quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Leitura e produção de texto

Leitura e produção de texto - 1ª Semana



Concepção e língua e implicações para a produção textual


Profa. Dra. Silvia M. Gasparian Colello
Concepção de linguagem:
- Língua monológica - Pacote pronto estático, não prevê a relação com as pessoas.
- Língua dialógica -  É uma concepção que diz que:" A língua faz viver e que a língua vive."
A língua como uma dimensão constitutiva:















Quando há interação de comunicação, alguém que fala, responde, ouve argumentos em diferentes assuntos e vai gerando seu processo de consciência se constituindo um ser social.
Estamos o tempo todo nos posicionando e isso impõe responsabilidades sobre nossos atos e sobre o que dizemos.
A língua muda conforme o tempo, região (gírias) e contexto, uma palavra pode ter árias definições.
Concepção dialógica, nasceu de um linguista russo chamado Bakhtin, ele trouxe uma enorme contribuição na linguagem com ênfase na interação.
Produção textual: a tensão entre a palavra neutra, a palavra do outro e a minha palavra.
- Palavra neutra - a palavra como é compreendida.
- Palavra do outro - discursos que eu ouvi.
- Minha palavra - como eu resgato, filtro para minha produção.


















Paradoxo linguístico: 
- Sistema aberto: toda a possibilidade de criar, fazendo inúmeras conexão.
- Sistema fechado: tem normas e regras ortográficas e gramaticais.


Letramento e analfabetismo social
Profa. Dra. Silvia M. Gasparian Colello

Alfabetização:é a ação de ensinar ou aprender a ler e escrever.
Letramento: Segundo Magda Soares, que criou esse conceito na década de 90, é o estado ou condição de quem não sabe apenas ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita. Ou seja, um usuário da língua escrita, prática social,sabe ler e compreender um contrato, escrever um bilhete.
Como convivem essas facetas?
- Alfabetizado letrado - é aquele que conhece o sistema e faz uso dele.
- Não alfabetizado e pouco letrado - não está alfabetizado, conhece pouco o sistema e não faz uso.
- Letrado e pouco alfabetizado - conhece pouco o funcionamento do sistema mas não é alfabetizado.
- Alfabetizado e pouco letrado - conhece pouco o sistema, mas não sabe encaixar o uso.
Com exceção do primeiro item, os outros são considerados analfabetismo social, ou seja, não conseguem interpretar um texto ou efetuar uma simples operação de matemática.

 Houve um aumento da população funcionalmente alfabetizada de 61%(2001) para 73%(2011).
Da população brasileira, apenas 25% pode ser considerada um leitor pleno (aquele que consegue ler um livro e entender o que leu).
Alexandre Garcia disse " Sem alfabetização não há salvação".


A leitura para além da codificação

Profa. Dra. Silvia M. Gasparian Colello

"A leitura do mundo precede a leitura das palavras." Dito por Paulo Freire, significa que o entendimento da realidade nos leva a escrever.
Todo texto tem uma estrutura aparente ( as palavras) e uma estrutura profunda (significado) e que diz respeito a construção (ideia) do leitor.
Exemplos:
Pé de pai pede Lupo.
A ideia é um jogo de palavras que sugestiona que o pai está pedindo Lupo.
Fisk, todo mundo fala bem.
Um jogo com duas interpretações: A que todo mundo fala bem das escolas Fisk ou quem é aluno das escolas Fisk, fala bem o o idioma. Uma única estrutura aparente e várias profundas. 



Competências de leitura

Profa. Dra. Silvia M. Gasparian Colello

A atividade de ler é muito complexa e com muitas relações.Em quanto lemos fazemos uma associação na recuperação do sentido e na construção do significado.
Uma síntese da competência de leitura;
·         Reconhecer a língua e ler para além dela;
·         Discriminas símbolos;
·         Conhecer o código;
·         Prever e dialogar com os sentidos, lidar com ambiguidades;
·         Antecipar e conferir informações;
·         Articular informações internas do texto;
·         Relacionar informações com outros saberes;
·         Relacionar informações com discursos e valores do contexto social
·         Construir significados, buscar informações e encontrar respostas.
Todos os itens estão articulados e relacionando de várias formas.


 Leitura e produção de texto - 2ª Semana


Língua Portuguesa ou Língua brasileira?

