Políticas Públicas para Educação - 6ª Semana
Educação superior (parte 2)
Apresentação de dados relativos ao ensino superior brasileiro e as iniciativas envolvendo produção e disseminação do conhecimento.
Profº. Drº. Angelo Luiz Cortelazzo
https://www.youtube.com/watch?v=U2e9YSszjXE
Fundo de financiamento estudantil (FIES): programa do ministério da educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas.
Em 2012, 441.558 estudantes foram beneficiados no país.
Programa universidade para todos (PROUNI): concede bolsas de estudo integrais e parciais em instituições de ensino superior privadas. Criado em 2004, é dirigido aos estudantes com renda familiar per capita máxima de três salários mínimos.
Em 2012, 107.681 estudantes foram beneficiados no país.
Algumas considerações:
É necessário desenvolver um método de ensino em que os professores lecionem menos, para que os alunos possam aprender mais.(Jean Amous Comenius, 1592 - 1670) Educação a distância (EAD): Concepçãp de educação ultrapassa os limites geográficos, de tempo e/ou de espaço consagrados na educação escolar presencial.No Brasil regulamentado a partir de 2005.
Experiências internacionais:
Experiência Brasileira:
Programas de financiamento do MEC
Fundo de financiamento estudantil (FIES): programa do ministério da educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas.
Em 2012, 441.558 estudantes foram beneficiados no país.
Programa universidade para todos (PROUNI): concede bolsas de estudo integrais e parciais em instituições de ensino superior privadas. Criado em 2004, é dirigido aos estudantes com renda familiar per capita máxima de três salários mínimos.
Em 2012, 107.681 estudantes foram beneficiados no país.
Algumas considerações:
- Modelos de financiamento e estruturação de cursos tradicionais, dão sinais de saturação;
- Uso de tecnologias de informação e comunicação se impõem, mesmo em cursos tradicionais;
- Alunos do século XXI apresentam características diferentes, decorrentes do avanço tecnológico do mundo.
É necessário desenvolver um método de ensino em que os professores lecionem menos, para que os alunos possam aprender mais.(Jean Amous Comenius, 1592 - 1670) Educação a distância (EAD): Concepçãp de educação ultrapassa os limites geográficos, de tempo e/ou de espaço consagrados na educação escolar presencial.No Brasil regulamentado a partir de 2005.
Experiências internacionais:
- Universidades virtuais resultantes de ação consorciada;
Universidade virtual de Pays de La Loire (França) - 1999 - 64 mil alunos.
- Universidades Virtuais Isoladas;
Universidade de Catalunha (Espanha) - 1994 - 61 mil alunos.
Open University (Inglaterra)- 1969 -260 mil alunos
- Universidades virtuais como parte de instituições existentes;
Universidade Virtual do Instituto tecnológico de Monterrey (México) - 1943/1989 - 125 mil alunos
Télé Université Quebec (Canadá) - 1968/1972 - 20 mil alunos
Experiência Brasileira:
- Consórcio Cederj/Cecierrj - 2000
- Sistema universidade aberta do Brasil (UAB) - 2005
- Universidade virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP)
Programa UNIVESP:
- Criado em 2008 - Decreto 53.536/2008;
- Mais de 15.000 vagas oferecidas:
- Pedagogia;
- Licenciatura em ciências;
- Tecnologia em processos gerenciais;
- Especialização em Ética, valores e cidadania na escola, especialização em Ética, valores e saúde na escola;
- Inglês e espanhol;
Breve histórico:
- Criação da UNIVESP - lei 14.836, de 20/06/2012;
- Credenciamento - portaria CEE/GP nº 120/2013;
- Inserção no sistema e-MEC para credenciamento a partir de março de 2013;
- Inserção no sistema UAB-CAPES - portaria CAPES de 06/12/2013.
O que é a UNIVESP:
- Universidade pública estadual paulista;
- Uso intensivo de tecnologias na educação superior de qualidade.
Que universidade é esta:
- Estrutura corporativa e administrativa enxuta;
- Amplo alcance social e geográfico;
- A universidade vai até o aluno e o aluno vai até a universidade.
Parcerias: USP, UNESP, UNICAMP, Centro Paula Souza, Fundação Padre Anchieta e Universidade Aberta.
