objetivos de pesquisa

Tipos Lógicos de Pesquisa

Use os conceitos vistos na aula nº7
DESCRITIVA – Caracteriza (descreve) a variável
DE ASSOCIAÇÃO – Testa relação entre duas ou mais variáveis
A ~ B: associação sem interferência entre elas
A afeta B: associação com interferência entre A e B
COMO REDIGIR?

Transmita ao leitor,de forma inequívoca, sua intenção lógica

PESQUISA DESCRITIVA

Descrever...
Caracterizar...
Identificar a composição de...
Apresentar a opinião de... sobre...
Mostrar (relatar) a distribuição de...
Etc.
PESQUISAS COM HIPÓTESE
SEM INTERFERÊNCIA ENTRE AS VARIÁVEIS
Avaliar se A está associado a B
Testar se A é um indicador (preditor) de B
Analisar se há correlação entre A e B
Hipóteses

Avaliar se A está associado a B
Testar se A é um indicador (preditor) de B
Analisar se há correlação entre A e B
Avaliar se A afeta B
Testar se A melhora o desempenho de B
Analisar se A depende de B

A LÓGICA DOS OBJETIVOS NUM PROJETO

Se você tem hipótese, o projeto deve testá-la.
Se é uma descrição, o projeto deve descrever.
PORTANTO,
todo projeto deve atingir seu objetivo!

CUIDADOS

O OBJETIVO deve ser objetivo
Dar DIREÇÃO ao leitor e a você próprio
NÃO USE palavras vagas, imprecisas
PALAVRAS VAGAS :Compreender, Discutir, Interpretar, Criticar, Debater, Apreciar, Escolher, Julgar,Contribuir

VERDADES: Confirmar, Provar,Demonstrar
METODOLOGIA: Analisar, Comparar, Criticar, Debater, Aplicar, Usar, Praticar, Manipular

ATENÇÃO
A pesquisa científica deve produzir conhecimento novo

O LOCAL DO ESTUDO raramente estará no objetivo

OBJETIVOS GERAIS E OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Caso 1

GERAL: variáveis teóricas

ESPECÍFICO: variáveis operacionais

EXEMPLO DO CASO 1

Testar se a insônia prejudica desempenho escolar

GERAL

Testar se a insônia prejudica desempenho escolar

• Horas dormidas
• Nota nas provas

• Vezes que acorda
• Assiduidade

ESPECÍFICOS

Testar se os que menos dormem têm as menores notas.
Avaliar se os que menos dormem são menos assíduos.
Verificar se os que acordam mais à noite têm piores notas.
Testar se os que acordam mais à noite são menos assíduos.

PENSE CLARO,
ESCREVA CLARO!

AULA  09 - O projeto de pesquisa:importância e estrutura básica

PERGUNTAS BÁSICAS AO JULGAR UM PROJETO DE PESQUISA

O problema no qual se insere a pesquisa é relevante?
O objetivo é uma proposta que merece investimento?
O problema no qual se insere a pesquisa é relevante?
O objetivo é uma proposta que merece investimento?
O objetivo será alcançado com a metodologia proposta?
O projeto é a estruturação de nosso planejamento

QUAL A ESTRUTURA DO PROJETO?

O projeto é a estruturação de nosso planejamento

TÍTULO
AUTORES
RESUMO
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS

PROJETO COMEÇA COM UMA PERGUNTA

1 – Leia artigos recentes e interessantes em literatura de bom nível num tema de seu interesse.
2 – Nessas leituras, elabore questões que lhe pareçam  pertinentes em relação ao tema.
3 – Escolha a pergunta que lhe parecer mais promissora.
4 – Faça uma revisão da literatura para ver se a pergunta que escolheu é mesmo original.
5 – Se detectar que sua pergunta já está respondida na literatura, crie outra pergunta (mas agora já terá melhor embasamento para isso).

Tipos Lógicos de Pesquisa

DESCRITIVA – Caracteriza (descreve) variável(is)
DE ASSOCIAÇÃO – Testa relação entre duas ou mais variáveis
A ~ B: associação sem interferência
A afeta B: associação com interferência
QUAL A ESTRUTURA DO PROJETO?

ATENÇÃO – problema (pergunta) – justificativa – objetivo – introdução- metodologia – coerência lógica absoluta

TÍTULO
Curto
Dirigido à Pergunta ou ao Objetivo da pesquisa
Use palavras de fácil entendimento
Seja coerente com o conteúdo do trabalho
Prefira variáveis teóricas
Nunca engane o leitor

AUTORES
QUEM É AUTOR DO TRABALHO?
São necessárias as duas participações abaixo
Idealizar a pesquisa
+
Elaborar as principais conclusões

RESUMO
FOQUE NO NECESSÁRIO – seja breve!
(deixe claro qual é o diferencial de seu projeto)
Mostre a pergunta (e sua relevância) a ser respondida
Mostre seu objetivo (se necessário, fundamente)
Apresente o delineamento do estudo
(reforce a novidade metodológica, se houver)