Prof. Dr. Gabriel Perissé
Quando fomos colonizados pelos portugueses  já existiam várias línguas ,brasileiras, além do tupi guarani.
Portugal decretou que a língua oficial do Brasil fosse o Português,só que com o passar do tempo houve influências das línguas indígenas e depois africanas e também as de origem imigratórias como italiano, alemão, espanhol, japonês.
Quanto a definição da língua ser portuguesa ou brasileira, há uma discordância entre os estudiosos, pois se avaliarmos pela estrutura, os dois idiomas são parecidos e com possibilidades de compreensão, mesmo tendo grande diferença entre eles. Já culturalmente podemos dizer que temos uma língua brasileira autônoma.
Esse assunto é bem polêmico, além da diferença da língua portuguesa, no nosso país ainda há vários dialetos entre as regiões.

Gramática e vida

Prof. Dr. Gabriel Perissé

Gramática normativa: a forma  rígida, técnica,correta de como escrever.
Gramática "oral":uma outra concepção, não o que é certo ou errado e sim como o falante se expressa. É necessário que todos saibam a língua padrão, mas o que mais importante é sermos comunicadores eficiente de acordo com o nosso ouvinte.

As regras da nova ortografia

Prof. Dr. Gabriel Perissé

A Academia brasileira de letra, governo brasileiro, academia de ciências de Lisboa, o governo de Portugal, e também os países de comunidade lusófonas, reuniram e criaram um novo acordo ortográfico. Houve durante o século XX, várias outras tentativas de acordo que não deram certo por hábitos de cada país. Mesmo havendo o desejo de padronização, sempre haverá exceções.


A Declaração Universal dos Direitos Linguísticos

Prof. Dr. Gabriel Perissé

 A Declaração Universal dos Direitos Linguísticos ou Declaração de Barcelona, trata do direito dos falantes.










Comunidade linguística são comunidades que falam outras línguas, como por exemplo, no Brasil há comunidades que falam italiano, alemão, indígena. Essa declaração defende a ideia de que um país não tem apenas um idioma.Tem um idioma oficial e diversas comunidades linguísticas que tem seus direitos de manifestar sua cultura e sua identidade.








A pessoa tem o direito, por exemplo, de ter o seu nome escrito e falado corretamente de acordo com sua linguística.








A comunidade tem o direito de ensinar sua própria língua preservando assim sua cultura.









Quando a declaração é usada é pensando na comunidade minoritária, para que tenha seu patrimônio linguístico  e cultural preservado.

 







A escola deve não só preservar um idioma como também ensinar outra língua.










É importante que os idiomas sejam falados e também escritos.
Deveres:
Preservar as características linguísticas, as tradições,as raízes de uma determinada comunidade, são riquezas culturais que perdidas não há como resgatar.


Leitura e produção de texto - 3ª Semana



Breve história da nossa língua

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi



A Língua portuguesa é uma das mais importantes do mundo, é o idioma oficial de 9 nações, uma das línguas oficiais de uma nação européia,  mercosul, unasul, da OEA e da união africana.Tem mais de 280 milhões de falantes e é  a quinta língua mais falado no mundo.
A língua portuguesa originou-se a partir do latim vulgar falado na península Ibérica, o latim vulgar era a variedade falada pelo povo romano.
O idioma se espalhou pelo mundo no século XV e XVI, por ocasião das grandes navegações, foi nesse período que foi escrito e publicado a obra mais importante da língua " Os Lusíadas" de Luiz Vaz de Camões, exaltando o grande feito português.
A língua portuguesa como qualquer outra, evolui durante os anos. Pode ser dividida em:


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O português da atualidade é marcado por uma forte influencia da língua inglesa.
É fato, que o Brasil com suas músicas e novelas, influencia o rumo atual do idioma.


Etimologia

Prof. Dr. Gabriel Perissé


No século VI, VII, Isadoro de Servilha fez uma enciclopédia etimológica, muitas palavras com dados incorretos.
No renascimento,Erasmo de Rotterdam disse:" A etimologia é a interpretação de um nome, ou a explanação de seu sentido."
No século XX, Etienne Gilson disse: "Tudo que se relaciona a origem é misterioso."
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Um poema de Paulo Leminski,fazendo uso da etimologia, brincando comas palavras.