Desafios: Cumprir metas estabelecidas no Plano Estadual de Educação que for aprovado (contendo pelo menos as metas do PNE): 50 mil vagas na graduação até 2024.
Financiamento (parte 1)
Apresentação da estrutura de financiamento das políticas públicas brasileira, destacando os recursos voltados para a educação.
Profº. Drº Geraldo Di Geovanni
Profº. Drº Geraldo Di Geovanni
https://www.youtube.com/watch?v=chWq1vFo4iQ
O que é receita pública?
Receitas públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas.
Federais:
Problemas de distribuição e arrecadação: a questão da arrecadação dos Estados e Municípios:
Quem paga a conta?
O que é receita pública?Receitas públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas.
Quais são os impostos?
Federais: - IR - Imposto sobre a renda de qualquer natureza. No caso de salários, este imposto é descontado direto da fonte.
- IPI - imposto sobre produtos industrializados.
- IOF- imposto sobre operações financeiras (crédito, operações de câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários.
- ITR - imposto territorial rural (aplicado em propriedades rurais).
- ICMS - imposto sobre circulação de mercadorias e serviços.
- IPVA - imposto sobre propriedade de veículos automotores (carros, motos, caminhões).
- IPTU - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (sobre terrenos, apartamentos, casas, prédios comerciais).
- ITBI - imposto sobre transmissão inter vivos de bens e imóveis e de direitos reais a eles relativos.
- ISS - impostos sobre serviços.
De onde vem o dinheiro para a educação:
- Recursos vinculados pelo artigo 212 da CF de 1988: união 18%, estados e DF 25% e municípios 25%.
Problemas de distribuição e arrecadação: a questão da arrecadação dos Estados e Municípios:
- Diferença dos níveis de atividades econômicas regionais e locais - pauperismo municipal;
- Problemas de arrecadação;
- Como fazer diante das obrigações e normas constitucionais e da Lei de diretrizes e bases da educação nacional?
- Como resolver a questão da autonomia dos estados e municípios no contexto de federalismo brasileiro?
Financiamento (parte 2)
Apresentação da estrutura de financiamento das políticas públicas brasileira, destacando os recursos voltados para a educação.
Profº. Drº Geraldo Di Geovanni
Profº. Drº Geraldo Di Geovanni
https://www.youtube.com/watch?v=op_67id4SRo
FUNDEF/FUNDEB
1- FUNDEF, fundo de desenvolvimento do ensino fundamental e valorização do magistério. EC 14 de 1996 (início 1988);
2- A situação do ensino fundamental nos anos 1990
a) Imensa quantidades de crianças e jovens fora da escola;
b) Professores
c) Outras deficiências e problemas
PROPOSTA
RESULTADOS
FUNDEB
Fim da vigência do FUNDEF, o governo federal (Luis Inácio Lula da Silva) propôs uma ampliação do modelo para todo o ensino básico, alterando e denominação do fundo para FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Profissionais da Educação.
Diferenças
Resultados
FUNDEF/FUNDEB
1- FUNDEF, fundo de desenvolvimento do ensino fundamental e valorização do magistério. EC 14 de 1996 (início 1988);
2- A situação do ensino fundamental nos anos 1990
a) Imensa quantidades de crianças e jovens fora da escola;
- Faixa de 5 a 6 anos - 47%
- Faixa de 7 a 14 anos - 12%
- Faixa de 15 a 17 anos -38%
b) Professores
- 24% dos professores (262,5 mil) da educação infantil e no ciclo I eram leigos;
- Salários baixíssimos e desestimulantes.
c) Outras deficiências e problemas
- Disparidade regional muito acentuadas;
- Contradição com a legislação, municípios e regiões muito pobres com encargos constitucionais fora de seu alcance;
- Péssimos indicadores educacionais.
PROPOSTA
- Criação de um fundo dedicado à educação fundamental em termos de:
- 10 anos de vigência;
- Obrigação dos municípios de aplicarem 15% de seus recursos decorrentes de arrecadação própria ou transferências constitucionais no ensino fundamental;
- Os estados e o DF passam a ter a mesma obrigação num nível de 10%;
- As transferências da união para estados e municípios passa a ser feita por um valor fixo, mas reajustável, multiplicado pelo número de alunos matriculados nas redes públicas.