INTRODUÇÃO
Qual a questão investigada (porque é interessante e importante)
Qual o objetivo do projeto (porque é inovador nessa questão)
Em síntese
A Introdução ajuda o leitor a entender a essência da proposta contida no projeto

METODOLOGIA

Como a pesquisa foi desenvolvida:
1. Sujeito da Pesquisa
2. Planejamento Intelectual (Delineamento)
3. Procedimentos Específicos (receita de bolo)
4. Formas de Análise dos Dados

CRONOGRAMA

Atividades                             1o Sem  2o Sem  3o Sem
Montagem da Pesquisa           X
Coleta de dados                       X           X
Análise dos dados                                  X              X
Redação do texto                                                    X

REFERÊNCIAS

Descreva pelas normas solicitadas apenas as referências
Use apenas referência de bom nível.
Certifique-se que leu toda referência citadas.
Garanta que a referência guie o leitor à obra citada.

CUIDADO

PLÁGIO é CRIME – não copie texto publicado (seu ou de outro autor); reescreva com suas palavras e cite o trabalho onde está essa informação.
PLÁGIO é CRIME – se for essencial usar as palavras do autor, coloque esse trecho entre aspas e cite o trabalho onde aparece esse trecho.

AULA 10 - O projeto de pesquisa:como fazer uma Introdução

PERGUNTAS BÁSICAS AO JULGAR UM PROJETO DE PESQUISA

O problema no qual se insere a pesquisa é relevante?
O objetivo é uma proposta que merece atenção?

ESTRUTURA DA INTRODUÇÃO

A Introdução é a apresentação do projeto ao leitor

Tipos de Pesquisa :
1. Descritiva
2. Hipótese de Associação
3. Hipótese de Interferência

QUAL A ESTRUTURA DO PROJETO?

INTRODUÇÃO
Qual a questão investigada (porque é interessante e importante)
Qual o objetivo do projeto (porque é inovador nessa questão)
Em síntese
A Introdução ajuda o leitor a entender a essência da proposta contida no projeto

INTRODUÇÃO pesquisa descritiva
Não basta dizer que ainda não foi descrito
DIGA por que é importante descrever essa variável?
Necessidade da descrição
Novidade metodológica
Novidade de contexto

INTRODUÇÃO pesquisa de associação sem interferência
Questão que origina a pesquisa
Como essa associação ajuda nessa questão?
Por que espera associação (sem interferência)?

INTRODUÇÃO pesquisa de associação com interferência

Questão de origem da pesquisa
Por que imagina que essa variável terá esse efeito?
Como essa interferência ajuda a responder á questão inicial?

Certifique-se de suas justificativas

Pesquisa sem hipótese (descritiva)

Necessidade de descrever X
Importância da técnica de descrição
Importância da condição diferencial de X
Objetivo: descrever X

Pesquisa com hipótese de associação

Mostrar a importância de se encontrar variáveis associadas a determinada variável X
Mostrar porque a variável escolhida é possível de estar associada a outra variável X
Objetivo: Avaliar se essa variável indica X

Pesquisa com hipótese de interferência

Por que conhecer variáveis que afetem a variável X?
Por que espera que essa variável afete a variável X?
Objetivo: Avaliar se essa variável afeta X

EXEMPLOS – Estrutura da Introdução

Descrever o perfil de ansiedade, frustração e depressão de alunos do ensino médio público brasileiro.
Testar se o uso cotidiano da internet reduz no indivíduo o desejo por conhecimentos mais profundos.

AULA  11 - O projeto de pesquisa:como estruturar a metodologia
No projeto escrevo no futuro e no estudo no passado

PERGUNTAS BÁSICAS AO JULGAR UM PROJETO DE PESQUISA

O objetivo será alcançado com a metodologia proposta?


QUAL A ESTRUTURA DO PROJETO?
O projeto é a estruturação de nosso planejamento
TÍTULO
AUTORES
RESUMO
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS

Tipos Lógicos de Pesquisa

DESCRITIVA – Caracteriza (descreve) variável(is)
DE ASSOCIAÇÃO – Testa relação entre duas ou mais variáveis (hipótese)

A ~ B: associação sem interferência
A afeta B: associação com interferência

DELINEAMENTO: Pesquisa Descritiva

Informe:
Método de amostragem e N amostral
Técnicas de coleta dos dados

DELINEAMENTO: Pesquisa de Interferência
(planejamento intelectual da pesquisa)

Informe:
Grupos a serem comparados (tratamentos)
Caracterize bem a variável independente (adultos, mulheres, etc)
Método de amostragem e N de cada grupo( qtas pessoas)
Faça um desenho se a proposta é complexa
Técnicas de coleta dos dados (o que os pesquisados pensam)
Como prevê analisar esses dados

ATENÇÃO

PROBLEMA (PERGUNTA)
JUSTIFICATIVA
OBJETIVO
DELINEAMENTO
Coerência lógica absoluta