A gíria e a comunicação

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi


Quando pensamos em gíria,pensamos logo, no modo dos jovens falar, mas também é o linguajar dos marginais, inventado para naõ ser compreendido pela polícia e pelo cidadão de bem.
É preciso saber quando e onde pode usar gíria, Em uma comunicação formal, como uma aula, nem pensar. Somente o uso formal e ultra formal corresponde a norma culta e é obrigatório a respeitar a gramática normativa.
A fala é uma característica individual.
Fala - social
Normas - grupais
Fala - individual
A gíria é, portanto, um tipo de norma que deve ser usado em um grupo específico e situações específicas.
Na escrita é a mesma coisa, é permitido usar em uma carta ou bilhete a um amigo, mas nunca, em um ofício ou trabalho acadêmico.


Os Jargões

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi


Toda área de especialidade tem seus jargões característicos. O próprio jargão é um tipo de norma específica de um grupo de profissional. Toda profissão tem seus termos próprios para denominar conceitos que só existem naquela atividade.
Assim como a roupa, a linguagem deve variar conforme a situação, tudo depende com quem falamos, sobre o que falamos, por que e para que falamos. Em resumo, pode e deve-se usar jargões dentro do ambiente de profissional e não fora, correndo o risco de parecer arrogante, inadequado e não ser entendido pelo ouvinte.


Leitura e produção de texto - 4ª Semana


A influência de outros idiomas

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi
Estrangeirismo conserva palavras e grafias estrangeiras (pizza, mouse, delivery, fast food). isso na maioria das vezes é benéfico para quem importa e para quem exporta.
Expulsar palavras estrangeiras do nosso vocabulário só traria confusão. Exemplo: Se falarmos SITE, pensamos logo em algo relacionado a internet, e, se dissermos SITIO (tradução de site), nos leva a ideia de propriedade.
O emprego exagerado do estrangeirismo para dar mais status, deixa a entender que o que é estrangeiro é melhor.
Lembrete: Quando importamos uma palavra é porque precisamos dela.


A linguagem politicamente correta

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi

O governo brasileiro lançou um documento conhecido como cartilha do politicamente correto, contendo 96 palavras que não devem ser usadas, consideradas pejorativas, como: beata, comunista, funcionário público, preto, anão...
O filósofo Luiz Felipe Pondé diz " O politicamente correto ainda serve para maquiar a incompetência do estado brasileiro". Ele fala que o governo se preocupa muito com as cotas do que com uma escola de qualidade.
O vocabulário politicamente correto surgiu nos Estados Unidos.




  É hipocrisia, só camufla os problemas, em vez de combater a desigualdade com educação, serviços públicos de qualidade, redistribuição de renda.

 

 

Propriedade do texto 

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi

O que é um texto?
A palavra texto vem do latim textus, particípio passado de texere, tecer. Portanto: texto significa tecido.









Coesão - assegura uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual.
Coerência -  resulta da interação entre os elementos cognitivos apresentado pelo texto, portanto a um nível profundo e o nosso conhecimento do mundo.
Coerência está ligada a sua estrutura profunda, enquanto, a coesão diz respeito ao encadeamento linear das frases  ao nível da estrutura de superfície.
Coerência é a capacidade do texto de atuar como unidade, enquanto, a coesão se refere a conexão entre as diferentes partes.
A coesão contempla aspecto sintático e relacionais entre os componentes.
De forma geral:
Coesão -  conjunto de relações dos elementos constitutivos do texto entre si.
Coerência - e a relação do texto e contexto extralinguístico, os sujeitos da enunciação, emissor e receptor, falante e ouvinte, redator e leitor, a experiência de mundo que cada falante tem e as condições objetivas e subjetivas de produção do ato linguístico.











A relação entre o texto e o contexto é a compatibilidade entre as informações conhecidas pelo texto e a que sabemos pelo mundo.



A estrutura da língua

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi
No universo, tudo rege de acordo ao processo de hierarquia que diz: algo está ligado a algo que está ligado a algo, é que chamamos de estrutura.









Todo enunciado linguístico, isto é, palavra, oração, frase, parágrafo,texto, compõe-se de uma estrutura, base + adjunto, cada estrutura, base + adjunto, pode por sua vez, constituir nova base, que podem receber novo adjunto, que também pode receber nova base + adjunto.
  • Fonemas - unem-se hierarquicamente para formar sílabas e morfemas.
  • Morfemas - unem-se hierarquicamente para formar palavras.
  • Palavras - unem-se hierarquicamente para formar sintagmas.
  • Sintagmas - unem-se hierarquicamente para formar orações.
  • Orações - unem-se hierarquicamente para formar períodos.
  • Períodos - unem-se hierarquicamente para formar parágrafos.
  • Parágrafos - unem-se hierarquicamente para formar textos.
                                                                                          





                                                                                              









Podemos decompor uma palavra até chegar no núcleo.