RESULTADOS
- Em vista do montante de recursos depender do número de alunos, os municípios ampliaram a oferta de vagas, o que levou a uma grande ampliação de matrículas;
- O mesmo ocorreu com os recursos para os estados;
- Inversão da lógica, a educação fundamental passa a ser vistas como fonte de recursos e não dispêndio;
- Ocorreu até 2007 uma forte municipalizarão do ensino fundamental, particularmente no ciclo I, pois passou a existir a possibilidade de construção de escolas, aquisição de materiais e manutenção das redes;
- Melhorias do salário docentes, pois pela normas, 60% dos recursos do FUNDEF foram destinadas a salários docentes.
FUNDEB
Fim da vigência do FUNDEF, o governo federal (Luis Inácio Lula da Silva) propôs uma ampliação do modelo para todo o ensino básico, alterando e denominação do fundo para FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Profissionais da Educação.
Diferenças
- Coeficiente de transferência passa de 15 para 20%, incluindo novas fontes de tributos com IPVA, ITR e ITCMD, pois houve uma ampliação do escopo da política, incluindo no modelo o ensino médio, a educação infantil e o ensino fundamental;
- Tem vigência até 2020;
- Mantém os princípios básicos da forma de financiamento;
- FUNDEF e FUNDEB formaram uma política que do ponto de vista do financiamento, significou um importante aporte de recursos para o processo educacional.
Resultados
- Apenas 5 anos de vigência, tempo curto para avaliação de uma política de tal monta;
- De 2007 para 2012, a porcentagem de crianças atendidas por creches: 0 a 3 anos, passou de 18,95% para 20%;
- A complementação da união para o FUNBEB, passou de 4,5% no seu primeiro ano para 9,72% em 2012.
Princípios normativos e governança democrática
Apresentação dos princípios normativos e as dimensões da governança para implementação de políticas públicas de qualidade.
Profº. Drº Geraldo Di Geovanni
Profº. Drº Geraldo Di Geovanni
https://www.youtube.com/watch?v=flVlroa9SVE
Qualidade da implementação:
Voz e responsabilização:
Qualidade regulatória:
Regras legais:
Sustentabilidade:
Princípios normativos:
- Legitimidade atributo do estado, existência de consenso na população que por si assegure adesão e obediência, sem coerção.
- Justiça: razoabilidade diante dos padrões sociais e culturais vigentes.
- Governabilidade: capacidade ou estoque de recursos legais ou políticos (por vezes inclui coerção) que permitam governar.
- Governança (democrática): capacidade ou estoque de recursos (legais/políticos/culturais/gestão) que permitam, com legitimidade, justiça e participação e controle sociais, a obtenção de resultados efetivos nas intervenções governamentais.
Dimensões da governança
Qualidade da implementação:
- Existência de população alvo definida ou clareza sobre o princípio de universidade;
- Definição da população coberta com benefício recebido em pontos do tempo (metas);
- Existência de critérios de elegibilidade da população alvo, grau de transparência da sua utilização (baixa, média e baixa),
- Escala de focalização na população alvo (baixa, média, alta);
- Existência de mecanismos de articulação das instâncias governamentais envolvidas.
Voz e responsabilização:
- Existência de mecanismos de controle externo do programa;
- Existência de estudos de avaliação de qualidade com população alvo;
- Existência de auditoria do programa, existência de ouvidoria ou mecanismo assemelhado circulada ao programa ou à instância implementadora;
- Mecanismos de responsabilização dos gestores;
- Mecanismos de participação social no programa.
- Existência de mecanismos de monitoramento e avaliação;
- Existência informações públicas sobre o programa;
- Existência estrutura de custos;
- Existência do perfil padronizado de despesas.
- Existência de vinculação a fontes de financiamento no orçamento público do país;
- Existência regularidade dos fluxos financeiros do programa;
- Existência de fundamentos legais ou normativos que sustentem a intervenção;
- Escala de adequação dos fundamentos legais ou normativos;
- Escala de regularidade dos fluxos financeiros do programa.
- Tempo de existência do programa;
- Qualificação da burocracia que implementa e do pessoal técnico envolvido;
- Existência de incentivos profissionais e financeiros para a obtenção de resultados;
- Existência de comunidade técnica associada à implementação do programa.
Situações desejáveis:
- Economicamente possível;
- Politicamente viável;
- Socialmente justa;
- Temporalmente sustentável
Nenhum comentário:
Postar um comentário