terça-feira, 20 de outubro de 2015

Processos de Avaliação - 2ª Semana

3. Avaliação da aprendizagem

Apresentar retrospectiva histórica dos principais marcos interpretativos presentes nos estudos sobre avaliação da aprendizagem, relacionando-os com prescrições presentes na legislação educacional.
Profª. Drª. Sandra Zákia Sousa





Propósito: Apresentar retrospectiva histórica dos principais marcos interpretativos presentes nos estudos sobre avaliação da aprendizagem desenvolvidos no Brasil, relacionando-os com prescrições presentes na legislação educacional.

Ênfases presentes na pesquisa no Brasil:

  • A partir da década de 1930 = enfoque psicológico;
  • Meados de 1950 = meados de 1960 = enfoque sociológico;
  • Meados da década de 1960/anos finais de 1970 = privilegiados estudos na natureza econômica, inspirados na teoria do capital humano. 
Trajetória teórica das décadas de 30 a 70: passagem de uma concepção de avaliação enquanto mensuração, por meio de testes voltados para a medida de habilidades e aptidões dos alunos para uma concepção voltada para a dimensão tecnológica da avaliação, com ênfase em seu caráter cientificista e nos métodos e procedimentos operacionais. Tais concepções, no entanto, não operam um ruptura entre si, alinham-se na busca da eficiência da avaliação.
  • A partir dos anos de 1980 - perspectiva sociológica, valorização do conhecimento sobre o funcionamento interno da escola, como tem sido praticada a avaliação escolar, o que tem sido avaliado e para que se faz avaliação. 
Críticas às práticas dominantes e ênfase na perspectiva formativa da avaliação.
  • A partir dos anos de 1990 - ênfase nas avaliação externas e em larga escala - repercussões no currículo escolar e, em consequência, na avaliação d aprendizagem.
Avaliação da aprendizagem na legislação educacional brasileira: alguns destaques.


Anos 1930 a 1950
  • Avaliação é tratada como procedimento de medida, de atribuição de nota dos alunos, em razão de seu desempenho em provas e exames.
  • Tem como finalidade a classificação do aluno de acordo com o nível de aproveitamento apresentado nas diversas disciplinas, tendo em vista a seleção daqueles com condições de prosseguir ou concluir os estudos.
  • Princípios: 
  1. Inflexibilidade - não consideração a qualquer variável que possa ter interferindo na nota obtida.
  2. Imparcialidade: nos procedimentos de julgamento das provas parciais e finais.
  3. A tarefa de avaliar é exclusiva do professor, prevendo-se a presença de avaliador externo nas avaliações finais.
Anos 1960 ( Lei 4024, em 20 de dezembro de 1961)

  • Verificação da aprendizagem de maneira continua e cumulativa, ao longo do ano letivo.
  • Princípios:
  1. Continuidade: compatibilidade com o trabalho realizado e necessidade de análise do resultados de desempenho do aluno de modo compreensivo.
  2. Para aferição do desenvolvimento do aluno devem ser utilizados, além dos exames e provas, outros processos de avaliação da aprendizagem, que professor adota em face da experiência pedagógica e do conhecimento científico na matéria.
  3. O responsável pela avaliação do aluno é o professor, embora, no momento do juízo definitivo seja acompanhado por uma comissão examinadora.

A partir dos 1970 (Lei 5692, de 11 de agosto de 1971; lei 9394 de 1996)

  • Entendida como verificação do rendimento escolar, compreendendo a dimensão do aproveitamento dos alunos e a apuração da assiduidade.
  • Pelo parecer n 360/74 do conselho federal de educação, pode-se depreender a ênfase na avaliação como um processo que visa a acompanhar alcance dos objetivos propostos, tendo como referência as metas educacionais estabelecidas, devendo servir à aprendizagem dos alunos.
  • Fornece dados para apoiar a decisão quanto à promoção ou retenção do aluno, assim como para o replanejamento do trabalho.
  • Princípios:
  1. Continuidade, busca romper a vinculação com provas e exames periódicos, pois deverão preponderar os resultados obtidos durante o período letivo sobre os da prova final, caso esta seja exigida.
  2. Amplitude, desejabilidade de que sejam avaliados o desenvolvimento cognitivo afetivo e psicomotor.
  3. Compatibilidade com os objetivos propostos, o que se avalia é determinado pelos objetivos definidos, os quais expressam as mudanças de comportamento esperadas.
  4. Preponderância dos aspectos qualitativos sobre quantitativos.
  5. Cabe ao professor decidir sobre os procedimentos e instrumentos a serem utilizados.



4. Concepções e práticas avaliativas

Analisar concepções e práticas avaliativas, dominantes em contextos escolares, com vistas a apreciar suas implicações para os processos de ensino e de aprendizagem.
Profª. Drª. Sandra Zákia Sousa







Avaliação da aprendizagem: tendências


  • Avaliação x Medida
  • Aprendizagem x Notas
  • Função classificatória
  • Controle e adaptação de condutas educacionais e sociais 

Desafio = servir a outras finalidades
  • Diagnosticar(desenvolvimento);
  • Retroinformar ;
  • Favorecer o desenvolvimento individual, inclusão e não exclusão escolar.


Projeto educacional = ponto de partida e de chegada da avaliação
  • Qual é o nosso projeto educacional?
  • Quais os princípios que devem orientar a organização do trabalho escolar?
  • Qual é o nosso compromisso com os alunos desta escola, e para além destes, com a construção de uma escola de qualidade?
  • O que entendemos por qualidade?

Nenhum comentário:

Postar um comentário