Chegando até o verbo IR que é o radical da palavra.
Sintagma é uma sequencia de palavras constituída por uma palavra núcleo e seus adjuntos. podem ser nominal ou verbal.
Nominal é quando o núcleo é um substantivo, também chamado de nome e os adjuntos do nome ou adjuntos adnominais, podem ser, adjetivos,artigos,pronomes possessivos, demonstrativos ou indefinidos, bem como sintagmas preposicionais, que são sintagmas nominais regidos por uma preposição com valor de adjetivo.


                                 




As orações coordenadas são autônomas entre si,enquanto a subordinadas dependem de uma oração principal.



 Leitura e produção de texto - 5ª Semana

A estrutura do parágrafo

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi


Parágrafo padrão é aquele que tem tópico frasal em desenvolvimento, tem uma estrutura semelhante a um texto. Cada parágrafo, na verdade´é um mini texto.
A estrutura do parágrafo:

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No desenvolvimento:
  • As Frases Principais desenvolvem diretamente o Tópico Frasal;
  • As Frases Secundárias completam as Frases Principais e desenvolvem o Tópico Frasal indiretamente.

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Um texto é o desenvolvimento em parágrafos de um tema pré-definido.
Todo texto, qualquer que seja o gênero, tem uma estrutura do tipo:
  • introdução - apresenta o tema ao leitor;
  • desenvolvimento - discussão do tema, apresentação das informações relevantes(divididas em tópicos);
  • conclusão - retomada do tema e encerramento.


A estrutura do texto

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi

Processos de transição:
1.    repetição por núcleo temático por meio do:
  •     uso das mesmas palavras e/ou expressões;
  •     emprego de sinônimos ou paráfrases;
  •    substituição por pronomes.

2.    uso de elementos de conexão: conjunções ou advérbios com valor de conjunção
3.    uso de construções sintáticas paralelas (paralelismo sintático).


A montagem do texto

Prof. Dr. Aldo Luiz Bizzocchi

Antes de escrever é preciso planejar:
  • Definição do tema, extensão, público-alvo e nível de linguagem;
  • coleta de ideias:
  • brainstorm;
  • pesquisa;
  • formação de família de ideias;
  • ordenação das famílias de ideias;
  • descarte das ideias não aproveitáveis;
  • montagem da estrutura do tópico;
  • redação;
  • eventual reordenação dos parágrafos e adequações dos elementos de transição;
  • atribuição de títulos do texto e subdivisões;
  • releitura, reescrita e revisão.
 Uma vez escolhido o tema é preciso ter clareza em alguns aspectos:
  • a quem o texto se destina (público-alvo);
  • como devo me dirigir a este público (estilo de linguagem);
  • por que quero escrevê-lo (justificativa);
  • o que pretendo com este texto (objetivo);
  • de quanto espaço disponho (extensão);
  • quanto quero me aprofundar neste assunto(complexidade)
A partir daí temos que buscar as informações e argumentos que comporão nosso texto:
  • alguns estão dentro da nossa cabeça e outros fora
  • para trazer ao papel as ideias dentro de nós,fazemos um brainstorm
  • para ideias e informações fora de nós, fazemos pesquisa

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O que posso falar sobre esse tema:

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Achando que os tópicos são suficientes, garimpamos e passamos para a fase de seleção, organização e descartes de ideias.
Dependendo da natureza do trabalho ela pode ser bibliográfica ou de campo, envolvendo entrevistas, visitas a arquivos, museus, etc