AULA  12 - Preparando-se para a pesquisa:Noções sobre a coleta de dados

IMPORTÂNCIA DOS DADOS PARA A CIÊNCIA

A CIÊNCIA É BASEADA EM EVIDÊNCIAS (RESULTADOS) QUE PODEM SER ALCANÇADAS TAMBÉM POR OUTROS CIENTISTAS
CLASSES DE DADOS

DEPENDEM DAS VARIÁVEIS OPERACIONAIS QUE ESCOLHEMOS
RESULTADOS: QUANTITATIVOS(números),QUALITATIVOS(palavras, sons, cores, desenhos etc.)
QUANTITATIVOS Exigem Estatística
QUALITATIVOS    Ex. Análise de conteúdo

TÉCNICAS

QUANTITATIVAS Fidedignas Precisas Exatas
QUALITATIVOS   Fidedignas Precisas Exatas

PROBLEMAS NA COLETA OU INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

SUBJETIVIDADE
Resolva com um “estudo cego”
Não colete dados sabendo o que espera deles
Evite ao máximo que sua intenção veja o que deseja ver

SUBJETIVIDADE: Na pesquisa qualitativa este risco é maior!

Max Planck nos disse...

O cientista não é o mais honesto dos homens, mas a ciência dá um alto prêmio à honestidade.

AULA 13 - Formas de trabalhos científicos


CARACTERÍSTICA DE UM TRABALHO CIENTÍFICO

Com base na metodologia científica, ele apresenta, no mínimo, uma conclusão original
Sua qualidade não depende da extensão do texto nem do número de conclusões.
Sua qualidade não depende da extensão do texto nem do número de conclusões.
Ela depende da qualidade da fundamentação e da conclusão.
TIPOS DE PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS

Livros ou capítulos
Artigos
Artigos completos (full papers)
Artigos de revisão (review papers)
Artigos curtos (short communications)
Literatura Cinza (gray literature)
Resumos em congresso

(completo ou expandido)
TCC – trabalho de conclusão de curso
Monografias
Dissertações
Teses

AULA 14 - Base fundamental para a boa escrita
HÁ UM ESTILO CIENTÍFICO INTERNACIONAL

O estilo não depende de área; os vícios e costumes sim.

Linguagem Impessoal
Admite que a conclusão não depende da pessoa, apenas dos dados. Isso é ciência ultrapassada.

Linguagem Pessoal

Admite que a conclusão depende de como a pessoa enxerga os dados. É a linguagem usada nas revistas científicas de alto nível internacional.

HÁ UM ESTILO CIENTÍFICO SINTÉTICO

A reação causou uma redução na atividade...
A reação reduziu a atividade...
HÁ UM ESTILO CIENTÍFICO SINTÉTICO

A moça deu uma corrida até adentrar na casa de moradia de Eulálio.
A moça correu até entrar na casa de Eulálio.

É bem estabelecido que poças de água aceleram a expansão da dengue.

Poças de água aceleram a expansão da dengue.

O objetivo do presente estudo foi testar...

Aqui testamos se...

FRASES VAZIAS

As conclusões foram baseadas nos dados do presente estudo.

Enfatizamos que se façam investigações também em outros contextos.

Este estudo visa contribuir para o conhecimento na área de...

DIRETO

As metodologias de ensino foram aperfeiçoadas pelos alunos.

Os alunos aperfeiçoaram as metodologias de ensino.
SUJEITO + VERBO (ação) + COMPLEMENTO

OBJETIVO

Os alunos são altos.

Os alunos têm estatura superior a 1,80 m.

Os alunos têm estatura média de 1,87 ± 0,02 m.

SIMPLES

Vários estudos corroboram que os peixes são sencientes.

Vários estudos sustentam que os peixes são conscientes de sofrimento.

FUNDAMENTADO

É importante as crianças terem contato com a natureza.

É importante as crianças terem contato com a natureza,pois esse contato estimula a criatividade (Silva, 2014).

CONSTRUÇÃO DE PARÁGRAFOS

Não construa parágrafo com apenas uma frase.

Considere o parágrafo como um conjunto de frases conectadas para defender UMA ideia.

Antes de escrever o parágrafo, tenha bem claro que ideia pretende apresentar com ele.

SUGESTÃO

Coloque a ideia central do parágrafo na primeira frase.
Nas frases seguintes, inclua informações que demonstrem que essa ideia central é válida.

EXEMPLO

O papel da saúde bucal na origem da doença cardiovascular tem recebido considerável atenção. A doença periodontal é um processo inflamatório crônico e complexo, resultando na perda de tecido conectivo e sustentação óssea dos dentes. É a principal causa de perda de dentes em adultos acima de 40 anos. De acordo com a OMS afeta pessoas no mundo todo, com prevalência de até 10% a 20%...
Adaptado de Britsh Medical Journal 2010, 340: c2451.

ORGANIZE CADA TÓPICO DO TEXTO ANTES DE REDIGÍ-LO

FAÇO UM OUTLINE

1a ideia          1a parágrafo

2a ideia           2a parágrafo

3a ideia            3a parágrafo

4a ideia           4a parágrafo


Etc.                   Etc.

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