Repertório e leitura

Profº. Me. Luiz Roberto Dias de Melo


Repertório tem a seguinte etimologia,é um inventário, uma matéria metodicamente disposta, uma coleção, um conjunto ou uma copilação.
Repertório, no caso de um cantor, há uma relação íntima, é produto de uma intensa disposição para o experimento, para o ensaio, para a a repetição, cujo o resultado ocorre para configurar a identidade do cantor no mundo do espetáculo.
Inventário de experiências, que constitui uma prática de vida é útil para compreendermos o sentido mais extenso da palavra, é resultado do autoconhecimento do individuo.
A noção de repertório é quase sempre associado a ideia de um conjunto de conhecimentos.
Repertório pode ser substituído por conhecimento prévio, conhecimento do mundo.
Modelos cognitivos - armazenados na forma de blocos, são estruturas de conhecimentos pré-existentes, armazenados na memória que são ativadas mediante as estímulos oferecido pelo texto.
Existem diferentes categorias de modelos cognitivos:
·         Os frames - conjunto de conhecimentos armazenados na memória  sob a forma de um "rótulo", sem que haja qualquer ordenação entre eles. ex.: Escola ( aluno, professor, lousa, livro, caderno, recreio...).
·         Os esquemas - conjunto de conhecimento armazenado na memória em sequência temporal ou causal. ex.: como instalar um software, a rotina de um caixa de banco.
·         Os planos - conjunto de conhecimento armazenado na memória sob um modo de agir para alcançar um objetivo. ex.: dominar as estratégias de compra e venda na bolsa de valores ou tornar-se um bom orador.
·         Os scripts - conjunto de conhecimento armazenado na memória sobre o modo de agir altamente estereotipados no contexto de determinada cultura, o que inclui a linguagem adotada. ex.: os rituais e cerimonias religiosas (batismo, cassamento, missa), as fórmulas de cortesia, sob tudo em contexto como o jurídico, cujo a formalidade na linguagem é uma exigência em várias circunstâncias.
·         As superestruturas ou esquemas textuais - conjunto de conhecimento armazenado na memória sobre os diversos gêneros textuais (poesia, fábula, conto, romance, relatório, ensaio, e-mail, telefonema,etc)  adquirido com leitura e eventual prática de escrita, o que torna possível a comparação e a diferenciação entre eles.
Conhecimento linguístico, conhecimento textual e conhecimento do mundo ligam-se em um contínuo, com articulação dos três níveis, o leitor constrói o sentido do texto.
O conhecimento linguístico abrange o vocabulário, as regras gramaticais e o mecanismo sintático. Como  se conclui representa o papel central no processamento do texto.
O conhecimento textual é o conjunto de noções sobre o tipo textual a narração, a descrição, a exposição, a argumentação e a injunção.
O conhecimento do mundo é uma condição essencial para a compreensão do texto, sobre tudo quando consideramos a intertextualidade ( que é um diálogo entre vários textos).
Um bom exemplo sobre intertextualidade é a Ópera do malandro. de Chico Buarque.



Leitura e produção de texto - 6ª Semana


Gêneros Textuais: resumo

Profº. Me. Luiz Roberto Dias de Melo

Tipo textual: é uma construção teórica definida pela natureza linguística de sua composição onde se destacam os aspectos lexicais (de vocabulário), aspectos sintáticos,as estruturas de modo e tempo verbal e as relações lógicas.
São esses os tipos textuais:
  • narração - caracterizado por se organizarem em torno de uma sequência temporal;
  • descrição - apresentam sequências de localização;
  • exposição;há um predomínio de sequência analíticas ou explicativas;
  • argumentação - sequência contrastivas explícitas, isto é, há um embate de ideias;
  • injunção - sequências imperativas, aquelas que exprimem ordem, como no caso das receitas de culinárias ou instruções de montagem de um equipamento.
 Resumo é uma apresentação concisa dos pontos relevantes do texto. O autor João Bosco Medeiros tente melhorar esse conceito e diz"Uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a progressão e articulação dessas ideias."
A utilidade de um resumo é a recuperação abreviada e rápida.
Estrutura do resumo:
  • assunto e objetivo do texto;
  • articulação das ideias e as conclusões do autor do texto;
  • objeto do resumo.
A linguagem deve ser direta e objetiva. O resumo deve ser seletivo e não apresentar frases do texto e não deve julgar.
Palavra-chave, cada parágrafo possuiu uma ou mais palavras-chave, assim como uma ideia-chave. É o alicerce semântico, é o centro de expansão do  parágrafo.
O resumo não é uma colagem de ideia-chave. Insere conectivos, combinam-se os tempos verbais e adotam-se sinônimos. O alinhamento da ideia é um roteiro para o resumo. Apagamento de elementos redundantes e supérfluos ou não relevantes. Generalização de ideias do texto. Combinação de dois ou três enunciados de diferentes parágrafos, quando repetem a mesma ideia

Gêneros Textuais: resenha

Profº. Me. Luiz Roberto Dias de Melo

A resenha faz uso de sequências explicativas e analíticas. A resenha além de expressar deve argumentar, o resenhista deve defender seu ponto de vista. A resenha crítica, pode ser denominada resumo crítico.
Exposição rigorosa das propriedades de um objeto, ou das suas partes constitutivas, gênero textual que faz uso dos recursos de diferentes tipos textuais: descrição,exposição e argumentação, com a finalidade de apresentar uma avaliação crítica sobre determinado objeto: livro, filme peça de teatro,exposição de arte, etc
A resenha crítica descreve as propriedades da obra, relata as credencias do autor, resume a obra, apresenta as suas conclusões e metodologia empregada, expõem um quadro de referências em que o autor se apoiou.
Os resenhistas mais experientes não deixam as críticas para o final, sintetizam trechos da obra, um capítulo ou parte dele e passam a seguir a analisar e interpretar o material.
Guia de produção textual (http://www.pucrs.br/gpt/resenha.php)

Análise textual:

  • Quem é o autor;
  • Apreciação do vocabulário;
  • Avaliação dos fatos apresentados;
  • Autoridade dos autores citados;
  • Esquema das ideias defendidas pelo autor.
Análise temática:

  • De que trata o texto?
  • Por meio de qual perspectiva o autor tratou do assunto (tema)? Quais os limites do texto?
  • Que tipo de problema foi analisado?
  • Como foi o assunto problematizado?
  • Como o autor soluciona o problema? Que posição assume?
  • Como o autor demonstra o seu raciocínio?
  • Há outros assuntos paralelos a ideia central?

    O resenhista terá que distinguir entre os diferentes métodos: Dedutivo, indutivo, histórico, comparativo e estatístico.

    Crítica:

    • Coerência interna da obra;
    • Qual a originalidade do texto? Há a revelação de novos conceitos?
    • Qual o alcance do texto? (público)
    • Qual a relevância das ideias do autor?
    • Que contribuições apresenta o autor? Ele atingiu os seus objetivos?
    • A tese foi demonstrada com eficácia?
    • Conclusão.


    Argumentação (Parte 1)

    Profº. Me. Luiz Roberto Dias de Melo

    Associamos o verbo argumentar ao ato de convencer e persuadir.
    Argumentar é tudo aquilo que ressalta, faz brilhar, faz cintilar uma ideia.Isto porque a etimologia da palavra argumento vem do latim, argumentum, vocábulo formado com o tema ARGU- presente nos termos arguto,argúcia, argênteo, argentum e significa "fazer brilhar", ''fazer cintilar''.
    Um argumento é um conjunto de proposições que usamos para garantir (justificar,lavar-nos a crer)a sustentação, porque é viável de uma conclusão (uma outra proposição).
    Uma proposição é uma sentença declarativa que admite um e somente um dos dois valores lógicos - verdadeiro ou falso.
    Não são argumentos:
    • opiniões;
    • descrições;
    • relatos;
    • indagações;
    • narrativas(ficção)
    • expressões emotivas
    • explicações.
    Um argumento contém premissas e conclusões mais isso não significa que as premissas são sempre verdadeiras.
    Silogismo: uma conexão de ideias ou raciocínio (premissa maior, generalização + premissa menor, particularização).

    Os direitos sociais são citados pela constituição brasileira em seu artigo 6º
    A educação é um direito social
    Logo, a educação é citada no artigo 6º da Constituição


    Portanto, todos os países democráticos estão situados no continente americano. (Falso)
              










    Usinas hidrelétricas que geram apenas 1/3 da sua capacidade não são eficazes;
    Ora, a Usina de belo  Monte  vai gerar apenas 1/3 da sua capacidade;
    Logo, a Usina de belo monte não é eficaz.




    Argumentação (Parte 2)

    Profº. Me. Luiz Roberto Dias de Melo

    Argumentação e persuasão
    Ato de convencer, raciocínio lógico, demonstrativo e atemporal, as conclusões decorreriam das premissas.
    O ato de persuadir caracteriza ideologia, subjetivo e temporal, convencer conduz a certezas.
    Recursos de argumentação:
    • Declarações baseados em provas concretas;
    • Repetição e acumulação de detalhes;
    • Níveis de abstração (A escolha das palavras não pode ser neutra) as palavras devem empolgar.;
    • opção pela modalidade afirmativa x negativa;
    • Interrogação; 
    • A indeterminação nominal e pronominal;
    • A subordinação.
    Há enunciados que dispensam comprovação:
    1. declarações que expressam uma verdade universalmente aceita;
    2. declarações que são evidentes por si mesmas;
    3. declarações que tem o apoio de autoridade intelectual;
    4. declarações que fogem do domínio puramente racional.


    Leitura e produção de texto - 7ª Semana


    Problemas de redação

    Profº. Me. Luiz Roberto Dias de Melo

    Critérios:
    Coesão do texto como um todo é inexistente quando se denota a presença de :
    • relações discordantes pelo uso indevido do conectivo;
    • contradição lógica evidente;
    • relações impróprias, dificultando até uma paráfrase;
    • relações ilógicas;
    • relações redundantes ou circulares;
    Clichês e frases feitas( estereótipos linguísticos), uso banal, excessivo, repetitivo de expressões já vazias de significação. Indicam a percepção uniforme do mundo e da realidade.
    Problemas identificados a superfície textual:
    • problemas de grafia e acentuação gráfica;
    • problemas de concordância verbal e nominal;
    • problemas de empregos  do conectivo;
    • desajuste de tópico;
    • incompletude ou truncamento dos enunciados;
    • impropriedade no uso de sintagmas;
    • circularidade ou redundância;
    • uso de clichês de discursos exortativos.
    Desajuste de tópico ocorre quando  ideia secundária destoa da ideia-chave.
    Incomplitude ou truncamento dos enunciados, diz respeito a ausência dos elementos, palavras, conectivos, enunciados que garantam um pensamento completo.
    Impropriedades no uso de sintgmas, deve-se conhecer o significado e o uso das palavras.
    Circulariedade ou redundância, todo o texto deve  atender o princípio de progressão com adição de elementos semânticos.
    Uso de clichês e de discursos exortativo .Existem clichês para todas ocasiões, os que merece maior censura são os incorporados pela escrita.
    Discurso exortativo- discurso politicamente correto, sem muito embasamento conceitual.


    A Produção textual com autoria em aulas de ciências

    Profª. Drª. Anna Maria Pessoa de Carvalho

    Enculturação científica dos alunos - como vamos introduzir aos alunos a cultura da Ciências, uma linguagem escrita própria, um pensamento próprio. Deve-se usar experiências, atentar a uma metodologia investigativa e incentivar os alunos a escrever, contar com suas próprias palavras todo o processo da experiência.

    Diferentes formas de produção de textos em aulas de Ciências

    Prfª. Drª. Lúcia Helena Sasseron

    O que é a Ciência?
    • Uma forma de construir conhecimento sobre o mundo natural;
    • lógica e objetividade são as bases para a construção do conhecimento científico;
    • As preposições científicas, bem como seus processos de construção, são fundamentais em características sociais e históricas.
    Alfabetização científica:
    Pauta-se no objetivo de possibilitar aos estudantes acesso aos conhecimentos das ciências, incluindo sua linguagem ao entendimento de situações e de tomada de decisões e de posicionamento sobre elas.
    Planejamento visando à atividade científica:
    • compreensão de termos e conceitos científicos básicos;
    • compreensão da natureza da ciência e dos fatores que influenciam sua prática;
    • entendimento das relações CTSA (ciência, tecnologia,sociedade,ambiente);
    Características essências do ensino por investigação:
    • problema que permite a construção de hipóteses, de plano de investigação, de trabalho, com variações e suas relações;
    • interações discursivas com materiais e informações interpessoais;
    • existência de diálogo;
    • possibilidades de agrupamentos, relações, generalizações;
    • complexificação conceitual e epistêmica.


    Leitura, estilo pessoal e os futuros textos

    Profº. Drº. Gabriel Perissé
    Considerações:
    Autoria - coragem de colocar nossas ideias,autonomia, tomada de opinião,expressão de opinião, visão de mundo, assumir as infuências e fazer a nossa interpretação.
    Biblioteca - nós somos aquilo que lemos e lemos aquilo que somos.
    Curiosidade - uma força interior que nos leva a perguntar, pesquisar, a não nos satisfazermos com o que não sabemos, vontade de aprender.
    Dedicação - estamos tão envolvidos que deixa de ser obrigação para ser prazer, projeto de vida.
    Estilo - personalidade, opções que fazemos, coragem de apresentar o que pensa.

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